sábado, 11 de fevereiro de 2012

O fechamento da Megaupload não termina com a pirataria

O fechamento do portal Megaupload pelas autoridades dos EUA e a prisão de seu fundador, Kim Schmitz, mais conhecido como Dotcom, não deram os resultados desejados. A pirataria não diminuiu consideravemente na América do Norte, senão que se transferiu a outras plataformas, segundo assegura um analista do tráfico pela internet da companhia Deep Field Networks.

O especialista, cujo nome não se revela, analizou o intercâmbio de arquivos na Internet e nas companhias que albergam e difundem estes arquivos.

Em uma entrevista ao jornal britânicos Daily Mail o informante declarou que se bem nas primeiras horas depois do fechamento da Megaupload - que dispunha de 34% do número total de arquivos para compartilhamentos - o tráfico mundial de internet se reduziu 2 ou 3%, já no dia seguinte o depósito dos arquivos compartilhados se substituiu para outros servidores sem que diminui o tráfico.

Finalmente, em apenas 24 horas os serviços de alojamento de arquivos como Putlocker, Mediafire, Rapidshare, ganharam milhões de usuários.

"O principal impacto do desmantelamento da Megaupload? em lugar dos trabytes da empresa vindo de servidores estadunidenses, a maioria dos arquivos compartilhados vem agora da Europa através de enlaces transatlânticos", comenta o analista.

As autoridades dos EUA fecharam no janeiro passado o portal de downloads Megaupload por considerar que forma parte de uma "organização delitiva responsável de uma grande rede de pirataria informática mundial" que causou uma perda mais de 500 milhões de dólares ao violar os direitos dos autores de várias companhias.

Sem embargo, internautas, defensores das liberdades na rede e vários especialistas, viram no fechamento do portal uma tentativa encoberta de limitar a liberdade na internet. Segundo o diretor do Movimento Latino USA, Lorenzo Topete, a decisão do FBI de fechar o portal foi "um ato errôneo", porque "o único que oferecia Megaupload é o armazenamento de arquivos, que não é nenhum delito. O que queria o FBI é algo diferente, é controlar a informação", assegurou em uma entrevista à RT. Em resposta ao bloqueio dessa página, os cyberpiratas de Anonymous atacaram os sites do FBI, a Casa Branca, Departamento de Justiça dos EUA, e alguns sites de companhias da indústria musical.

Via RT

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