sábado, 30 de novembro de 2013

Rússia proibe a difusão do aborto



Para frear a perda de população por baixa taxa de natalidade, o presidente russo Vladimir Putin afirmou uma lei nesta semana com fim de proibir a difusão do aborto, prática que se tornou epidêmica na nação eurasiática.

Para combater a epidemia do aborto, propôs também proibir abortos gratuitos nos centros de saúde administrados pelo governo, exigir prescrições para a pilula do dia seguinte; exigir o consentimento dos pais para os adolescentes e o consentimento do marido para as mulheres casadas, e exigir uma semana de período de espera antes de realizar um aborto. Outras propostas incluem o aumento da ajuda pública de 2.000 rublos (70 dólares) às mulheres grávidas.

Os abortos são legais na Rússia e o foram desde a era soviética, mas alguns legisladores querem limitar ou proibir estas práticas dizendo que é em parte responsável pela diminuição da população do país.

No início de Outubro um representante oficial da Igreja Ortodoxa Russa criticou os abortos e a sub-rogação como "rebelião contra Deus" e menos de um mês depois, o chefe do comitê da Câmara Baixa para a família e as crianças, Yelena Mizulina, disse em um discurso que a comunidade deve deixar de tolerar os abortos e a sub-rogação, já que ameaçam acabar com a população russa, e o mundo em seu conjunto.

Sem setembro deste ano a vice-ministra de saúde Tatyana Yakovleva anunciou que o número de abortos na Rússia tinha reduzido a um quarto nos últimos cinco anos, mas continua sendo muito alto, em torno de um milhão por ano, enquanto que outras fontes falam de vários milhões.

Steven Mosher, presidente do Population Research Institute, salientou que a Rússia deve mudar sua atitude em relação ao aborto se quiser novas gerações saudáveis.

"Enquanto a sociedade não reconhecer o valor da vida humana e arbitrariamente destruí-la em grande quantidade, será difícil estabelecer uma nova norma de trê filhos. O aborto deve deixar de ser uma forma de vida na Rússia, se é que seu povo queira sobreviver", disse em 2012.


As reformas incluem também a proibição de campanhas de publicidade que incluam mostras gratuitas de medicamentos se estas mostras contiverem narcóticos ou substâncias psicotrópicas, elevar a idade de consentimento voluntário para as provas de drogas ilegais de 16 a 18 anos e infracionar a prática ilegal de medicina popular com multas de até 4.000 rublos (130 dólares).

N.doB.: lembramos ademais que a Rússia de Putin defende a tradição e a religiosidade no país e no mundo, em detrimento das influências estrangeiras e globalistas em todos os países e nações.

Via RT e ANN

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Em breve: Terceira Intifada. Vem o Plano Andinia?


A extensão da violência e dos crimes do regime de Tel Aviv contra os palestinos mostram a proximidade de uma Terceira Intifada contra os israelitas.

Assim indicou na noite desta quinta Husam Badran, um alto membro do Movimento de Resistência Islâmica Palestina (HAMAS), que assegurou que se pode produzir um levantamento massivo contra o regime de Israel na Cisjordânia.

Segundo o dirigente palestino exilado no Qatar, os esforços do regime usurpador de Tel Aviv para reprimir os palestinos, através das conversações de paz, não poderão deter a nação palestina em sua luta, resistência e caminho para a liberdade.

Assim, Badran criticou a cooperação do Estado Palestino com o regime de Tel Aviv no âmbito de segurança.

Há meses, uma delegação israelita composta por líderes do partido direitista Likud, alguns membros dos assentamentos judeus e vários rabinos e assessores políticos se reuniram com as autoridades do Estado da Palestina na cidade cisjordana de Ramalá.

Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, advertiu na semana passada o regime israelita de uma terceira intifada, além da extensão da violência na região, se fracassarem os chamados diálogos de paz palestino-israelitas.

A primeira intifada contra a ocupação israelita ocorreu entre 1987 e 1993 e a segunda no ano de 2000. Durante ambas as mobilizações morreram pelo menos 6200 palestinos.

N.doB.: Sabe-se que faz parte do plano do judaísmo internacional (que acreditam que o Estado de Israel é anti-judaico, visto que para sua religião YHWH fez o mundo para que dominassem por completo, e não restringir-se a apenas uma parte) uma terceira intifada e uma terceira guerra mundial. Este é o motivo que terão para um novo êxodo judeu e para a tomada de mais um posto avançado que, sendo já desenvolvido, supõem-se que seja na região onde hoje se encontra a Patagônia, região de grandes investimentos do capital internacional e área de controle estrangeiro (EUA, Reino Unido e Israel). Na dianteira da guerra das Malvinas está o Plano Andinia, que é como se nomeia a tomada da América do Sul para um novo Estado judaico.

Brasil: mulheres lideram número de inadimplentes


As mulheres continuam representando a maioria dos inadimplentes, apontou um estudo do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito). Em outubro, 55,39% dos negativados eram do sexo feminino, ao passo que os homens representaram 44,61%.

De acordo com os especialistas do SPC Brasil, é natural que as mulheres sejam ligeiramente mais inadimplentes do que os homens, porque elas também são as que mais consomem a prazo. Segundo dados da entidade, 59,24% das compras a prazo no mês se outubro foram realizadas com CPFs cujos titulares eram do sexo feminino, enquanto que as demais compras (40,76%) foram feitas por homens.

Já por faixa etária, a maior parte dos cadastros negativos concentra-se em CPFs de consumidores entre 30 e 39 anos de idade (27,98%), seguido pelos que têm entre 40 e 49 anos (19,60%) e pelos que têm entre 50 e 64 anos (16,02%). No mês de outubro em relação a setembro, houve um aumento da participação de consumidores mais jovens entre os inadimplentes. 

Valor da dívida
As dívidas de valores intermediários (acima de R$ 100 e abaixo de R$ 2,5 mil) representavam 65,6% dos registros em setembro de 2013 e passaram a representar 66,24% no mês de outubro, informou o estudo.

Os economistas da entidade explicam que o aumento da concentração de valores intermediários se deve à redução da participação de títulos com valores até R$ 100 (14,95% em out/2013 contra 15,54% em set/2013) e pela queda no número de títulos com valores superiores a R$ 17,5 mil (3,74% em out/2013 contra 3,91% em set/2013).

N.doB.: isto mostra a incapacidade da mulher de se controlar e a necessidade que elas têm de ser dominadas, pela segurança familiar, social, nacional, e pelo desenvolvimento normal da espécie humana. As mulheres não compreendem limites materiais na liberdade porque para elas a liberdade apenas se restringe ao fator material. Pelo menos é assim na modernidade e na pós-modernidade. Se permitirmos crédito e direitos ilimitados a elas, a que caos financeiro e social (humano) chegaremos?

Via MSN

Brasil constrói satélite em vistas de soberania nacional


Depois do escândalo de espionagem dos EUA, o governo brasileiro decidiu ter seu próprio satélite, de cuja fabricação se encarregará a companhia de telefonia estatal brasileira Telebras.

Um acordo de associação por 560 milhões de dólares entre a Telebras e a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) busca a construção do satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas (SGDC) que garanta comunicações seguras.

Conforme a Embraer, o satélite será frabricado para 2016 e reforçaria a "soberania do Brasil para as comunicações estratégicas, tanto na área militar como civil".

"O SGDC não só satisfará as necessidades do Programa Nacional de Banda Larga da Telebras (PNBL) e as comunicações estratégicas das Forças Armadas brasileiras, mas também será uma oportunidade para reforçar a soberania de suas comunicações estratégicas, tanto na área civil como militar", explicou o presidente da Telebras, Caio Bonilha.

Embraer denunciou que os satélites que, atualmente, proveem serviços ao Brasil são controlados por postos localizados fora do país ou por companhias dominadas pelo capital estrangeiro.

O ex-empregado de Inteligência estadounidense, Edward Snowden, revelou, entre outras filtros, que a Agência de Segurança Nacional (NSA) interveio nas comunicações pessoais da presidenta brasileira, Dilma Rousseff, assim como as de milhões de cidadãos do país latinoamericano.

Em reação, Rousseff suspendeu uma visita a Washington, prevista para 23 de Outubro, e declarou que a espionagem internacional dos serviços de inteligência norteamericanos constituem uma "grave violação dos direitos humanos".

