O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusa os Estados Unidos e seus aliados da OTAN de desestabilizar a Ucrânia através de um "golpe de Estado perpetrado por grupos extremistas", segundo um comunicado remetido hoje pela Chancelaria.

Maduro, "em nome do povo e do governo venezuelano, repudia o golpe de Estado perpetrado pelos grupos terroristas na Ucrânia, depois de uma estratégia de desgaste promovida desde o exterior pelo governo dos Estados Unidos e seus aliados da OTAN", diz a nota.

"Com a desestabilização da Ucrânia, a OTAN se tornou mais uma vez responsável de submeter uma sociedade inteira à violência imposta por terroristas e fanáticos", afirmou hoje a Chancelaria venezuelana em um comunicado.

Acrescenta que "assim como na Líbia e na Síria foi promovida e financiada a expansão violenta da Al-Qaeda, a OTAN deixou a Ucrânia nas mãos de grupos ultranacionalistas de tendência nazista, que cometeram crimes até agora impensáveis contra a memória da Humanidade, como a destruição de monumentos à vitória do povo contra o nazi-fascismo na Segunda Guerra Mundial".

"A instalação em Kiev de autoridades de fato não só ameaça a unidade nacional da Ucrânia, mas a estabilidade de toda a região, pois se põe em perigo a segurança dos cidadãos de origem russa que formam parte da sociedade ucraniana e a própria soberania da Federação Russa", acrescenta a chancelaria.

Afirma que a Venezuela "continuará elevando sua voz de alerta aos povos do mundo para desmascarar esta perigosa forma de intervencionismo, e dobrará seus esforços para consolidar o mundo multipolar que garante a paz e o respeito à soberania".

O governo ucraniano de Viktor Yanukovich foi deposto em 22 de fevereiro deste ano e, um dia depois, o Parlamento deste país designou Alexandr Turchinov como presidente.

Yanukovich defende que segue sendo o legítimo presidente do país e pediu a Rússia que garanta sua segurança.

O governo de Vladimir Putin, aliado de Maduro, pediu que Ucrânia volte à situação de 21 de fevereiro, quando se firmou um acordo entre Yanukovich e a oposição para convocar eleições antecipadas no país.

Via RBTH