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sexta-feira, 17 de maio de 2013

José Mujica se opõe à maconha e ao aborto, mas prefere legalizar

O presidente uruguaio José Mujica disse que se opõe ao consumo de maconha e à prática do aborto, mas que prefere legalizar ambas para que não "cresçam nas sombras" e causem maior dano à população.



A maconha é "uma praga" mas o narcotráfico é "muito pior", disse o presidente em referência a seu projeto de lei para legalizar o consumo e a venda de cannabis, cedendo o controle do setor ao Estado.

Em entrevista com a agência EFE, Mujica afirmou que não defende "nenhum vício". Entretanto, para ele o narcotráfico é um "problema maior" que o consumo da maconha ou de outras drogas pois "tende a se multiplicar" o grau de violência na sociedade "e é uma doença que se alastra por baixo".

"Planejamos a hipótese de regular o mercado da maconha como uma tentativa de tomá-lo (dos traficantes", justificou.

Um projeto de lei apresentado no ano passado e que é analisado no Parlamento uruguaio autoriza o Estado a assumir o controle das atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição da cannabis e seus derivados".

Sobre o aborto, Mujica disse que "passa algo parecido". Contra esse fenômeno "estamos todos", mas por "barreiras sociais, econômicos ou outros" se seguiam realizando abortos "nas sombras".

No ano passado o Parlamento descriminalizou a interrupção da gravidez até a 12ª semana da gestação, sempre que se sigam certos procedimentos regulados pelo Estado.

Via RT

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Uruguai e Brasil trabalham para eliminar suas fronteiras a partir de 2014

Enquanto o conflito diplomático entre Argentina e Uruguai pelo último deslize do presidente José Mujica sobre Cristina Kirchner parece se silenciar após o pedido de desculpas de Montevidéu, o pequeno país vizinho avança em passo firme alcançar com o Brasil a eliminação de fronteiras comuns para a livre circulação de bens e pessoas.



Nas últimas horas, Mujica pôs em palavras um acordo firmado com Dilma Rousseff para alcançar esse objetivo.

"Muitos anos atrás o país votou e fizemos o Mercosul, que teve seus altos e baixos, mas nós trabalhamos deliberadamente com o Brasil para que em 2014 não exista mais fronteiras para mercadorias e pessoas", afirmou Mujica em uma conferência aos sindicalistas uruguaios na última quarta-feira.

"É uma política concreta e deliberada, devido a circunstâncias políticas que atravessa o Brasil; não são os documentos que assinaram muito tempo atrás em Assunção", afirmou o presidente ao diferenciar o atual acordo do Tratado de Assunção de 1991, primeiro passo para a criação do Mercosul.

Mujica disse que a iniciativa vai mais além do bloco regional, e que hoje é possível pois há "um vento favorável" ao acordo político que existe com o governo de Rousseff. O presidente confessou que falou com o ex-presidente brasileiro, Lula, dias atrás, quando visitou Montevidéu.

Uma amostra deste tentativa de acordo entre os dois países parece ser a criação de uma Comissão Bilateral de Comércio em 11 de março, sob o acompanhamento da Associação Latino-americana de Integração (Aladi). O corpo vai manter pelo menos uma reunião por semestre a nível de vice-ministros e foi apresentado como objetivos "solucionar dificuldades legais, normativas e operacionais pontuais sobre o acesso a mercados, o estabelecimento de procedimentos de consulta em matéria de origem, defesa comercial, medidas sanitárias e do estabelecimento de um rápido processo de desalfandegamento", conforme publicado pelo site da Presidência uruguaia.