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Dugin: Uma Europa livre precisa de uma Alemanha livre dos EUA


Com a derrota militar do Reich III, a Alemanha foi ocupada pelas superpotências vitoriosas: Estados Unidos e União Soviética, tendo como consequência um processo de reeducação através da qual se negou ao povo alemão uma identidade nacional e o direito à soberania. Com a queda do império soviético, sua situação não melhorou. A reunificação" da Alemanha não foi mais que a anexação da parte oriental ao território controlado por Washington. Assim considera o importante politólogo e filósofo russo Alexander Dugin, que nesta entrevista acrescenta ademais que para que haja uma Europa soberana, uma Alemanha independente deve existir como requisito prévio.

Manuel Ochsenreiter: Professor Dugin, o escândalo de espionagem da NSA causou um profundo impacto nas relações germano-estadounidense. Aos alemães nos foi dito por décadas que Washington é nosso "amigo" e "sócio". Agora muitos alemães se deram conta de que os Estados Unidos se comportam até hoje mais ou menos como uma força de ocupação. Por que demoraram tanto tempo para se darem conta?

Dugin: Não podemos responder a esta importante pergunta sem precisões históricas. Em primeiro lugar, a Alemanha perdeu a Segunda Guerra Mundial. Em maio de 1945 se produziu a rendição incondicional das forças armadas alemãs. A resposta à derrota total da guerra foi a ocupação total das duas principais potências: Estados Unidos e União Soviética. Washington e Moscou não foram apenas as forças principais ao final da guerra, também representaram os dois campos ideológicos da era posterior à guerra. As províncias do Leste da Alemanha, eventualmente anexadas pela Polônia e União Soviética, e o centro da Alemanha foram ocupados pelo exército soviético, Alemanha Ocidental pelo exército estadounidense e seus aliados ocidentais do Reino Unido0 e França. A Alemanha foi dividida por suas forças de ocupação. Nenhuma parte da Alemanha estava livre. Falando com sinceridade, ocupação é ocupação. Não há níveis de ocupação.

Com a ideologia da Guerra Fria em ambos os lados da Alemanha ocupada, o rosto da ocupação mudou. Os alemães da República Democrática Alemã (RDA) foram educados de uma maneira que a União Soviética os livrou do nazismo e que agora são "livres". A ocupação soviética foi interpretada nas escolas e a educação como garantia da "liberdade e independência". O mesmo podemos ver na República Federal da Alemanha (RFA), onde os poderes anglosaxões da ocupação reeducaram a população. Ali foi dito aos alemães que as forças ocidentais os livraram em 1945 e protegeram sua "liberdade e democracia" contra a "ameaça comunista" no Oriente. Mas nem os alemães da RDA nem os da RFA eram livres e soberanos, mas seguiam invadidos.

M.O.: Este era o passado. Mas com a reunificação da Alemanha em 1990, a Guerra Fria terminou oficialmente. Isso foi o que os líderes políticos de todas as forças de ocupação e o chanceler alemão Helmut Kohl afirmaram...

Dugin: Este é talvez um dos maiores erros de interpretação da recente história alemã. Esta não foi a reunificação de uma Alemanha livre, independente e soberana - foi a absorção de uma parte da Alemanha ocupada pela outra parte da Alemanha ocupada.

A parte anglosaxã da Alemanha simplesmente "anexou" a antiga parte soviética da Alemanha. Este passo tem que ver com o final da guerra fria: a frente socialista tinha capitulado diante a frente capitalista. Agora toda a Alemanha está ocupada pelo Ocidente. Política, econômica, estratégica e intelectualmente, a Alemanha é um país ocupado. Ao mesmo tempo, a antiga propaganda ocidental da Guerra Fria se converteu em um tipo de filosofia importante para o conceito do mundo unipolar com um só polo de decisões - o Ocidente.

M.O.: Assim não havia oportunidade de ter obtido verdadeira liberdade em 1990?

Dugin: Havia uma possibilidade. Depois da queda do bloco comunista não havia mais nenhuma razão para a ocupação ocidental da Alemanha. A Alemanha não necessitava mais militares estadounidenses para defendê-la, porque a ameaça tinha desaparecido. A Rússia pós-soviética era muito débil para apresentar qualquer tipo de desafio ou perigo para a Alemanha. Não tinha nenhuma necessidade em absoluto da presença de militares estadounidenses em solo alemão.

O puro fato de que não abandonaram a Alemanha depois de 1990 mostra que segue sendo um país ocupado. O escândalo de espionagem contra a população, a economia e os líderes políticos da Alemanha só expõe este fato de novo.

M.O: Quando se negociou o "Tratado sobre o acordo final com respeito a Alemanha" em 1990, o líder soviético Mikhail Gorbachov aceitou uma Alemanha pertencente à OTAN e a retirada dos soldados soviéticos, enquanto que os soldados estadounidenses e armas nucleares continuam aqui até o dia de hoje. Por que Gorbachov não realizou uma campanha em favor de uma Alemanha livre, neutra e indeepndente?

Dugin: Em termos gerais, todo o período da década de 1990 é considerado na Rússia moderna como a época da "grande traição" de nossos interesses nacionais. Tudo o que foi feito na política interna e externa por Gorbachov, e mais tarde por Boris Yeltsin, é julgado como um completo fracasso. Consideramos sua política como uma absoluta estupidez e incompetência. A rendição perante o Ocidente em 1990, o abandono da RDA, não para uma nova Alemanha mas para uma RFA maior, se considera hoje na Rússia como uma das vergonhas desta grande traição. Além disso, Gorbachov e Yeltsin sacrificaram nossa Rússia!
Zbigniev Brzezinski e Alexandr Dugin

M.O.: ... te refere à União Soviética?

Dugin: Não, me refiro à Rússia! A Grande Rússia não foi criada pelos bolcheviques, eles só a tomaram e chamaram de União Soviética. O Estado existia desde centenas de anos antes dos bolcheviques.

M.O.: Voltando à Alemanha em 1990: a independência e a neutralidade da Alemanha foi discutida até mesmo em Washington...

Dugin: Falei com o politólogo, geoesrategista e estadista polaco-estadounidense, que serviu como assessor de Segurança Nacional para os Estados Unidos, Zbigniew Brzezinski. Perguntei-lhe por que os estadounidenses prometeram a Gorbachov neutralidade nas primeiras negociações. Brzezinski é uma pessoa muito valente e sincera. Ele me respondeu com sinceridade: "Enganamos Gorbachov!" Creio que Brzezinski me disse a verdade.

M. O.: Gorbachov era tão ingênuo, ou também um malicioso?

Dugin: Gorbachov não só é ingênuo, mas também um criminoso. Ele estava entregando todas nossas posições estratégicas ao oponente sem obter nada em troca. E neste sistema a reunificação alemã entra perfeitamente. Não foi um evento nacional alemão, mas simplesmente o intercâmbio de um regime de ocupação por outro na entidade da RDA. Não houve liberação ou obtenção da soberania alemã, apenas uma ampliação da parte ocupada pelos anglosaxões de seu país.

Para Washington, este foi um passo muito bom e inteligente, a potência hegemônica liberal ocidental obteve poder não só na parte alemã ocupada pelos soviéticos, mas também tiveram no Leste europeu, sem sacrificar uma só gota de sangue.

Podemos dizer hoje: a debilidade da União Soviética em 1990 foi desgraça da Alemanha. Com uma Moscou forte, a Alemanha poderia ter se convertido em um Estado independente, livre e soberano.

M. O.: Os políticos estadounidenses, assim como os políticos alemães, utilizam os termos "amizade" e "associação"...

Dugin: Não há nenhuma possibilidade em absoluto de chamar a ocupação como amizade ou associação. Associação e ocupação se contradizem. Estados Unidos não pode ser um verdadeiro aliado enquanto ocupar a Alemanha.

M. O.: Alguns jornalistas tradicionalistas alemães defendem a presença das instalações militares dos Estados Unidos na Alemanha. Dizem: a Alemanha tem que ser "vigiada" pelos aliados ocidentais porque nos comportamos de forma "pouco fiável" no passado...

Dugin: (Risos) Sério? Façamos uma vistoria na Alemanha atual. Seu país é completamente liberal, democrático e absolutamente inocente em sua política interna e externa. Mais uma vez: não há uma só razão para a ocupação - mas a ocupação continua. E este é o verdadeiro escândalo - não a espionagem e as atividades de inteligência dos Estados Unidos sobre a Alemanha. Esta situação status quo se converte agora óbvia para a sociedade alemã. Cada vez mais alemães se perguntam por que a ocupação continua, e para quê?

