quinta-feira, 27 de junho de 2013

Google Glass é uma forma de destruir as pessoas

O destacado acadêmico, filósofo e linguista Noam Chomsky o famoso e polêmico dispositivo, os óculos Google Glass, afirmando que é um caminho para a destruição das pessoas.



"Google Glass é uma maneira de destruir as pessoas", afirmou o acadêmico através de sua conta no Twitter.

Essa declaração do famoso linguista segue as outras feitas por ele alguns dias atrás, quando Chomsky qualificou a inovadora ferramenta de "orwelliana" e "ridícula".

"Sinto que estamos entrando em um mundo que foi descrito minuciosamente por um dos fundadores do Google", acrescentou Chomsky.

"Algum jornalista perguntou a Eric Schmidt se não se tratava de invasão de privacidade... e ele disse: se você faz algo que não quer que esteja na internet, não deveria fazer", recordou o acadêmico.

Os Google Glass, a serem lançados no final do ano, mas cujo protótipo já foi posto à venda por 1500 dólares apenas para alguns desenvolvedores, já foram proibidos por vários setores nos EUA.

Ademais, levantaram preocupações sobre a falta de privacidade que resultaria na proliferação das já famosas lentes de realidade aumentada, assim como suspeitas de que poderiam ser uma presa fácil para hackers, e o medo de alguns especialistas de que poderiam representar perigos à saúde, já que o inovador computador integrado que se encontra junto ao olho poderia afetar as capacidades cognitivas essenciais de quem os usa.

Via RT

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Você sabia que a máscara de V de Vingança representa um "idiota útil" que facilitou as ambições expansionistas do império britânico?

Você sabia que a máscara de V de Vingança representa um "idiota útil" que facilitou as ambições expansionistas do império britânico? É um grave erro esquecer nossa história, mas um erro ainda pior é não conhecê-la, pois isso nos lava a cometer os mesmos erros do passado.

Nos últimos anos é comum ver, em diferentes atos de reivindicação, manifestantes usando a máscara do personagem do filme hollywoodiano "V de Vingança" (Lei Dinde, WikiLeaks, 15-M... ). O grupo de supostos hackers Anonymus chegou inclusive a entronizá-la, convertendo-a em seu principal símbolo.



Mas, sabem realmente, aqueles que a usam, quem é o personagem que representa? E, o mais importante, sabem o grande serviço que prestou esse personagem (sem o querer) à coroa britânica e aos seus anseios expansionistas? Provavelmente a esmagadora maioria não, assim como desconhecem eles mesmos são usados mata fins muito similares para os que foram usados o personagem que representa essa máscara.

Esse personagem é Guy (ou Guido) Fawkes

No ano de 1605, um grupo de fanáticos católicos ingleses, admiradores da inquisição espanhola, entre eles Guy Fawkes, são acusados de tentar explodir o parlamento inglês, com toda família real dentro, com objetivo de restaurar a religião católica na Inglaterra.

O julgamento, como demonstraram muitos historiadores (1), esteva cheio de irregularidades: testemunhos auto-incriminatórias obtidos sob tortura, falsos testemunhos pagos pela acusação, provas falsas, etc. Usando um procedimento igualmente manipulado, a coroa britânica acusou a Espanha (com quem, nessa época, disputava a hegemonia mundial) de estar por trás desta conspiração. Isso foi usado como desculpa para intervir na guerra que a Espanha levava contra os rebeldes holandeses, em apoio aos últimos. Essa intervenção foi crucial para a derrota da Espanha, e indispensável para por, a partir de então, sob a órbita da influência britânica os Países Baixos.

Além disso, esse arranjo, conhecido pelo nome de "conspiração de pólvora", serviu para justificar a posterior brutal perseguição sofrida pelos católicos ingleses, desencadeada sob o pretexto de uma espécie de guerra preventiva contra o terrorismo católico. Essa perseguição tinha como objetivo verdadeiro liberar a Inglaterra definitivamente da influência do papado (ao serviço dos interesses da França e Espanha) sobre sua política interior e exterior, através de sacerdotes fiéis incrustados à corte inglesa, que bloqueavam as pretensões expansionistas da Inglaterra.

Em todo esse perverso jogo político, Guy Fawkes e alguns de seus amigos mais próximos foram apenas idiotas úteis (bodes expiatórios) necessários, usados por Sir Robert Cecil, o premier do rei Jaime I (ou Tiago I) para impulsionar a nova política expansionista britânica.

