O embargo ao petróleo do Irã deu resultado não-produtivo. O aumento de tensão entre a república islâmica e a comunidade internacional leva semanas epurrando o preço do óleo até o ponto máximo dos últimos meses. Oestados Unidos e a União Europeia cavaram sua própria fossa?
O valor do barril já superou os 124 dólares e os especialistas previnem que pode alcançar os 200. E tudo no meio da crise financeira que, em primeiro lugar, castiga o bolso da classe média européia e estadunidense. Não obstante, os políticos preferem seguir empurrando outros Estados a que rechacem as importações do Irã. Os países asiáticos, por sua vez, se negam, pela alta necessidade do óleo iraniano.
"Se as sanções funcionam ou não é um assunto que não corresponde a julgar a índia. Estas são sanções importas pelos EUA e pela UE, eles não nos consultaram quando as impuseram, assim que é um problema deles, não nosso. Nosso dever é somente velar pelo bem-estar de nosso povo e suas necessidades de energia", indicou Gopalapuram Parthasarathy do Centro de Investigação Política (Centre for Policy Research).
índia e Irã, fundamentados pelo petróleo para sempre?
Ultimamente, a índia se converteu em um dos principais importadores do petróleo iraniano, o que minimiza o impacto da redução de abastecimento provocada pela imposição das sanções. Ademais, as autoridade indianas e iranianas estão discutindo a possibilidade de realizar pagamentos em uma divisa nacional ou até em ouro para não depender do dólar. Por isso, muitos analistas consideram que as sanções contra o Irã não serão totalmente efetivas se os gigantes asiáticos não jogarem sua parte.
"Os países que estarão na palestra no futuro são China e Índia. As sanções não afetarão o suficiente o Irã para alcançar os objetivos dos países do Ocidente, se é que China e Índia não fizerem também", disse a professora Navnita Behera da Universidade de Delhi.
Um ex-representante do Departamento de Estado declarou que o feito de que a Índia não apoiou o Ocidente no embargo petroleiro é uma bofetada nos EUA. Mas, apesar dessa pressão, as autoridades indianas não querem participar deste plano.
"É impossível para a Índia tomar uma decisão drástica para reduzir as importações vindas do Irã, porque é um país importante entre as nações que podem prover os requerimentos necessários para as economias emergentes", destacou o ministro de Finanças da Índia, Pranab Kumar Mukherjee.
EUA e seus aliados podem elaborar milhares de planos para sancionar e isolar o Irã. Mas enquanto há países que se opõem a essa política unipolar, parece que todas as medidas estão condenadas ao fracasso. Ademais, a subida dos preços do óleo beneficiaria a república islâmica. E resulta que os únicos que sofrem as sanções são os mesmos Estados que as impuseram e seus cidadãos.
Via RT
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