M. O.: Estes políticos e jornalistas respondem muito claramente: por causa causa da "vergonha do passado"...

Dugin: Esta "vergonha do passado" foi há muito tempo. Se torna mais e mais difícil justificar a ocupação pelos acontecimentos que aconteceram há 70 anos. Para a Alemanha é um desafio hoje em dia, devido ao fato da classe política em Berlim ter se acostumado com a situação da ocupação, mas isso não pode continuar para sempre. Assim hoje só há uma opção: ou acabar com a ocupação, ou aceitar como um tipo de situação eterna na Alemanha.

M. O.: Quanto mais tempo passa da rendição incondicional das forças armadas alemãs em 1945, maior é nossa celebração aos estadounidenses e seu exército como "libertadores"...

Dugin: Nada pode continuar com esta demagogia para sempre. Não há nenhuma razão para que a Alemanha seja membro da OTAN, não há razão para que as tropas estadounidenses continuem em solo alemão, não há razão para considerar Washington como "aliado", não há razão para considerar como iguais os interesses nacionais dos Estados Unidos e da Alemanha.

Em todos os aspectos a Alemanha tem sua própria agenda. Assim em longo prazo, só pode haver uma solução: a Alemanha deveria se reafirmar como entidade política independente, livre e soberana. Qualquer coisa que digam os políticos americanos ou alemães, a verdade é muito simples: não há liberdade com a ocupação. Se os alemães querem liberdade, independência e soberania, devem se rebelar contra a ocupação. Não se rebelar contra ela significa aceitá-la.

M. O.: Isso soa demasiado fácil...

Dugin: (Risos) Certamente não é fácil em absoluto. Falemos de um passo político e histórico muito importante e decisivo. Mas é inevitável, porque a lógica da ocupação se volta agora mais e mais transparente. Já não é possível ocultar esta situação. A ocupação estadounidense na Alemanha se baseia em puro poder político e militar e não em razões estratégicas da Alemanha. Agora fica claro para todos na Alemanha - mas o reconhecimento deste fato é muito difícil.

M. O.: Assim como o escândalo da NSA não é outra coisa senão um sintoma do verdadeiro problema - a ocupação?

Dugin: Exato! Não há que confundir-se ao converter um sintoma no problema real. O que fazem os estadounidenses na Alemanha, o fazem no contexto de uma força de ocupação. Por certo: Washington não "espia" na Alemanha - Washington simplesmente controla seu território.

Depois da Segunda Guerra Mundial os EUA foram donos da metade da Europa - agora são donos de toda Europa. A intervenção de Washington nos assuntos políticos internos dos Estados europeus não é "política externa" - é visto como uma forma de política interna.

M. O.: Nos principais meios de comunicação da Alemanha, assim como nos comunicados da imprensa dos políticos alemães, podemos ler a seguinte interpretação do escândalo da NSA: "Deveríamos estar contentes de que são os nossos amigos que nos espiam e não os Estados autoritários como a Rússia! Isto seria muito pior!" Isso é o surgimento da retórica da Guerra Fria ou simplesmente uma manobra de distração?

Dugin: Sim, também li esta estranha argumentação. Mas temos que entender o que significa "guerra de redes". Se trata de um tipo de guerra de informação e de inteligência. Um dos princípios desta guerra não é só controlar os inimigos, mas também os aliados. O sócio de hoje pode converter-se no rival de amanhã. Precisamente a Alemanha está sob ataque. Que os grandes meios de comunicação e os políticos da Alemanha defendem os interesses dos Estados Unidos é um aspecto desta guerra, assim como "vacinar" o povo alemão contra a Rússia. Estou convencido de que aquelas pessoas que estão por detrás da defesa dos interesses dos Estados Unidos e por detrás das campanhas anti-russas são armas estratégicas de informação dos EUA na Alemanha.

M. O.: Os críticos responderam agora: "Hein professor Dugin, você é um teórico da conspiração!"

Dugin: (Risos) Claro, o fariam. Mas o conceito de "guerra de redes" foi declarado abertamente na década de 1990 pelo governo dos Estados Unidos.

M. O.: A classe política em Berlim, especialmente nossa chanceler Angela Merkel e seu partido CDU, é pró-estadounidense. Durante o escândalo de PRISM em Junho de 2013, defenderam os interesses de Washington. Agora, depois se soube que a NSA estava espiando o telefone celular da chanceler, não puderam evitar mais uma reação. Mas simplesmente discutiram sobre os direitos de privacidade em todo o mundo, nunca sobre a ocupação ou sobre a soberania nacional. Por acaso o governo alemão pró-estadounidense nos distrai do verdadeiro problema?

Dugin: Não estou seguro disto. Podemos considerar esta situação como a primeira etapa da aparição na superfície do verdadeiro e mais importante problema. Falemos com franqueza: não podemos esperar da atual classe política alemã qualquer declaração dos direitos de soberania. Isto é muito pouco realista, ou não?

M. O.: Seria um tipo de milagre...

Dugin: Então não esperemos milagre na política. A atual classe política alemã faz o que pode. Os políticos alemães tentam protestar de uma forma suave e aceitável para as forças de ocupação. É uma espécie de "crítica de baixo". Vem junto como: o pequeno cidadão privado está um pouco irritado pela vigilância do governo em seus assuntos privados. É a reação dos débeis, dos completamente submissos, a reação servil do escravo perante o senhor.

M. O.: Claro, não é a reação entre sócios iguais...

Dugin: Não, em absoluto. Mas não sejamos tão pessimistas.

M. O.: Por que não?

Dugin: Acredito que esta reação mostra uma espécie de compreensão da situação. Se reconhece que não pode seguir assim sem nenhuma mudança. A sociedade está cada vez mais insatisfeita com a situação. A Alemanha está economicamente bem, socialmente mais ou menos, enquanto que os Estados europeus que a rodeiam enfrentam problemas muito difíceis. A Alemanha é o motor da Europa.

Nesta situação, a dominação estadounidense contradiz os interesses nacionais da Alemanha cada vez mais, assim como os interesses comuns europeus. Estou convencido de que a classe política alemã encontrou por ora a maneira mais inocente de reagir porque precisam, queiram ou não. Por certo, é muito lógico que o governo alemão não proteste contra a violação dos direitos de soberania alemã.

M. O.: Por quê?

Dugin: Porque a Alemanha não é um Estado soberano. Se não tem direitos de soberania, não podem ser violados por outros. Se a Alemanha quer se converter num Estado soberano, deve se rebelar contra a ocupação. A liberação vem primeiro, depois a soberania. Não se pode querer ser soberano e livre enquanto se está ocupado.

M. O.: "Rebelião" soa violento!

Dugin: (Risos) Não, em absoluto, isso é um clichê. Rebelião seria que um chanceler alemão exigisse abertamente ao governo dos EUA a retirada de suas tropas do solo alemão.

M. O.: Agora falamos realmente de milagres!

Dugin: A reunificação alemã não foi considerada um milagre muito pouco provável, até mesmo no verão de 1989?

M. O.: Disse uma coisa importante! Mas de todos os modos: agora mesmo Berlim parece ser mais fiel a Washington que a outros países ocidentais.

Dugin: Acredito que a Alemanha é um país muito disciplinado. O liderado alemão se sente contratado por seus senhores de Washington. Na relação germano-estadounidense somos testemunhas de um possível relançamento trágico da velha proclamação alemã das Waffen SS "Meine Ehre Heisst Treue" ("Minha honra se chama lealdade"). Desta vez, a lealdade aos Estados Unidos.

M. O.: Que interessante interpretação das relações germano-estadounidenses...

Dugin: (Risos) Sim, é uma espécie de fidelidade. Mas acredito que só uma parte da sociedade alemã compartilha esta atitude com a elite política de seu país.

M. O.: Nosso governo diz que não há alternativa à política transatlantista e à "associação" com os Estados Unidos...

Dugin: A independência alemã é um passo futuro inevitável completamente calculada racionalmente que tem que vir algum dia. É o interesse da sociedade alemã, assim como da economia.

Façamos uma vistoria à sociedade alemã de hoje: é liberal e democrática. Atualmente não há mais influência nacionalista ou revanchista. Quando falamos da soberania alemã, estas coisas não têm nenhum papel. Existem razões sociais, racionais e econômicas puras para que a Alemanha rompa as estratégias ditadas por Washington.

A razão é que todos estes aspectos entram em conflito mais e mais com os Estados Unidos, o qual quer organizar e controlar seu espaço europeu, assim como de outras regiões do mundo. Temos que esperar o ressurgimento alemão não da parte nacionalista ou tradicionalista da sociedade alemã, que está débil e completamente saturada pela "vergonha do passado". Mas até o aspecto liberal e democrático da sociedade alemã tem um vivo interesse na independência perante os Estados Unidos. Economistas alemães têm atualmente um profundo interesse contra o controle dos Estados Unidos. Encontramos a sociedade alemã atual em profundo conflito com Washington; não se trata só de espionagem da NSA.

