sexta-feira, 29 de junho de 2012

Procuradoria diz no STJ que bancos acobertam crimes e convertem o país em paraíso fiscal

Em petição protocolada no Superior Tribunal de Justiça, a Procuradoria Geral da República pede providências contra bancos que descumprem ordens judiciais de quebra do sigilo bancário de investigados em operações de combate à corrupção. Acusa as casas bancárias de “acobertarem a prática de crimes”, passando “a impressão de que o sistema financeiro nacional não se submete ao ordenamento jurídico nem ao Poder Judiciário.” Algo que “converte o Brasil, na prática, num paraíso fiscal.”


Assinado pelo subprocurador-geral da República Carlos Eduardo Vasconcelos, o documento critica também o Banco Central, que assiste às transgressões sem coibi-las. A peça foi anexada a um processo que corre no STJ. Envolve um caso de corrupção. Como os autos tramitam em “segredo de Justiça”, a Procuradoria noticiou o fato sem informar a natureza do caso e os nomes dos envolvidos.
De acordo com o subprocurador, o STJ ordenara aos bancos que os dados bancários dos investigados no inquérito fossem fornecidos em 30 dias. Algumas instituições atenderam à ordem. Outras demoraram a fornecer as informações. Pressionadas, repassaram-nas incompletas.

Carlos Eduardo menciona em seu texto duas logomarcas: Itaú-Unibanco e o Santander. Informa que, embora a ordem de quebra dos sigilos tenha sido expedida há dez meses, esses bancos ainda não se dignaram a fornecer os dados. Tudo isso “sem que o Banco Central exerça seu poder fiscalizatório sobre eles.”

Carlos Eduardo acrescenta que uma das instituições que repassaram cifras incompletas ao Ministério Público, depois de pressionada, complementou as informações. Curiosamente, a segunda fornada de dados registrou a “movimentação de somas elevadas” numa conta anteriormente apresentada como “sem movimentação.”

Segundo o subprocurador, os presidentes dos bancos e os prepostos que “sonegam as informações cometem o crime de desobedicência, previsto no artigo 330 do Código Penal, “além de acorbertarem a prática de crimes financeiros.”

Quanto ao presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, o subprocurador sustenta que, ao assistir passivamente à desobediência dos bancos, ele se converte, “na melhor das hipóteses”, em testemunha-chave dos crimes praticados pelas instituições que deveria supervisionar.

O autor da petição pede ao STJ que oficie aos presidentes dos bancos para que obedeçam às ordens judiciais “no prazo improrrogável de 10 dias”, sob pena de fixação de multa diária. Requer que seja enviado ofício também ao presidente do BC.

Deseja que, no mesmo prazo de dez dias, Tombini informe que “medidas coercitivas” o Banco Central planeja adotar no caso específico e em outros processos análogos em que se verifica a mesma “recalcitrância” dos bancos em cumprir as ordens de quebra do sigilo da clientela encrencada com a Justiça.

O texto do subprocurador menciona vários inquéritos em que instituições financeiras desrespeitam decisões judiciais. Anota que o fenômeno, por recorrente, “sugere uma ação organizada de obstrução da Justiça.” Coisa destinada a “dificultar ao máximo o atendimento às requisições de quebra de sigilo bancário.”

Sustenta que a teimosia dos bancos e a inação do BC, além de afrontar a lei, desrespeitam compromissos assumidos pelo Brasil com a comunidade internacional por meio de tratados. Menciona, de resto, a existência de mecanismos que deveriam simplificar a quebra dos sigilos em operações de combate à corrupção.

Cita uma ferramenta batizada de Simba (Sistema de Investigação de Movimentações Bancárias). Trata-se de um banco de dados gerido pela Assessoria de Pesquisa e Análise da Procuradoria Geral da República. Deveria tornar o processamento das informações bancárias mais “eficiente” e “ágil”.
O sistema foi aprovado no âmbito de um acordo chamado ENCCLA (Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro). Participaram dos entendimentos, entre outros, a CGU, o Ministério da Justiça, o BC, o Ministério Público, o Conselho Nacional de Justiça e as próprias instituições financeiras, representadas pela Febraban.

Considerando-se o acerto entre as partes e a legislação vigente, escreve o subprocurador Carlos Eduardo, “não há respaldo para que o cumprimento da ordem judicial no prazo estabelecido […] se subordine à conveniência, ao arbítrio, capricho ou às prioridades logísticas dos diretores das instituições financeiras.”

