sábado, 25 de fevereiro de 2012

EUA se arma "até os dentes" no Golfo Pérsico

Estados Unidos está reforçando suas posições maritimas e terrestres no Golfo Pérsico para confrontar um possível fechamento do Estreito de Ormuz por parte do Irã.

Os altos cargos militares informaram ao Congresso sobre os planos de preparar novos meios de detecção e neutralização de minas, e melhorar as capacidades de vigilância na região, segundo o diário de negócios 'The Wall Street Journal'.

Os militares também buscam modernizar os sistemas de armamento instalados nas naves para fazer frente às lanchas rápidas de ataque, assim como aos mísseis de cruzeiro.

"Quando o inimigo envia cada vez mais sinais de seu poder, nos perguntamos quê podemos fazer para lhe dar xeque-mate", o jornal citou uma fonte militar. "Devem saber que estamos tomando passos para assegurarnos que estamos preparados", acrescentou.

A situação no Golfo Pérsico se agravou nos finais do ano passado, quando os EUA e seus aliados endureceram as sanções contra o Irã por sua negativa de frear seu programa nuclear. Teerã respondeu com ameaças de bloquear o Estreito de Ormuz, uma rota que conta com 20% de trânsito de petróleo mundial.

As tensões aumentaram com as acusações de Israel de que o Irã está implicado em uma série de ataques contra seus diplomatas em vários países, algo que Teerã rechaça. Por sua parte, Irã acusou Israel e EUA de assassinato de seus cientistas empregados nos projetos nucleares. Washington negou, enquanto que Tel Aviv nao comentou as acusações.

Ao mesmo tempo Israel emitiu ameaças de um ataque militar contra as instalações nucleares iranianas, que, segundo Teerã, estão destinadas para fins pacíficos de geração elétrica.

EUA, que oficialmente toma uma atitude mais moderada em relação ao Irã que seu aliado, aumentou, não obstante, sua presença militar na região, como fizeram seus aliados. Irã também mostra uma atividade militar elevada.

A pressão que exerce EUA sobre Irã se deve ao lobby israelita, segundo opina Farit Kahhat, professor da Universidade Católica do Perú.

"O que acredito que ocorre aqui é que o lobby israelita é consciente de que sua capacidade em influir decisões de política externa cresce em conjunturas pré-eleitorais".

O acadêmico explicou que neste sentido há mais possibilidades de lograr uma decisão favorável antes das eleições de Novembro que depois destas.

"Creio que é um pouco a razão pela qual a pressão se exerce agora", concluiu.

Via RT

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