Hoje em dia, todas aquelas pessoas que, com ou sem a máscara do "V de Vingança", estão prestando apoio a causas como WikiLeaks, o movimento Occupy ou Anonymus, estão desempenhando um papel muito similar ao que Fawkes e os seus prestaram em seus dias:

Anonymus e seu teatrinho de ciberguerra contra o poder governamental está sendo de grande utilidade para alertar sobre o suposto perigo que constitui o anonimato na rede (a polícia chegou a comparar o Anonymus com a al-Qaeda) e, acima de tudo, para mistificar e apresentar a internet como um meio independente e democrático (a pesar de se tratar de uma ferramenta do exército americano, totalmente controlada por este). Isso serviria, em primeiro lugar, para justificar uma maior controla de ciberespaço e, em segundo, para catapultar a internet como novo meio de direção e controle político, supostamente democrático, mas que devido à sua estreita vinculação com os centros de poder imperialistas, seria utilizado como um perfeito meio de controle social totalitário (2).

WikiLeaks, mediante falsos informes, como aqueles em que vinculava od governos de Cuba ou Venezuela com o ETA e as FARC, ou nos quais sem provas insinuava que o programa militar iraniano tinha fins militares, foi de grande utilidade para justificar políticas agressivas contra esses povos.

O movimento 15-M servirá para impulsionar reformas neoliberais destinadas a reformular o capitalismo, com o propósito de fazê-lo ainda mais escravista. A diferença entre o 15-M e a armação da Conspiração de Pólvora, é que, enquanto esta só usada para apenas uma dúzia de "idiotas úteis", no caso de 15-M dezenas de milhares deles trabalharam , na maioria dos casos, de forma totalmente desinteressada.

Via Todoestarelacionado

Tradução por Conan Hades

(1) Eu recomendo a leitura de "A Conspiração da Pólvora. Catolicismo e terror na Europa do século XVII", de Antonia Fraser.
(2) Consulte "A era tecnotrônica" (1970) por Zbigniew Brzezinski.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O feminismo contra a Vênus do espelho

Por Lúcia Hernández Soria

Uma das obras mais polêmicas e discutidas de Diego Rodriguez de Silva y Velázquez se trata de "Vênus ao espelho", que desde sua realização provocou o escândalo sobre o erotismo com o qual foi elaborada, fazendo sua recepção como de uma obra menor e um tanto vulgar por ser atrevida segundo a época. O tema já havia sido executado anteriormente por outros autores, mas o que fez Velázquez, o pintor favorito da corte espanhola, gerou posições contrárias.



A mudança de proprietários e conflitos armados fizeram com que essa obra se mantivesse perdida por alguns anos, o que provocou a perda de seu registro, no entanto, dada a técnica que Velázquez usou em sua maturidade acredita-se que a pintou em 1649, período de suas obras finais; a interpretação simbólica que os críticos fizeram, vão desde a desafiante cor escurecida do cabelo de Vênus que confronta todas as escolas de pintura e que mostra o interesse por fazer uma deusa mais ao gosto espanhol.

Também é conhecida com o nome "O amor conquistado pela beleza", pois o cupido se encontra parado contemplando sua mãe segundo a mitologia, e é aqui que está o ponto chave desta obra: o rosto que aparece borrado no espelho não obstante que no barroco se dava maior importância à expressividade, ainda mais tratando-se do autor de um dos maiores retratistas. Enigmaticamente é aqui onde Vênus foca sua maior atração, o que faz dessa pintura uma obra única pela suavidade em que se perde o traço em contraste da matéria que a rodeia, dando impressão que se trata de algo etéreo.

Esta pintura também provocou reações contra si como o atentado de 10 de março de 1914, quando uma ativista feminista chamada Mary Richardson com um pequeno machado fez cortes sobre a tela, se bem que na época manteve a versão de que o ato foi em protesto pela detenção de uma sufragista britânica, disse em uma entrevista em 1952 que "não gostava da maneira com que os visitantes masculinos a olhavam (a pintura) boquiabertos o dia inteiro".

A tela foi restaurada, causando a manifestação de grupos feministas as quais consideravam como um símbolo de opressão masculina, ao se tratar de uma encomenda de Carpio Gaspar de Haro y Guzmán, que se diz que "amava tanto a pintura quanto amava as mulheres" e foi o maior colecionador de nu artístico de sua época além de libertino.

O feminismo radical ainda mantém a ideia de que as obras de arte onde se mostra a mulher nua a representam como um objeto, e que para a devida aceitação da mulher estas pinturas e esculturas deverão ser destruídas sem importar o legado cultural ou histórico tal como é a "Vênus de Milo", esse efeito é conhecido como "A repressão de Vênus" e indica que as primeiras obras que devem desaparecer são as que sejam delicadas como essa deusa.

Tradução Conan Hades

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Assad fala, Rússia atua

por Pepe Escobar



Assim que Bashar al-Assad falou, exclusivamente com o jornal argentino Clarín (há uma imensa diáspora síria na Argentina, assim como no vizinho Brasil).