No documento levado ao STJ, o doutor sustenta que o tribunal precisa acabar com “esse sistêmico desdém” que leva o Estado a “se ajoelhar perante o sistema financeiro” para implorar os dados necessários à repressão de crimes como lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e evasão de divisas.

A CPI do Cachoeira vive um drama semelhante ao retratado pelo subprocurador. A comissão quebrou os sigilos das contas de várias pessoas e empresas. Entre elas a Delta Construções. Alguns bancos ainda não enviaram os dados. Outros forneceram informações incompletas e despadronizadas. Em contato com as instituições financeiras, técnicos da CPI “se ajoelham” para pedir aquilo que a lei manda entregar.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Ilha de Jersey se prepara para declarar independência

As autoridades da Ilha de Jersey, que está sob a soberania do Reino Unido, indicaram que podem declarar sua independência. A decisão chega como consequência das tentativas do governo britânico em introduzir restrições ao sistema financeiro das Ilhas do Canal, entre as quais se encontra Jersey. 
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“As tensas relações com o Reino Unido demonstram que os interesses de Jersey nem sempre coincidem com os britânicos. Se o melhor para a ilha é separar-se, estamos preparados para fazê-lo" disse o vice-premier de Jersey, Philip Beylhach. 

 Jersey é um dos 'offshores' mais populares. Seu sistema fiscal e jurídico está construído de maneira favorável, o que atrai os ativos de corporações transnacionais e estrangeiros ricos, graças a suas isenções fiscais especiais. 

A ilha de Jersey, que conta com uma população de 68000 habitantes, se encontra no Canal da Mancha, ao norte das costas da França, formando parte do arquipelago das ilhas do Canal. Ainda que esteja formalmente sob a soberania britânica, que administra seus assuntos exteriores, Jersey não é parte do país, contando com parlamente, justiça, moeda e idioma próprios.

Via RT

domingo, 24 de junho de 2012

Presidente uruguaio critica sociedade de consumo na Rio+20

O presidente do Uruguai, José Mujica, criticou a cultura do consumo como mecanismo para estimular a economia e alertou que é o Estado quem deve controlar o mercado, e não o contrário, ao realizar seu discurso na abertura da Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

O mandatário uruguaio afirmou que "a crise da agressão ao meio ambiente não é uma causa", porque "a causa é o modelo de civilização, no qual temos que revisar nossa forma de viver", defendeu.

Ele alertou que, em uma sociedade de consumo, "é preciso fabricar coisas que durem pouco para ter mercado, um círculo vicioso". "Não se trata de voltar às cavernas, mas não podemos ser governados pelo mercado", argumentou.

Para Mujica, o debate que está sendo feito é "filha do mercado e da competência", e é preciso "ter outro tipo de discussão".

A abertura da fase de alto nível da Rio+20, com presença de chefes de Estado e de Governo e representantes, ocorreu ontem à tarde, no Rio de Janeiro.

Venezuela retira embaixador e interrompe fornecimento de petróleo ao Paraguai

Seguindo os passos de Argentina e Brasil, a Venezuela retira seu embaixador do Paraguai. Além do mais, Chávez anunciou que seu país vai interromper o fornecimento de petróleo ao Paraguai.




"Ordenei a retirada de nosso embaixador de Assunção (...) e também interrompemos o envio de petróleo. Sentimos muito, mas não vamos apoiar esse Golpe de Estado de maneira nenhuma", disse o presidente Chávez em Caracas. "Para nós, o presidente do Paraguai continua sendo Fernando Lugo”, disse o presidente, que tachou o ocorrido no Paraguai de "golpe de estado ilegal e inconstitucional" já que "sempre que governam a burguesia e a direita estas coisas ocorrem".

 Nenhum país da América Latina reconhece o governo do agora presidente Federico Franco. Não em vão, uma grande maioria dos estados vizinhos qualificaram o ocorrido de "golpe de estado". 

sábado, 23 de junho de 2012

América Latina está com Lugo

Os presidentes de países latino-americanos apoiam o ex-presidente do Paraguai e são hostis ao novo governo do Paraguai, país ao qual propõem expulsar dos blocos regionais.  