M. O.: Você fala de economia, de aspectos sociais e da sociedade liberal da Alemanha. Que papel desempenha coisas como "a identidade nacional alemã" no conflito com os Estados Unidos?

Dugin: Eu sabia que esta pergunta chegaria...

M. O.: ...já que é um aspecto importante?

Dugin: É, mas não terá papel nenhum no conflito futuro com Wahington. Tais aspectos estão totalmente proibidos atualmente. Sejamos realistas: na Alemanha temas como "a identidade nacional alemã" não se discutem.

Quando não tem nenhum papel na própria Alemanha, como será isto um ponto importante no conflito com Washington? Os conflitos de interesses econômicos e sociais entre Washington e Berlim são atualmente muito mais perigosos para a presença dos Estados Unidos na Alemanha e Europa do que qualquer agenda identitária ou nacional-cultural.

M. O.: Então, na sua opinião, nossa identidade nacional não terá nenhum papel hoje ou no futuro na "questão alemã"?

Dugin: Eu não disse isso! Certamente não terá papel nenhum em um futuro próximo e na questão da emancipação alemã da potência ocupante estadounidense. Agora temos razões completamente racionais para tal emancipação que preocupam muito mais Washington do que qualquer aspecto tradicional anti-estadounidense na Alemanha.
Alexandr Dugin e Manuel Ochsenreiter em Freiburg, Alemanha
M. O.: Faz um par de semanas teve uma situação irônica em um programa de entrevistas alemão. O ex-embaixador dos EUA na Alemanha, John Kornblum, deu uma conferência a políticos e jornalistas alemães. Disse que Washington e Berlim são "sócios", não "amigos". Otto von Bismarck disse uma vez que a política externa está próxima de interesses, não de amizade. Como é que chega um diplomata dos EUA a nos dar sermão na forma de pensar de Bismarck atualmente?

Dugin: Essas coisas realmente não me surpreendem. Depois da Segunda Guerra Mundial o pensamento livre, especialmente sobre as relações com as forças de ocupação, foi absolutamente proibido na Alemanha.

Antes de 1945 fomos testemunhas do pensamento nação-centrista sobre o destino da Alemanha em todos os campos políticos de seu país. Comunistas, social-democratas, centristas, nacional conservadores e nacionalsocialistas tinham a nação alemã no centro de seus pensamentos.

O patriotismo alemão não foi em absoluto uma invenção dos nacionalsocialistas como muitos alemães acreditam hoje em dia. O pensamento nação-centrista na política se encontra também em outros países como França, Estados Unidos, Reino Unido ou Rússia. É completamente normal pensar assim. E foi até 1945 uma tradição alemã. Depois de 1945, esta forma de pensar foi proibida e difamada na Alemanha. Os alemães se viram obrigados de repente a penas pela "humanidade", pela "comunidade internacional", "nos valores ocidentais" ou de qualquer outra forma cosmopolita.

A reeducação no período pós-guerra buscou assegurar que a nova elite alemã não trabalhasse para estabelecer uma Alemanha livre e independente. A ausência completa de qualquer possibilidade de uma forma de pensar nação-centrista na política alemã foi lograda pelo poder soviético na RDA e pelos EUA na RFA.

Os alemães foram educados no pensamento anti-alemão. Não podemos esperar da elite ou da inteligência alemã, claro que com algumas exceções, pensamento centrado na Alemanha.

Assim não devemos nos surpreender que os políticos e intelectuais alemães falem em termos de "amizade" e não de "interesses" quando se trata das relações com as forças de ocupação.

Quando um político alemão deixa sua esfera, será substituído imediatamente pelos alemães que defendem exatamente esta esfera anti-alemã. É uma espécie de "Gulag" ou "campo de concentração" intelectual ou mental. Mas desta vez os norteamericanos são os comandantes e capitães deste campo e a elite alemã interpreta o papel da "Kapo", a polícia do campo.

Você deve aceitar isto ou se rebelar. Para a rebelião é cedo, mas chegará com segurança. Uma Alemanha livre e independente é uma grande oportunidade para toda a Europa. A Europa só pode se emancipar da dominação estadounidense com uma Alemanha emancipada.

Traduzido por Álvaro Hauschild, via Elministerio

Eleições chilenas têm embate teológico


No Chile, frente a segunda etapa das eleições presidenciais, as candidatas se desafiam no domínio teológico.
Em resposta às declarações de Evelyn Matthei, candidata da direita, Michelle Bachelet, da Nova Maioria, recordou na quarta-feira que Chile é um país laico, desde sua separação da igreja em 1925.

"Nem o Estado nem esta candidata vão obrigar qualquer igreja nem pessoa que faça nada que vá contra sua consciência", adiantou a candidata centro-esquerda à La Moneda.

Não obstante, depois de se reunir com um grupo de profissionais evangélicos, Bachelet salientou que o Estado é o ente que aproxima o caminho para que todas as igrejas levem adiante o exercício de sua espiritualidade e religião.

Durante a cerimônia celebrada no domingo pelos 100 anos da Catedral Evangélica do Chile, Mattheu se comprometeu diante do mundo evangélico a não fazer nada que contradiga a Bíblia se no próximo 15 de dezembro for eleita nova presidenta, além de lutar contra o laicismo promovido por sua rival.

Da mesma forma, a ex-ministra do Trabalho direitista sublinhou o vínculo matrimonial entre um homem e uma mulher, e que a vida se cuida desde o momento da concepção até a morte natural. "Não ao aborto, não à eutanásia".

Assim, Matthei advertiu a nação chilena que não chore por um Chile absolutamente laico, quando não tratou de parar este movimento mediante as urnas.

No último 17 de novembro, a expresidenta alcançou 46,67% das intenções contra 25,01% de Matthei. Como nenhuma conseguiu maioria absoluta, se realizará a segunda etapa no próximo 15 de dezembro, em um momento em que as pesquisas dão vitória à Bachelet, exgovernante socialista (2006-2010).

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

E se televisores pudessem espionar? É o que acontece...


Em que outro lugar você pode se sentir mais seguro que em sua própria casa? Mas hoje até em nossa cama podemos estar sob o controle do ‘olho onipresente’. O culpado é um dispositivo que se encontra em quase todos os lugares: o televisor.

Pode soar mais como o argumento de um filme de ficção científica, mas estas cenas já acontecem todos os dias em povos e cidades de todo o mundo e na maioria dos casos as vítimas não têm nem ideia de que alguém possa estar observando que roupa levam no corpo, que alimentos comem, que programa de TV assistem e cada passo que dão. Estes ‘vigias’ podem ser delinquentes ou trabalhar para grandes corporações e agora sabem seus segredos mais íntimos.

Em poucas palavras, nossas televisões começaram a nos espiar e isso está comprovado.

Na semana passada, um consultor de tecnologia da informação, Jason Huntley, residente no povoado próximo à cidade de Hull, no condado cerimonial de Yorkshire do Leste, Reino Unido, descobriu que sua televisão inteligente de tela plana, colocada na sua sala de estar deste verão, estava invadindo a privacidade de sua família, informa Daily Mail.

Huntley começou a investigar o dispositivo de marca LG que lhe custou 400 libras esterlinas (em torno de 649 dólares) depois de se dar conta de que sua tela de início estava lhe mostrando anúncios baseados nos programas que estava assistindo.

Foi então quando o britânico decidiu controlar a informação que a televisão inteligente que se conecta a internet estava enviando e recebendo. O fez mediante o uso de um computador portátil como ponte entre sua televisão e o receptor de internet, através do que o portátil era capaz de mostrar todas as informações que eram obtidas pelo ‘dispositivo espião’.

Logo Huntley descobriu que não apenas todos os detalhes de cada programa que estava assistindo, mas também cada botão que pulsava em sua mão, estavam sendo anviados de novo à sede corporativa da LG na Coreia do Sul (aliada importante dos EUA, Reino Unido, Israel, Arábia Saudita, Japão, etc.).

Ali, a empresa de eletrônica parecia estar utilizando as informações pessoais de seus clientes para ganhar mais dinheiro, enviando vídeos promocionais de produtos que potencialmente poderiam lhe parecer mais interessantes.

O LG de Huntley tinha enviado à sede da companhia também o conteúdo de sua coleção privada de vídeos digitais que estava assistindo na televisão, incluindo filmagens de celebrações familiares que continham imagens de sua esposa e seus dois filhos pequenos.