Vendo através da névoa da histeria ocidental, fez algumas observações valiosas. O histórico mostra que sim o regime aceitou várias vezes falar com a oposição; mas a miríade de grupos "rebeldes" sem uma liderançã crível e unificada, sempre se negou. Portanto, não existe uma maneira de cessar-fogo que possa finalmente ser aceita em uma cúpula, como a próxima conferência em Genebra de EUA e Rússia.

Assad faz sentido quando disse: "Nós não podemos discutir um roteiro com uma parte que não sabemos nem quem é".

Bem, a essa altura qualquer um que observa a tragédia síria sabe quem são em sua maioria. Sabemos que o exército de Canibais não-livres da Síria, perdão, o Exército Livre da Síria (ELS), é uma coleção heterogênea de senhores da guerra, bandidos e oportunistas de todo tipo juntos com os jihadistas linha-dura tipo Jabhat al-Nusra (mas também a outros grupos ligados à al-Qaeda ou inspirados por ela).

Reuters levou meses para finalmente admitir que os jihadistas dominam o show no terreno [1]. Mesmo um comandante "rebelde" queixou-se a Reuters, "Nusra é agora dos Nusras". Um que segue a agenda da Al Qaeda em um país islâmico e outro que é sírio com uma agenda nacional para ajudar a combater Assad". O que não disse que o grupo realmente efetivo está vinculado à al-Qaeda.

Síria é agora o inferno das Milícias; muito parecido ao Iraque em meados dos anos 2000, muito parecido ao "liberto" Estado fracassado líbio. Essa "agfanização/somalização" é uma consequência direta da interferência do eixo OTAN/CCG/Israel [2]. Portanto Assad tem razão quando diz que o ocidente está atiçando fogo e que só está interessado na mudança do regime, seja qual for o custo.

O que Assad não disse

Não se pode dizer que Assad seja exatamente o político mais brilhante, pois desperdiçou uma excelente oportunidade de explicar à opinião pública ocidental, ainda que brevemente, por quê as petro-monarquias do CCG, Arábia Saudita e Qatar, mais Turquia, estão interessadas em incendiar a Síria. Não pode falar que Qatar quer entregar a Síria à Irmandade Muçulmana e Arábia Saudita sonha com uma colônia que seja um "cripto-emirado". Pode falar que ambos estão aterrorizados com os xiitas do Golfo Pérsico que portam legítimos ideais da Primavera Árabe.

Pode apontar a ruína absoluta da política externa turca de "zero problemas com os nossos vizinhos": um dia há uma tríplice colaboração de Ancara-Damasco-Bagdá, e no dia seguinte Ancara quer mudança de regime em Damasco e se põe a frente de Bagdá. E ainda por cima Turquia se desconcerta ao ver que os curdos se sentem encorajados desde o norte do Iraque até o norte da Síria.

Pode detalhar que Grã-Bretanha e França dentro da OTAN, mas ainda não mencionou os EUA, assim como seus petro-monarcas marionetes, estão usando a desintegração da Síria para prejudicar o Irã e que a nenhum desses atores que fornecem armas e muito dinheiro lhes interessam os sofrimentos do "povo sírio". A única coisa que importa são os objetivos estratégicos.

Enquanto falava Bashar al-Assad, a Rússia atuava. O presidente Vladimir Putin - bem consciente de que as conversações de Genebra estão sendo prejudicadas por vários atores, mesmo antes que tenham lugar - enviou navios de guerra russos no Mediterrâneo Oriental e na Síria ofereceu um número de mísseis terra-mar Yakhont ultramodernos mais um quantidade de mísseis anti-aéreos S-300, o equivalente russo do Patriot dos EUA. A Síria também tem mísseis anti-aéreos russos SA-17.

Então, deixe, qualquer um de vocês, membros do bando OTAN-CCG, mesmo deixando de lado a ONU, de ter uma comoçãozinha  e pavorzinho contra Damasco. Ou instalar uma zona de exclusão aérea. Qatar e a Casa de Saud, são uma piada do ponto de vista militar. Os britânicos e franceses estão seriamente tentados, mas não tem os meios, ou coragem. Washington tem os meios, mas não a coragem. Putin estava absolutamente certo de que o Pentágono compreenderia a sua mensagem de forma clara.

Não se deve esquecer do "Oleodutostão"

Assad também pôde falar - do que mais? - do "Oleodutostão". Dois minutos seria suficiente para explicar o significado do acordo do Irã-Iraque-Síria de 10 mil milhões que foi assinado em julho de 2012. Este nó crucial do "Oleodutostão" exportará gás do campo de Pars do Sul do Irã (o maior do mundo, compartilhado com Qatar), através do Iraque para a Síria, com uma possível extensão para o Líbano, com os clientes confirmados na Europa Ocidental. É o que os chineses chamam de situação que você não pode perder (para os brasileiros, "negócio da China").