A presidente do Brasil, Dilma Rousseff disse que o Paraguai poderia ser expulso de grupos internacionais, como Mercosul e Unasul, e propôs que os países membros dos blocos para implementar esta medida. Fontes de Exteriores da Argentina ministério no país disseram que também apóiam a expulsão. 

A presidente Cristina Fernandez anunciou que seu país "não irá validar o golpe de Estado no Paraguai." A presidente da Argentina descreveu como "inaceitável" o que aconteceu em Assunção, e confirmou que seu país não vai reconhecer o novo governo do Paraguai, hoje chefiado pelo vice-presidente, Federico Franco. "Sem dúvida houve um golpe de Estado", disse Fernandez. 

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse que Caracas "não reconhece esse vazio e governo ilegal e ilegítimo que foi instalado em Assunção." Com estas palavras, Chávez se juntou a sua voz com o seu homólogo equatoriano, Rafael Correa, que atingiu a demissão de Lugo pelo parlamento de "greve ilegal" e disse que não reconheceria qualquer outro presidente do Paraguai.  

"Independentemente da sessão Fernando, independentemente da decisão da Unasul, a decisão do governo equatoriano não é reconhecer qualquer presidente paraguaio que o presidente legitimamente eleito, Fernando Lugo", garantiu Correa.  

O líder equatoriano da Unasul insistiu em "aplicar a cláusula democrática" do grupo regional, que afirma "não reconhecer governos e fechar as fronteiras" com países que não podem ser considerados democráticos.  

O presidente boliviano, Evo Morales, disse que não reconhece "um governo que não surge das urnas e o mandato do povo" e condenou o "golpe parlamentar" no Paraguai". Morales acrescentou que Lugo "estava destruindo as lojas, com proprietários de terras e grupos de poder", que, segundo ele, "sempre tem um custo."  

O bloco regional Unasul também emitiu um comunicado observando que a demissão de Lugo é "fora de qualquer constituição e fora de qualquer ordem estabelecida."  

Novo presidente do Paraguai, o ex-vice-presidente Federico Franco, pediu aos países vizinhos para "entender" a situação e disse que está empenhado em "fazer todos os esforços para normalizá-lo." O impeachment de Fernando Lugo começou após a morte de 17 pessoas durante a expulsão dos camponeses da terra, segundo as autoridades, tinha ocupado ilegalmente. Entre os mortos 17, 11 eram agricultores e 6 representantes das forças de segurança.  

A câmara baixa do parlamento votou a favor da destituição de Lugo com apenas um voto contrário. Um dia depois, o Senado aprovou a renúncia do presidente com o voto negativo de apenas 4 parlamentares.  

A demissão reuniu cerca de 5.000 pessoas na Praça de Armas de Assunção, capital paraguaia. Os mais ativos tentaram invadir o edifício do parlamento, mas foram dispersados ​​com balas de borracha e gás lacrimogêneo. Um pouco mais tarde, Fernando Lugo chamou seus partidários a protestar de forma pacífica. Após os combates cessaram declaração.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez (esq.) conversa com Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, a respeito da crise política no Paraguai, em Caracas, Venezuela. Nesta sexta-feira, o presidente paraguaio Fernando Lugo sofreu impeachment e teve de deixar o poder. Em seu lugar assumiu o vice-presidente,


Via RT

Presidente liberal assume após impeachment de Lugo

Menos de duas horas depois do julgamento político que destituiu o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, nesta sexta-feira (22), por “mau desempenho de suas funções”, o vice-presidente Federico Franco assumiu o cargo, que deverá exercer pelos próximos nove meses, até a próxima eleição presidencial.
 
 Franco tomou posse em uma sessão conjunta do Congresso, em meio a aplausos, pouco mais de 90 minutos depois do impeachment de Lugo, que foi encarado como um golpe pelo presidente afastado, por seus partidários e pela comunidade de países sulamericanos. 

Venezuela, Bolívia e Equador já anunciaram que não reconhecem Franco como presidente. Chile e Argentina. 

Após prestar juramento, Franco recebeu a faixa e o bastão presidenciais. Em seu discurso de posse, Franco fez referência à morte de policiais no confronto armado com sem-terra em Curaguaty, um dos motivos alegados pela oposição para afastar Lugo. "A melhor maneira de honrar nossos policiais mortos é iniciar verdadeiro desenvolvimento rural sustentável", disse.