Mas o que é mais preocupante é que o dispositivo continuou o envio de tais informações a Coreia, ainda mesmo depois que Huntley tinha ajustado a configuração predeterminada para desativar o intercâmbio de dados.

O britânico escreveu sobre sua experiência em seu blog, depois do que o caso chamou a atenção dos principais meios de imprensa do país, o que obrigou a gigante LG a abrir uma investigação.

“A privacidade do cliente é uma prioridade”, afirmaram os representantes da companhia. “Estamos investigando informações de que certa informação de visualização em televisões inteligentes LG era compartilhada sem seu consentimento”, acrescentaram.

Não obstante, especialistas em informática destacam que a investigação de Huntley provavelmente é só a ponta do iceberg. Segundo eles, as novas televisões inteligentes que se conectam a internet cada dia entram em mais lugares por todo o mundo e cada uma delas pode ser facilmente hackeada, já que a diferença dos computadores, é impossível instalar nela um antivírus pela falta de software necessário.

Assim, por exemplo, um delinquente que em mínimos conhecimentos de informática poderia obter os detalhes das contas de crédito que os usuários sobem à tela para realizar o pagamento de filmes que descarregam o uso de aplicações comerciais.


Outro descobrimento inquietante que recentemente fizeram os especialistas foi que é possível acessar de forma remota as câmeras de vídeo integradas em milhares de televisores inteligentes e receber as imagens de cada passo que dão os usuários em sua própria casa, sempre que estejam ao alcance do objetivo deste dispositivo.

NdoB: lembramos o leitor que as câmeras de computadores seguem a mesma lógica, a partir das quais a tecnologia dos televisores é melhorada e ocultada. Quem nunca se deparou com uma evidência do funcionamento da sua câmera webcam, mesmo enquanto o computador estava desligado?

Via RT

Exército sírio confisca armas israelitas usadas pelos terroristas


As forças do Exército sírio confiscaram nesta Terça uma grande quantidade de armas e munições israelitas de tipo LAW dos terroristas em torno da cidade de Damasco, capital síria.

As tropas sírias confiscaram estas armas em um esconderijo dos terroristas, onde assim encontraram artefatos explosivos improvisados, IED (por sua sigla em inglês), foguetes (RPG, por sigla em inglês), bombas e mapas, entre outras coisas.

Por outro lado, as forças sírias aniquilaram 46 homens armados, de nacionalidade jordana, líbia, egípcia, iraquiana e chechena, durante as operações de limpeza em diversas partes do país árabe.

Os soldados do Exército sírio, além disto, eliminaram um grande número de terroristas e desmantelaram armazéns de armas e munições de terroristas nas cidades de Homs (Oeste) e Idiib (Noroeste).

Há mais de dois anos, a Síria é cenário de uma onda de violência perpetrada por terroristas, financiados e dirigidos por alguns países ocidentais e vários regionais, como Arábia Saudita, Qatar e Turquia, que têm como fim acabar com o governo do presidente sírio, Bashar al Assad.

Os grupos armados que lutam contra o governo sírio confessaram em várias ocasiões que receberam armamentos de países estrangeiros.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Exército israelita engrossa com mercenários europeus

Milhares de mercenários europeus estão nas filas do exército do regime israelita, de acordo com as revelações da organização de direitos humanos, Euromid (Organização para a Cooperação dos Países Mediterrâneos). A entidade salientou que estes mercenários procedem de diferentes países do mundo, entre eles Alemanha, Noruega, Dinamarca e Holanda.
Vídeo de Hispantv

Universidades alemãs recebem fundos do Pentágono


Uma reportagem mostra que universidades alemãs têm recebido milhões de euros dos militares dos EUA para projetos de pesquisas em munições e programas de drones.

Na segunda-feira, o jornal alemão Suuddeutsche Zeitung reportou que pelo menos 22 universidades e institutos de pesquisa confirmaram receber mais de 10 milhões em euros de benefícios do Pentágono dos EUA desde 2000.

Além disso, a reportagem mostrou que o Pentágono ainda pagou às universidades cujas regras excluem a indústria armamentista.

De acordo com o jornal, a Universidade Ludwig-Maximilian de Munique (LMU) pagou mais de 470 mil euros do Ministério de Defesa dos EUA para pesquisa em explosivos militares.

Mais, os fundos do Pentágono foram dados à Universidade de Marburg, que está pesquisando sistemas de navegação para drones e "munições de aço" e à Fraunhofer Society, uma rede de amplitude nacional de instituições de pesquisa, para pesquisar vidro a prova de bala e explosivos.

A oposição política alemã imediatamente criticou a cooperação entre as universidades nacionais e o Pentágono, clamando por mais transparência das universidades do país com relação aos seus projetos de terceiros.

"É inacreditável que esta cooperação não tenha sido publicada e que algumas universidades recusam dar informação sobre estes contratos", disse o parlamentar Nicole Gohlke, membro de um partido de esquerda.

Outros críticos disseram que essas universidades alemãs estão violando regras étnicas conforme estes projetos têm fins bélicos.

"É problemático quando a ciência foca na guerra, especialmente quando é pelos EUA. Depois de tudo, os EUA impulsionam guerras de agressão, e sem autorização do Conselho de Segurança da ONU", disse Jurgen Altmann, físico e pesquisador pacífico na Universidade de Dortmund.

NdoB: lembramos que em qualquer parte do mundo as universidades são utilizadas para projetos privados que, de uma ou de outra maneira, servem para objetivos antinacionais. Uma pesquisa feita para qualquer área da engenharia pode ser utilizada para fins bélicos. E não apenas pode, como é de fato utilizada. Uma pesquisa da sociologia, por sua vez, é utilizada na manipulação midiática e no manejo público em geral em prol de objetivos privados. O perigo não está, portanto, nos investimentos com fins bélicos, mas na privatização das pesquisas, que colocam os resultados em mãos particulares (e assim estrangeiras).

via Presstv

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Israel constrói mais colônias em território palestino


O regime israelita, indiferente às preocupações e condenações internacionais, aprova a construção de mais assentamentos ilegais nos territórios ocupados dos palestinos.

A notícia foi dada nesta Segunda pela organização israelita não governamental La Paz Ahora, contrária à colonização deste regime.

"Uma comissão da administração militar israelita encarregada da Cisjordânia aprovou recentemente a construção de 829 assentamentos", informa Lior Amihai, responsável pela ONG.

O jornal israelita 'Haaretz' confirma a informação e precisa que os novos assentamentos serão construídos nas colônias de Givat Zeev, ao norte de Al-Quds (Jerusalém Leste), Nofei Prat, Givat Salit e Nokdim.

Não obstante, a construção de novos assentamentos por parte do regime de Tel Aviv tinha parado por um tempo por medo de irritar ainda mais a comunidade internacional, que as considera ilegais porque estão situadas nos territórios ocupados.

Neste contexto, muitos acreditam que esta decisão é uma espécie de represália do primeiro ministro israelita, Benyamin Netanyahu, pelo acordo que foi feito na madrugada de Domingo entre Irã e o Grupo 5+1 sobre o programa de energia nuclear do país persa.

Quando o mundo saudava este importante acordo, Netanyahu não pôde conter sua ira e disse que "o que se conseguiu em Genebra não é um acordo histórico, mas um erro histórico".

O regime israelita utiliza a construção de novos assentamentos ilegais em territórios ocupados palestinos como uma ferramenta para ameaçar o mundo quando algo não lhe convém. Se bem que não necessita desculpas para continuar suas políticas expansionistas e violar sistematicamente a normativa internacional.

Ucrânia rejeita UE e se reaproxima da Rússia

O governo da Ucrânia se separa do acordo com a União Europeia e se aproxima com a Rússia. As ruas de Kiev, capital da Ucrânia, se enchem de manifestantes pró-UE.

Em 21 de Novembro, Ucrânia anunciou que suspenderia um acordo iminente de comércio com a União Europeia e reataria aproximação com a Rússia.

De acordo com o primeiro ministro ucraniano, a decisão foi tomada para assegurar a segurança nacional do país, depois de considerar os efeitos do comércio com a Rússia. Também falou da necessidade de restaurar os acordos com a Federação Russa.

A União Europeia, por sua vez, não gostou, afirmando que a decisão atrairia investimentos estrangeiros ao país.

Lembramos que a Ucrânia foi peça-chave para os países da OTAN na formação de um Cordão Sanitário contra a Rússia, que visa dividir os países da ex-URSS e assim controlá-los através da formação de novos tratados e blocos econômicos-militares.

