Mademoiselle será substituída pela palavra madame (senhora) “como equivalente de monsieur (senhor), que não prejulga o estado civil da pessoa”, ou seja, se é ou não casada. Junto à palavra senhorita, serão extintos também as menções a sobrenome de solteira e sobrenome de casada. Serão substituídos por sobrenome e sobrenome usado.
Duas associações feministas francesas lançaram, em setembro passado, uma campanha a favor da supressão da palavra senhorita nos documentos administrativos, alegando que sua utiização seria discriminatória para as mulheres, que se viam obrigadas a prestar contas de seu estado civil, ao contrário dos homens.
O entendimento das feministas é que a opção, amplamente utilizada nos formulários oficiais e corporativos da França, se “intromete” na privacidade das mulheres e revela um tratamento machista, além de “atentar contra a vida particular das mulheres”.
Para a entidade, esse costume é “revelador da concepção retrógada do casamento”, visto que “transmite a impressão de que uma mulher só alcança sua plenitude depois de casada, quando, então, a ‘madame’ se iguala ao ‘monsieur’, ou seja o senhor. Agathe também destacou que outros países como Dinamarca, Alemanha e Portugal extinguiram seu uso administrativo.
Em novembro, a ministra da Solidariedade, Roselyne Bachelot, responsável pela garantia dos direitos das mulheres, declarou que havia pedido ao primeiro-ministro François Fillon a eliminação da palavra “mademoiselle”.
Via Sul21
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