“Este compromisso só será possível com a ajuda e colaboração de todos vocês. A única maneira de levar adiante é entendendo que o Paraguai deve ser comandado por liberais e colorados, católicos e não católicos, e integrantes de todos os movimentos sociais", disse.

Entenda o caso

Eleito presidente do Paraguai em 2008, interrompendo uma hegemonia de seis décadas do Partido Colorado no poder, Fernando Lugo foi derrubado nesta sexta-feira em um conturbado processo "relâmpago" de impeachment.
 
Conhecido como o "bispo dos pobres" por seu histórico de liderança de movimentos sociais quando era bispo da Igreja Católica, Lugo assumiu a Presidência com uma ampla aliança. Porém, acabou governando sem maioria na Câmara dos Deputados e no Senado. 

Setores da oposição já tinham tentado, no passado, iniciar um processo político contra o presidente quando ele assumiu a paternidade de crianças geradas na época em que ainda era bispo, mas a iniciativa não prosperou devido à discordância de forças políticas da própria oposição. 

Desta vez, o apoio do partido de seu vice-presidente, Federico Franco, do PLRA (Partido Liberal Radical Autentico), foi decisivo para que o processo de impeachment fosse iniciado. Lugo e Franco haviam rompido sua aliança recentemente.

"Sem o apoio do PLRA Lugo ficou politicamente isolado", disse à BBC Brasil o analista político Francisco Capli, da consultoria First Análisis y Estudos. Para o analista político Alfredo Boccia, colunista de política dos jornais paraguaios e médico particular de Lugo, "há muito tempo a oposição buscava esse momento".

O que detonou a crise que levou à queda de Lugo?
Parlamentares da oposição acusam Lugo de ser responsável pelas mortes de 11 camponeses e sete policiais em um confronto, na última sexta-feira, na fazenda de Curuguaty, no Departamento (Estado) de Canindeyú, próximo à fronteira com o Paraná. A propriedade pertence ao empresário e político paraguaio Blas Riquelme. 
Conflito em Curuguaty deixou 18 mortos e vários feridos
Opositores sugeriram que o grupo armado EPP (Exército do Povo Paraguaio) estaria envolvido na reação contra os policiais e teria recebido apoio "disfarçado" de Lugo, segundo Boccia. Não existem, porém, comprovações sobre a participação do EPP. A ocupação das terras foi liderada pela Liga Nacional de Carperos (Liga Nacional de Acampados, em tradução livre). 

A disputa por terras se intensificou nos últimos meses com líderes dos sem-terra pedindo uma revisão dos títulos de propriedade dos fazendeiros - em muitos casos brasiguaios - sob argumento de que os latifúndios foram distribuídos de forma ilegal durante o regime militar liderado por Alfredo Stroessner (1954-1989). 

A Constituição do país estabelece que o presidente pode ser processado por "mau desempenho de suas funções, por delitos cometidos no exercício de seus cargos ou por delitos comuns", daí o processo de impeachment.

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Ahmadinejad acusa "colonialismo" de críticos do programa nuclear

O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, criticou nesta terça-feira, na Bolívia, os países "colonialistas" que se opõem ao desenvolvimento das nações, coincidindo com o diálogo sem consenso realizado em Moscou entre o Grupo 5+1 e Teerã sobre o polêmico programa nuclear do Irã. "O longo período de colonialismo é o resultado da atitude e das ações de governos e Estados (...) que são avarentos e se opõem ao desenvolvimento e à liberdade dos outros", afirmou o mandatário iraniano em declarações à imprensa em La Paz.

Ahmadinejad assinou nesta terça-feira, em La Paz, acordos de cooperação com o colega boliviano, Evo Morales, em uma visita relâmpago antes de sua participação na cúpula Rio+20. Ahmadinejad e Morales viajam juntos ao Rio de Janeiro, onde é realizada a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, anunciou o presidente boliviano, após assinar um acordo de combate às drogas com o colega iraniano em La Paz.

A viagem do mandatário pela América Latina, onde depois da Rio+20 deve visitar o presidente venezuelano Hugo Chávez, ocorre em um momento em que negociações complexas são realizadas em Moscou entre os países do chamado Grupo 5+1 e Irã sobre seu plano nuclear, onde há "divergências significativas", segundo os últimos informes.