A Revolução Laranja parece nunca ter terminado, e os protestos que se direcionam contra a Rússia parecem continuar sob influência da UE e da OTAN. Todavia, o país reaproxima com seus antigos aliados.

domingo, 24 de novembro de 2013

Argentina: GMOs causam graves defeitos em fetos


Argentina se tornou um dos maiores produtores de soja, com a maioria de sua safra sendo composta de organismos geneticamente modificados (GMO). A pulverização agrotóxica no país aumentou consideravelmente nos últimos anos, em 1990 9 milhões de barris de agrotóxicos foram requeridos, comparado aos 84 milhões de barris que hoje se demanda. Incluído nisto está o uso de mais de 200 milhões de litros de herbicidas contendo venenos como glifosfato, principal ingrediente no Roundup. Toda a safra do país, em todas as safras de algodão e milho, se tornou geneticamente modificada nesta última década. Juntamente com o aumento da safra GMO e com o uso de pesticidas, o país recebe um preocupante e alarmante crescimento de defeitos de nascença, estatísticas de câncer, e outras doenças. Isto levou muitos dos cidadãos, incluindo profissionais médicos, a afirmar que pesticidas, GMOs e gigantes de biotecnologia são os únicos culpados.

A menina Camila Veron, de dois anos de idade [na imagem acima], nasceu com problemas múltiplos nos órgãos e gravemente deficiente. Os médicos contaram à família que a culpa é provavelmente dos agrotóxicos. Dezenas de outros casos similares estão preocupando a região. É fortemente pensado que o herbicida usado nas safras geneticamente modificadas agiu no período de gravidez, causando defeitos no cérebro, coração, intestinos, no feto. Em Ituzaingo, um distrito composto de 5 mil pessoas [e rodeado por muitos campos] vivenciaram nos últimos oito anos mais de 300 casos documentados de câncer associados a fumigação e pesticidas. Eles reportaram estatísticas de câncer 41 vezes mais que o padrão nacional.

A Monsanto [não surpreendentemente] negou as reclamações de que seus GMO têm contribuído de alguma forma para o aumento na ocorrência de nascimentos defeituosos no país. Com aquelas dezenas de casos expostos, que ilustram o desuso e ilegalidade de aplicação pesticida, os pesticidas estão aparecendo em estatísticas alarmantes no solo e na água ingerida. De forma perturbadora, em 80% das crianças sobreviventes em um local foram encontrados pesticidas no sangue. Estudos demonstraram que baixa concentração de pesticidas [como o glifosfato] leva a células humanas adoecerem e a causar câncer.

Infelizmente, para o departamento de relações públicas da Monsanto, a Associated Press documentou muitos casos dentro do país onde os venenos foram e estão sendo aplicados de muitas formas proibidas por lei, ou desaconselhável pela ciência. Profissionais de medicina também avisam seus clientes que a aplicação de pesticida no país é a culpada. Não só é o aumento das safras Roundup um risco para os residentes na região, mas um perigo para o meio ambiente, e outros animais que se alimentarão das safras. Na luta contra os gigantes de alimentos geneticamente modificados e tecnologia biotecnológica [protegidos pelo governo], como a Monsanto, é crucial lembrar que os alimentos geneticamente modificados nunca foram seguros para consumo por um período de tempo estendido. Uma única esperança é que as corporações como Monsanto, que destróem vidas e comunidades, sejam responsabilizadas por seu descaso e ações deploráveis.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

EUA espionou cidadãos britânicos com apoio de Londres


A Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA pelas siglas em inglês) esteve espiando os cidadãos britânicos que não eram suspeitos de nenhum delito, em virtude de um acordo secreto com os funcionários de inteligência do Reino Unido, segundo revelou na Quarta o jornal britânico ‘The Guardian’.

De acordo com os documentos obtidos pelo excontratado da NSA, Edward Snowden, o rastreamento e armazenamento das chamadas telefônicas e correios eletrônicos dos cidadãos britânicos foi autorizado graças a um acordo secreto feito em 2007 entre funcionários de inteligência do Reino Unido e da agência de espionagem dos EUA.

EUA e Reino Unido são dois sócios importantes do clube dos “Cinco Olhos”, uma aliança de intercâmbio de inteligência composta por EUA, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia.

Neste sentido, se supunha que estes cinco Estados estavam comprometidos a respeitar, entre si, os direitos de privacidade de seus cidadãos. Não obstante, os documentos obtidos por Snowden revelam que em 2007 as regras mudaram, através de cujas mudanças a NSA estava autorizada a espionar qualquer telefone celular dos cidadãos britânicos.

Desde o início do mês de Junho deste ano, os documentos filtrados por Snowden esclareceram as crescentes atividades de espionagem de Washington no mundo inteiro.

Os documentos demonstram como o Governo do país estadounidense recolheu os registros telefônicos de todos os cidadãos estadounidenses.


Outros documentos também mostram que as agências de espionagem dos EUA hackearam os sistemas de informática das missões diplomáticas de outros países e que Washington esteve escutando as chamadas telefônicas de pelo menos 35 líderes mundiais, incluindo as da chanceler alemã Angela Merkel, uma dentre os líderes mais influentes na Europa.

Israel busca outro aliado para substituir EUA


O regime de Israel já não considera benéfica a relação que tem com os EUA.

O ministro israelense de relações internacionais, Avigdor Lieberman, salientou na Quarta que o regime de Tel Aviv necessita de outro aliado que substitua os EUA.

“O vínculo entre Israel e seu principal aliado estratégico, EUA, se debilitou”, disse Lieberman, enquanto afirmou que este regime não deve confiar no país estadounidense como confiou até agora.

O titular do regime israelense admitiu, por sua vez, que os estadounidenses “têm muitos problemas e desafios em todo o mundo”, além dos obstáculos que têm dentro de suas fronteiras, como “problemas econômicos” e de imigração.

“A política externa de Israel durante muitos anos esteve orientada à Washington, mas a política externa implementada por mim tem muitas direções mais”, manifestou Liberman.

De acordo com o jornal ‘Jerusalem Post’, o funcionário israelense declarou inclusive que Washington depende do dinheiro de alguns países árabes, mas afirmou que ele mesmo está tratando de criar conexões com os países interessados em um vínculo com o regime israelense, que não dependam do mundo árabe, sem especificar exatamente quais são.

As declarações do ministro do regime israelense tiveram lugar em momentos em que as relações israelitas-estadounidenses foram afetadas sobre a decisão de Washington de seguir adiante com as conversações com Irã até chegar a um acordo sobre o programa de energia nuclear do país persa, muito em confronto com a postura do regime de Israel, que insiste em continuar a imposição das sanções anti-iranianas.


Durante o último round de conversações entre Irã e o Grupo 5+1 (EUA, Reino Unido, França, Rússia e China + Alemanha), celebrada na cidade suíça de Genebra entre 7 e 10 de novembro, as partes estavam a ponto de chegar a um acordo, mas devido a posição tomada pelo chanceler francês Laurent Fabius em favor de Tel Aviv e a falta de compromisso do secretário de Estado estadounidense, John Kerry, os diálogos não alcançaram um acordo.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Nacionalistas tchecos protestam contra a usura e o saque do regime pós-comunista

Por Manuel Ortiz



Centenas de simpatizantes e militantes do partido nacionalista Partido dos Trabalhadores pela Justiça Social (DSSS) marcharam pelo centro de Praga para se manifestarem contra o atual sistema liberal nacido da queda do regime soviético por continuar e piorar os vícios de seu antecessor.

A manifestação se realizou no contexto de greves estudantis anti-comunistas de 17 de novembro de 1989 que deram início à chamada Revolução de Veludo, sendo aquela uma busca por um sistema com maior justiça social, mas que, nas palavras do líder do DSSS, o novo regime não trouxe democracia, mas apenas "mentiras, hipocrisia, arrogância dos poderosos, corrupção do Estado e saqueio da Nação".

"Os bens do Estado foram roubados e o solo nacional vendido aos estrangeiros, desemprego, pobreza, usura, o sistema político e a sociedade afundados na imundície moral. Essa é a realidade e, 24 anos desde a Revolução de Veludo". Esse seria uma das mensagens principais do protesto, apontando como culpados os ex-presidentes Václav Havel, Václav Klaus e ao presidente atual Miloš Zeman pela situação atual.

Ao final da marcha na capital o líder do DSSS, Tomas Vandas, emitiu um breve discurso no qual chamou os manifestantes como a "única oposição ao regime atual". Um discurso também esteve a cargo de um representante da Jungen Nationaldemokraten, a organização jovem do Partido Democrático Nacional da Alemanha (NPD), onde criticou o capitalismo e a globalização, além de exigir uma Europa forte das nações.