Mas não para - quem será? - Qatar e Turquia. Qatar sonha com um gasoduto rival do Campo do Norte (ao lado do campo de Pars Sul do Irã) passando a Arábia Saudita, Jordânia, Síria e finalmente Turquia (que é apresentado como o centro privilegiado de trânsito de energia entre Leste e Oeste). O destino mais uma vez: a Europa Ocidental.

Como em tudo que tem a ver com o "Oleodutostão", o ponto crucial do jogo é deixar de lado Irã e Rússia. É o que acontece com o oleoduto catari, freneticamente apoiado pelos Estados Unidos. Mas no caso do gasoduto Irã-Iraque-Síria, a rota de exportação não pode se originar de outro lugar senão Tartus, o porto sírio no Mediterrâneo Oriental que abriga a marinha russa. Obviamente a Gazprom faria parte da coisa toda, desde os investimentos até a distribuição.

Que não haja dúvidas: o "Oleodutostão" - novamente ligado a contornar a Rússia e o Irã, explica muito sobre a destruição da Síria.

O instrumento do petróleo da União Européia para a al-Qaeda

Enquanto isso, o verdadeiro exército Sírio - apoiado pelo Hezbollah - recupera metodicamente Al-Quseir do controle "rebelde". Seu próximo passo é olhar para o leste, onde al-Nusra Jabhat está se beneficiando alegremente outra "bola fora" típica da UE: a decisão de impor sanções petroleiras contra a Síria [3].

O blogueiro da Syria Comment, Joshua Landis, tirou as conclusões necessárias: Quem assume a petróleo, água e agricultura, terá em suas mãos a Síria sunita. Por enquanto é al-Nusra. O fato é que o mercado petróleo europeu abriu impôs esta situação. Daí a conclusão dessa insanidade que a Europa está financiando a Al Qaeda. Chamemos de instrumento do petróleo da União Européia para a al-Qaeda.

O Sudoeste da Ásia, o que o Ocidente chama o Oriente Médio, continuará a ser um campo privilegiado de irracionalidade. Como as coisas estão na Síria, ao invés de uma zona de exclusão aérea, o que na verdade deve ser estabelecido é "todos voam para a paz", e cada homem e seu vizinho devem ser envolvidos: os EUA, Rússia, União Europeia e Hezbollah, Irã, Israel e, certamente, com o mesmo entusiasmo, destacou o chanceler russo, Sergei Lavrov [4].

Muito além da obsessão ocidental pela mudança de regime, o que a problemática conferência de Genebra pode produzir é um acordo pela Constituição da Síria que, aliás, é absolutamente legítima, adotada em 2012 pela maioria dos votos do verdadeiro e sofrido "povo sírio". Isso pode até significar que Assad não seja um candidato a presidente nas eleições previstas para 2014. Mudança de regime, sim. Mas, por meios pacíficos. Permitirão OTAN, CCG e Israel que isso aconteça? Não.

via Voltairenet

[1] Insight: Syria’s Nusra Front eclipsed by Iraq-based al Qaeda, Reuters, 17 de mayo de 2013.
[2] Organización del Tratado del Atlántico Norte-Consejo de Cooperación del Golfo-Israel.
[3] EU decision to lift Syrian oil sanctions boosts jihadist groups, Guardian, 19 de mayo de 2013.
[4] Russia says Iran must take part in proposed Syria talks, Reuters, 16 de mayo de 2013.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Paraguai: Governo confirma interesse estrangeiro pelo petróleo

O governo confirmou que existem atualmente três empresas trabalhando na exploração do petróleo no Paraguai e outras várias dos Estados Unidos interessadas em aderir. "A riqueza do subsolo paraguaio é gigantesca", assegura a autoridade.



Richard Kent, ministro do Ministério do Planejamento, deu detalhes sobre os temas discutidos na reunião da Mesa de Energia em Mburuvicha Róga.

Comentou que se discutiu sobre as expectativas a respeito da exploração de petróleo no Paraguai.

"O Paraguai tem uma enorme quantidade de reservas, por isso é extremamente importante que o governo faça uma campanha realmente importante com pessoas qualificadas", disse ele.

Garantiu de que todos os documentos sobre prospecções, exploração e acordos com empresas será entregue às autoridades que assumirão em 15 de agosto.

Comentou que existem atualmente três empresas que trabalham na busca e exploração de jazidas no país.

Igualmente, há outras empresas interessadas em assinar acordos com o Estado em torno sobre as reservas.

"Após a exposição foi feita em Miami, há um sumo interesse em vir para o Paraguai para a prospecção e exploração desses depósitos", disse ele.


Via ABC