Em Moscou, o chefe dos negociadores da questão nuclear iraniana, Said Jalili, considerou nesta terça-feira que os dois dias de negociações com as grandes potências em Moscou tinham sido "mais sérios e realistas" do que antes e pediu a estas qua ajam para "por fim ao impasse". "Nós insistimos no fato de que o enriquecimento de urânio com um objetivo pacífico em todos os níveis é um direito da República Islâmica", acrescentou Jalili.

O Irã propôs quatro eixos de cooperação: a confiança, a cooperação pela transparência, a luta contra a proliferação das armas nucleares e a cooperação nuclear, ressaltou Jalili. "Insistimos no fato de que a cooperação pode ser realizada com gestos feitos por uma parte e pela outra, gestos que não são contrários aos direitos do Irã, principalmente o enriquecimento de urânio, incluindo o enriquecimento a 20%", insistiu.
 Evo Morales e Mahmoud Ahmadinejad acenam da sacada do palácio presidencial de Laz Paz, na Bolívia. Foto: AP
No entanto, a chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine Ashton, considerou ainda existem "divergências significativas" entre a República Islâmica e as grandes potências nas negociações sobre o programa nuclear de Teerã. "Há divergências significativas sobre aspectos fundamentais", afirmou Ashton à imprensa, após uma série de encontros "duros e francos" na capital russa. Uma reunião de especialistas será realizada no dia 3 de julho em Istambul, e será seguida por uma outras de líderes de alto nível em uma data ainda não estabelecida, acrescentou Ashton.

Durante as negociações em Moscou entre o grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) e o Irã, as grandes potências reafirmaram o seu pedido a Teerã para que cesse as suas atividades de enriquecimento de urânio a 20%, como é o caso atualmente, e feche a sua usina subterrânea de Fordo, ressaltou a chefe da diplomacia europeia.

Os presidentes de Estados Unidos e Rússia, Barack Obama e Vladimir Putin, disseram nesta segunda-feira que o Irã "deve empreender sérios esforços para recuperar a confiança internacional sobre a natureza exclusivamente pacífica de seu programa nuclear". Washington e Moscou advertiram que "para isso, Teerã deve cumprir seus compromissos completamente (...) e cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) para solucionar rapidamente todos os assuntos pendentes".

Terra

terça-feira, 19 de junho de 2012

ONU Exige que Estados Unidos esclareça quem decide a quem matar com seus drones

Um investigador da ONU exigiu que a Casa Branca explique como a decide matar supostos membros da Al Qaeda ou do Talibã, em vez de capturá-los. A exigência é devido a um número crescente de mortes civis no Afeganistão, Paquistão, Iraque, Somália e Iêmen causadas pelos drones Norte-Americanos.
 
O relator das Nações Unidas sobre execuções arbitrárias, Heyns Christof, exortou Washington a esclarecer como a decisão de "matar em vez de captura" aos que considera criminosos e se o Governo do país onde o ataque ocorreu deu o seu consentimento.


Citando dados da Comissão de Direitos Humanos do Paquistão, o superior relatou que os EUA mataram pelo menos 957 pessoas no país apenas em 2010. Milhares de pessoas morreram no país em 300 ataques aéreos desde 2004, acredita-se que 20% deles são civis.


A Exigência de Heyns é a reiteração das recomendações feitas anteriormente pelo relator, que fez uma visita para os EUA em 2008.


Também Christof Heyns manifestou preocupação com o precedente que pode definir esta prática, o que permitiria que qualquer governo, sob o pretexto de combater o terrorismo assassinato, um indivíduo em outro país, se considerada uma ameaça à sua segurança.


Drones desempenham um papel fundamental em operações de contraterrorismo muitos dos Estados Unidos. No início deste mês, como resultado de um ataque aéreo no Paquistão foi morto um líder da Al Qaeda, Abu Yahya al-Libi. O embaixador dos EUA em Islamabad foi convidado para o Ministério do Exterior paquistanês, onde ele expressa um forte protesto contra as operações aéreas.


No Paquistão, ao contrário do Afeganistão, não há conflito de renome internacional, mas os militares dos EUA. Estados. continuar a atacar suspeitos da Al-Qaeda no Paquistão santuários. "Temos claro que vamos nos defender", disse em 06 de junho, o chefe do Pentágono, Leon Panetta. Segundo o alto funcionário no Paquistão estão escondidos os terroristas que organizaram o 11-S. Islamabad pede a realização de tais operações em violação do direito internacional e a soberania do Paquistão.