Uma vez terminado o evento, a polícia deixou seus oponentes realizar sua manifestação que queria evitar por primeiro e deixar claro que ninguém exceto eles podem protestar contra o governo com mensagens "O 17 de Novembro não pertence aos nazis".

Via El Ministerio

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

A desintegração da Líbia, à beira de uma catástrofe humanitária

Ameaça de fome, incessante guerra interna, colapso econômico e possibilidade de desintegração do país. Tal é o quadro que apresenta hoje a Líbia, país que recebeu uma "lição de democracia" da coalisão ocidental.



Existe a possibilidade de devolver a esse país a via pacífica os quem devem responder pelas gravíssimas consequências da revolução apoiada pelo exterior?

Dois anos após a chamada revolução líbia a situação do país não pode ser denominada mais que crítica. As atuais autoridades nominais e os líderes da nova onda de protestos bloqueiam as relações econômicas elementais da Líbia com o mundo exterior, das quais dependem se não tudo, ao menos muitas coisas.

Alguns não podem pagar as importações de alimentos, porque os outros bloqueiam a exportação de petróleo, tão necessário à entrada de recursos ao orçamento. Além disso, a extracção do óleo é de dez vezes inferior em comparação aos tempos "prerevolucionários".

E tudo isso porque o país se reuniram novamente forças armadas de diferentes grupos, o que praticamente bloqueou os restos do complexo petrolífero. As autoridades tentam controlar o exército, torná-los parte das forças de segurança , mas os esforços são infrutíferos. Não há dinheiro .

Em tal situação, a pergunta "o que fazer?" torna-se uma questão de uma forma muito concreta. Está em risco o destino de todo um povo . A Voz da Rússia perguntou ao orientalista Anatoly Yegorin se os países ocidentais devem assumir a responsabilidade , inclusive financeira , diante do povo da Líbia. Aqui está a resposta :


"Sim, deveriam. Eles forçaram a aprovação da resolução , segundo a qual interviriam como defensores do povo, que supostamente foi oprimido por Gaddafi . Eles lançaram trinta mil ataques aéreos contra a Líbia e onze cidades ficaram em ruínas. Ocidente prometeu dez bilhões de dólares para reconstruir as cidades, mas permanecem em ruínas.


Os países ocidentais, dado que se importam tanto para a paz na Líbia, devem tomar medidas urgentes, realizar uma conferência ou fazer qualquer outra coisa, para que a Líbia seja pelo menos um Estado federal e não se desintegre.


Mas o Ocidente, como sempre, não se apressa em corrigir seus erros dramáticos. Como resultado, o governo totalmente debilitado não tem chance de financiar até mesmo as necessidades básicas, tais como as importações de cereais . Para o país de seis milhões de habitantes, que não tem um complexo agro-industrial básico, isso envolve uma grande catástrofe humanitária.


Deixam de vigorar até mesmo contratos de importação de cereais previamente selados. Aparentemente, os fornecedores estrangeiros, com razão, do ponto de vista empresarial, exigem o cancelamento da dívida. Mas tal inflexibilidade não promete aos líbios nada de bom. Atualmente corre risco a importação de cinqüenta mil toneladas de trigo, o suficiente para alimentar por vários meses apenas a capital e nada mais."


O co-presidente do comitê russo de Solidariedade com os Povos da Líbia e da Síria, Oleg Fomin, argumenta que a comunidade internacional poderia intervir ativamente na situação.


Se a ONU respondeu a sua predestinação , não por coincidência foi criticada por Gadafi em seu famoso discurso em Nova York, deve responsabilizar aqueles que mergulharam o país numa crise, e obrigá-los a pagar para a reconstrução da economia nacional , educação, medicina e outros setores vitais.


Aqueles que arruinaram o país devem responder . Isso é, em seu tempo, tal responsabilidade foi colocada sobre a Alemanha .


Enquanto isso, na sexta-feira em Trípoli se protagonizou confrontos entre diferentes grupos armados que deixaram dezenas de mortos e feridos. E na situação de "todos contra todos", não parece haver nenhum raio de esperança.

via Soberania argentina

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Dugin: O Ocidente atual deveria ser aniquilado


Para muitos dos nossos leitores o nome do filósofo, cientista político, tradicioinalista, professor Alexander Dugin, como seus vários livros, são bem conhecidos. É o motivo pelo qual não começamos por Adão e Eva. Vocês podem encontrar mais informações sobre A. Dugin e seus trabalhos nestes sites: http://www.arcto.ru, http://www.4pt.su, http://dugin.ru

O professor Dugin respondeu a algumas das nossas questões. Segue abaixo a entrevista.

Entrevista: Caro professor, poderíamos começar nossa conversa com sua própria e interessante biografia. Antes de tudo, é verdade o que está escrito no Wikipedia e em outros locais? O que é verdade e o que não é? Pai, que trabalhou na GRU, círculo nazista liderado por E. Golovin, muitas perturbações políticas, intimidade com Putin?

Dugin: É tudo pura mentira. Nem Putin, nem nazista, nem pai do GRU e assim por diante. Minha biografia é minha bibliografia (cf. J. Evola). Eu não mexo no Wikipedia por duas razões:

1)     Há um grupo de administradores liberais que imediatamente restauram todas as mentiras para conservar a minha imagem pejorativa (a guerra de rede – é apenas uma democracia, nada pessoa, mas a democracia é sempre uma mentira);
2)     O indivíduo (bem como eu mesmo) não importa para mim; só a missão importa.

Então eu não me inclino a falar de mim mesmo. Leiam meus livros, formem suas opiniões pessoais sobre minhas ideias primeiro, a personalidade do autor, depois é opcional.

E: As principais coisas a se discutir nesta entrevista são suas ideias, as quais eu considero mais interessantes e globalmente importantes, de que o mundo ocidental parece estar entrando em colapso. É isto? O fim da civilização ocidental foi previsto muito antes. Quanto tempo devemos ainda esperar? Há algo que deve acontecer? Terceira Guerra Mundial? Revolução global? Nada (quer dizer, o colapso como processo natural)?

Dugin: Eu mais penso que nada vai acontecer, nada. Isto é o que é realmente terrível. A eternidade é o momento interminável do tédio. Heidegger estudou em seu trabalho, Die Grundbegriffen der Metaphysik o fenômeno do tédio profundo. Quanto ao caráter existencial do Dasein moderno, Gnostic Basilides descreveu o mundo PÓS-fim como completamente balanceado, o mundo sem eventos. Isto não quer dizer que não hajam mais eventos, mas que não vivenciamos mais os eventos como eventos. O colapso permanente é bem analisado pelo escritor inglês Alex Kurtagic.

O problema real surge quando ninguém percebe ele como problema. Eis onde estamos. O Ocidente é o centro do tédio. Ele não explode, mas implode sempre mais profundamente.

Eles estão certos de que isto durará para sempre. O fim do mundo é a impossibilidade do Mundo de terminar. O mundo inacabável não é mais um Mundo, é a agregação dos fragmentos insignificantes da existência como um todo. Estamos vivendo nas 6-9 hipóteses do Parmênides de Platão – há multitudes(πολλά), não há mais unidade (ν). Um mundo assim não pode existir (de acordo com os neoplatônicos). Eu cocordo com eles, não com a mídia de massa e com a cultura prêt-a-porter ou com os hegemônicos intelectuais.

E: Você publicou muitos livros – nem posso conta-los (você pode?). Eu lembro do primeiro que eu li – foi espantoso em 1999, sobre conspiralogia. Você acredita em uma séria conspiração global como os Bilderberg, Maçonaria, Illuminatti, ou outros grupos que REALMENTE estão atuando hoje? Se sim, por favor, explique como isso funciona e o que deveríamos esperar disto.

Dugin: Não me lembro quantos são os meus livros, mas da qualidade deles. A qualidade é muito diferente porque os livros foram escritos para públicos diversos. A conspiralogia é descrita por mim como um tipo de sociologia primitiva. Para a sociologia há um ponto muito importante: o que a sociedade pensa sobre o que está acontecendo não é menos importante que o que realmente está acontecendo ou que o que os especialistas científicos pensam. Então, estudando as teorias de conspiração acabamos por estudar a mente das pessoas, os mitos, a cultura, os medos, as estruturas gnoseológicas e cognitivas. A crença das pessoas nas conspirações. Significa que eles existem ou subsistem (de acordo com a ontologia diferenciada de Alexius Meinong).