Via RT

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Google divulga relatório 'alarmante' de pedidos de remoção de conteúdo

O Google divulgou nesta segunda-feira (18) seu relatório de transparência, em que nota que houve uma incidência alarmante de pedidos de censura à internet nos últimos seis meses por parte de governos.

A empresa afirma ter recebido mais de mil requisições para retirar conteúdo, como vídeos disponíveis no site YouTube ou resultados de buscas.

Dorothy Chou, analista sênior de política do Google, afirma que a empresa pensava, em 2010, que esses pedidos de censura eram uma aberração. Agora sabemos que não são.

O Google recebeu 461 ordens vindas de tribunais para remover 6.989 itens da internet e consentiu em 68% desses casos. Houve também 546 pedidos informais, 46% dos quais foram atendidos.

O estudo não leva em consideração a censura na China e no Irã, que bloqueiam conteúdo sem notificar a empresa.

Fonte

Post Scriptum: Deve se levar em conta também ações do FBI em relação a determinados sites de compartilhamento de arquivos, agindo de forma menos tolerante que nações ditas "menos democráticas".

Rússia planeja enviar navios à base síria; Obama e Putin debatem conflito no G20

Em seu primeiro encontro desde que Vladimir Putin assumiu seu terceiro mandato como presidente russo em maio, o presidente dos EUA, Barack Obama, disse que os dois concordaram nesta segunda-feira sobre a necessidade de um processo político na Síria para evitar a guerra civil em todo o país, afirmando que quaisquer tensões entre os EUA e a Rússia podem ser trabalhadas. O presidente russo, por sua vez, afirmou que ele Obama encontraram muitos "pontos comuns" em conversas sobre a crise síria e continuarão as discussões.

Os presidentes de EUA e Rússia prometeram trabalhar com outros agentes internacionais, incluindo o enviado especial para a Síria, Kofi Annan, para encontrar uma solução para a crise no país árabe.

O encontro ocorreu no mesmo dia em que a agência de notícias russa Interfax anunciou que dois navios navais com marines (fuzileiros navais) - Nikolai Filchenkov e Caesar Kunikov - estão prontos para dirigir-se à Síria para proteger os cidadãos russos e uma base naval no país árabe, no que pode ser o primeiro reforço conhecido de presença militar de Moscou desde o início do levante para depor o presidente sírio, Bashar al-Assad, há 15 meses.

Citando uma autoridade da Marinha russa, a Interfaz afirmou que dois navios de assalto anfíbios se encaminhariam ao porto Mediterrâneo de Tartus, onde a Rússia tem sua única base naval na região do Oriente Médio.

O oficial não deu uma data precisa para o envio das embarcações nem anunciou quantos marines serão posicionados na base. Cada navio tem capacidade para levar 300 marines e uma dezena de tanques, de acordo com informações da mídia russa.

A Rússia tem sido o aliado mais forte de Assad desde o início do levante, protegendo o regime de Damasco de medidas internacionais para retirá-lo do poder.

 Moscou também é o maior fornecedor de armas da Síria, em relação que oferece à Rússia um papel de peso na diplomacia do Oriente Médio. De acordo com a autoridade cidade pela Interfax,  os navios estão "prontos para garantir a segurança dos cidadãos russos e a infraestrutura da base naval russa" em Tartus.

A autoridade afirmou que os tripulantes "se uniram a unidades de marines que são capazes de proteger a segurança dos cidadãos russos e retirar uma parte da propriedade da base logística". O envio das embarcações e dos militares parece refletir a preocupação crescente de Moscou com o futuro de Assad e com a escalada do conflito.

Questionado se o Pentágono estava preocupado com o plano russo, autoridades em Washington responderam que dependia da missão. Eles disseram não ter nenhum comentário sobre o objetivo declarado de proteger cidadãos russos e a posição militar russa no país, algo que os EUA fariam em um país estrangeiro em uma situação similar.

O que preocuparia os EUA, disse o porta-voz John Kirby, é se os navios russos estivessem levando armas ou pessoas para apoiar o regime de Assad na repressão. "O secretário de Defesa (Leon Panetta) continua preocupado com quaisquer esforços de países ou organizações externas de fornecer armas letais ao regime sírio para que possam matar seu próprio povo", disse Kirby.