É irônico que você menciona os Bilderberg (grupo internacional oficialmente existente) ou os Maçons (organização historicamente documentada) e os Illuminatti, que são produto das teorias de conspiração modernas (houve uma organização assim no fim do século XVIII, mas logo desapareceu). Os Bilderberg planejam? Os Maçons planejam? Penso que sim. O que eles planejam exatamente? Ninguém sabe a não ser os membros. Os membros não falam sobre o que eles planejam. Então não sabemos muito claramente de seus planos. Mas as pessoas imaginam, deduzem, acham, adivinham. É apaixonante estudar, como elas fazem. Elas expressam medos, desejos subconscientes, compreensão oculta da sociedade, da história, das hierarquias, do destino...apaixonante estudar tudo isso.

E: Você é considerado como o pai do Eurasianismo e da Quarta Teoria Política. Você poderia explicar o foco das suas ideias?

Dugin: O Eurasianismo pensa que a Rússia não é um país, mas uma civilização. Então deveria ser comparada não com os países europeus ou asiáticos, mas com as civilizações europeias, islâmicas ou hindus. A Rússia-Eurásia consiste do caráter moderno e pré-moderno, das culturas e etnias do Leste-Europeu. Esta identidade particular deveria ser reconhecida e reafirmada no contexto do novo projeto de integração. O Eurasianismo nega a universalidade da civilização ocidental e a unidimensionalidade do processo histórico (dirigido pelo liberalismo, pela democracia, direitos humanos, economia de mercado e assim por diante). Há culturas diferentes com diferentes antropologias, ontologias, valores, tempos e espaços. O Ocidente não é nada mais que uma província mundial hipertrofiada e insolente com megalomania. É caso abjeto da hybris. A humanidade deveria lutar contra o Ocidente com fim de pôr suas pretensões nos limites legítimos. A província mundial deveria voltar a ser o que é – a província, o histórico caso isolado, a opção – não um fato universal, normativo ou de objetivo comum.

A Quarta Teoria Política é a teoria que afirma:

1)      Três principais ideologias políticas modernas (o liberalismo, o comunismo/socialismo e o fascismo/nazismo) não são mais adequadas – então precisamos descartar todas elas (ou seja, sem mais liberalismo, socialismo e fascismo – notem o fascismo e comparem com o que eles dizem de mim);
2)      Precisamos construir a Quarta Teoria Política além das três descartadas; dessa vez não pode ser moderna (pós-moderna ou pré-moderna);
3)      O sujeito da Quarta Teoria Política é o Dasein segundo o que Heidegger descreveu em seus trabalhos (não o indivíduo como no liberalismo, nem a classe como no marxismo, nem a raça ou o Estado como no fascismo/nazismo) – O Dasein deveria ser libertado do modo inautêntico de existência;
4)      O Dasein é plural e depende da cultura, de modo que o mundo deve ser multipolar (toda cultura, etnia ou religião tem seu própria Dasein – não estão necessariamente em contradição, mas são diferenciadas).
5)      Clamamos pela revolução existencial mundial dos Daseins – Daseins fas sociedades humanas unidas pela luta contra-hegemônica global – contra o globalismo ocidental e contra o universalismo liberal, assim como contra a a dominação dos EUA.

E: A União Eurasiana estabeleceu-se muitos anos atrás. Agora parece estar no esquecimento, apesar de que se pode ver que a parte oriental do mundo (China, Irã, etc.) está se fortalecendo enquanto a parte ocidental se enfraquece. Prossegue? Qual é a situação da União Eurasiana agora e o que você prevê para o futuro dela?

Dugin: A União Eurasiana é nossa ideia tomada pelos burocratas de Putin. Penso que é somente uma forma de assegurar o futuro da Rússia e a condição indispensável para a multipolaridade. A Rússia deveria estar do lado dos poderes não-ocidentais. Há muitos problemas com a União Eurasiana – objetivos e subjetivos. A hegemonia americana e quinta coluna na Rússia danifica ela, e a ineficácia da burocracia russa torna a situação sempre pior. Não obstante será estabelecida, porque deve ser estabelecida.

E: Guerras e revoluções por toda parte agora... Mali, Síria, Palestina, Tunísia... O que você pensa sobre a situação no Magreb/Oriente Médio? Terminará o sangue e outra guerra de mais de dez anos?

Dugin: Não. Nunca terminará. É o projeto do caos financiado pelo Ocidente enfraquecido a fim de controlar as sociedades não-ocidentais por outros meios. O sangue será espalhado mais e mais. Só quando todos os islâmicos voltarem suas armas contra os hegemônicos ocidentalistas e unirem-se à batalha final dos eurasianistas poderá terminar. O Império continua a dividir, mas não pode mais efetivamente controlar. Então começa a dividir e, e é tudo. Não pode dominar, só matar. Então precisamos revidar.

E: Qual é sua opinião sobre o Islã e o Irã?

Dugin: Eu admiro o Irã e admiro o shiismo e o sufismo. É a tradição espiritual que luta contra a modernidade mirando seu centro. Há muitos tipos de Islã. Gosto do Islã tradicional e tenho algumas dúvidas sobre a versão wahhabista. É uma versão modernista e universalista do Islã e parece funcionar sob os interesses dos EUA como um tipo de unidade sub-imperialista. Em suma, eu apoio o tradicionalismo em todas as religiões. Mas o Irã e a tradição shiita eu os amo com meu coração.

E: Que futuro (próximo e distante) gostaria de ver para o mundo? Qual sua visão?

Dugin: No status quo estamos desprovidos de futuro. Compreendo o futuro existencialmente como o horizonte da existência autêntica do Dasein, como Ereignis (evento/em si mesmo), a vinda do último Deus (letzte Gott). Mas este futuro é incompatível com o Logos decadente da história Ocidental. O Ocidente atual (EUA e em parte a Europa) deveriam ser aniquilados e a humanidade deveria ser reconstruída sob fundamentos diferentes – em face da Morte e do Abismo.

Deveria haver um Novo Começo da Filosofia ou...nada mais. O mesmo nada de agora, não perseguido mais como tal. Assim, o futuro não deveria vir por si mesmo. Nós deveríamos fazê-lo. Mas antes precisamos destruir o que é ou parece ser.

E: Como vejo do Facebook e das páginas da internet, há muitas pessoas prontas para alguma revolucionária mudança de paradigma de suas mentes e talvez ainda revoluções físicas. Mudanças reais estão para surgir no nosso mundo? Poderia prever quando e como?

Dugin: A mudança de paradigma é absolutamente necessária. Eu não vejo homens ou mulheres suficientes e prontos para mudar eles próprios e o mundo em torno deles. Mas vejo alguns. É muito pouco para a esperança, mas muito grande para o desespero. Eu gostaria de ver passos mais decisivos e concretos. É bom que alguns começam a despertar. O ódio ao Ocidente, ao globalismo, ao consumismo, à mídia de massas, às mentiras democráticas, ao lixo dos direitos humanos, ao capitalismo, à ditadura tão chamada “sociedade civil” e à dominação americana estão obviamente crescendo. Então deveríamos seguir adiante. Fraqueza significa revolução e guerra. É pouco provável que eles começarão agora. Mas eles deveriam começar exatamente agora porque amanhã será tarde demais.

E: Desejo a você todo o melhor e agradeço pelas respostas – a última questão: quais são as principais ideias nas quais você está trabalhando agora?

Dugin: No manual de Relações Internacionais para as universidades russas, na Teoria do Mundo Multipolar (publicada, mas ainda em desenvolvimento), no desenvolvimento da Quarta Teoria Política, nos estudos heideggerianos no campo da filosofia (tenho escrito já dois livros sobre Heidegger e continuo trabalhando no mesmo projeto), no tradicionalismo (Henry Corbin, círculo Eranos – tenho comprado recentemente todas as edições do Eranos Jahrbuch na Suíça), na sociologia da imaginação (no estilo de G. Duran – fazem dois anos do meu doutorado sobre o assunto), em novos livros sobre geopolítica (geopolítica histórica da Rússia, regiões do mundo e assim por diante), no platonismo e neoplatonismo, eurasianismo (claro), na teologia ortodoxa, antropologia social e etnossociologia, economia (meios alternativos), e em estudos conservadores.

Também: ensino na Universidade Estatal de Moscou (sendo chefe do departamento de sociologia das Relações Internacionais) – RI, geopolítica, etnossociologia, sociologia; conferências (ao redor do mundo); aconselhando o governo russo e o parlamento (enquanto membro oficial dos conselheiros do chefe de Estado Duma S. Naryshkin); e dirijo o Movimento Internacional Eurasiano.

E: Obrigado.

Dugin: De nada.