Via Ultimo Segundo

domingo, 17 de junho de 2012

Os cientistas alertam: ciberguerra global seria como uma atômica

As conseqüências de uma ciberguerra podem ser tão destrutivas como uma guerra nuclear, os cientistas advertem em um artigo publicado no Boletim de Cientistas Atômicos.

Especialistas dizem que, entre uma bomba atômica e uma ciberarma há muito em comum. Assim, por exemplo, indicam que quando os Estados Unidos lançou as bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945 não sabia quantas mortes levaria a longo prazo.

"Embora não necessariamente programas maliciosos causam o mesmo efeito que os bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, o caos, por exemplo, o colapso do tráfego aéreo, o desligamento da alimentação ou dos mercados financeiros, sim que poderia causar danos e pode até causar a morte ", disse Benedita Kennette no boletim.

O mundo sabe os nomes das primeiras armas cibernéticas aplicadas contra instalações nucleares iranianas. Eles são o vírus Stuxnet, que atacaram a usina de enriquecimento de urânio em Natanz em 2010, e Flame, um spyware, recentemente descoberto.

Especialistas dizem que estes programas maliciosos poderiam ter sido elaborados por especialistas americanos e israelenses. E apesar dos Estados Unidos nunca reconhecerem a autoria desses vírus, ele confirma que está desenvolvendo tecnologias ofensivas cibernéticas.

Especialistas apontam que, como no caso das armas nucleares, precisamos de uma lei aprovada no âmbito internacional para regular e limitar o uso de armas cibernéticas. No entanto, quando os políticos ignoram esses avisos.




Via RT

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Rússia propõe um equivalente ao Euro para a União Eurasiana

Primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev propôs que uma moeda comum para o projecto de integração económica e política da União Eurasiana.

"Deve-se pensar no futuro, a nível da União Eurasiana a ser estabelecida em 2015 e em assuntos que não se conformam com a agenda atual, mas a ter em conta dada a instabilidade dos mercados globais", disse Medvedev durante um fórum econômico. "Aquelas (as questões) pode incluir uma moeda comum", frisou.

A União Eurasiana é o projeto de integração econômica e política da Bielorrússia, Cazaquistão e Rússia, terá regime de comércio livre e poderia incluir outros países da antiga União Soviética.

Em novembro passado, o então presidente Medvedev, da Rússia, comparou a União Europeia em relação ao futura União Eurasiática, mas prometeu que sua administração não vai cair em erros da zona do euro.

  "Ninguém compra gato por lebre", disse Medvedev. 


Ele explicou que, para cada nação que aspira a aderir à União, haverá um processo de incorporação, a análise pode demorar cinco ou dez anos para evitar os problemas agora assolam a União Europeia.




Via RT

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Parceria Shell-Cosan desiste de comprar cana de açúcar de terras indígenas

A Raízen, gigante brasileira do setor sucroalcooleiro formada pela união das empresas Cosan e Shell, confirmou nesta quarta-feira que firmou um acordo com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) pelo qual se compromete a não mais comprar cana de açúcar cultivada em áreas pertencentes a comunidades indígenas.

A decisão ocorre em meio à polêmica envolvendo a reserva indígena Guyraroká, pertencente à tribo guarani, no município de Caarapó, no Mato Grosso do Sul.

Em maio de 2010, o Ministério Público Federal (MPF) do Mato Grosso do Sul acusou a Cosan de adquirir cana de açúcar cultivada ilegalmente na reserva indígena Guyraroká, que havia sido delimitada um ano antes pelo Ministério da Justiça por meio de uma proposta reivindicada pela Funai.

Na ocasião, a Cosan negou que era proprietária de lavouras localizadas na comunidade, mas admitiu que comprava a matéria-prima de um fornecedor da região de Dourados, a Nova América S.A. Agrícola.
A Nova América, por sua vez, arrendava as terras de fazendeiros locais, onde cultivava a cana de açúcar, segundo a Raízen.

Por mais de uma década, as propriedades, que pertenciam legalmente à União, foram objeto de ferrenha disputa entre empresários e índios.

Os fazendeiros alegavam que haviam arrendado as terras dos índios. O MPF, entretanto, caracterizou tal prática como ilegal, e acrescentou que os índios recebiam um valor irrisório pelo arrendamento. Para o órgão, a participação deles, segundo verificado no inquérito policial, era de somente autorizar o cultivo, ainda que criminoso.

Na denúncia, o MPF também pedia que fossem vetadas as linhas de financiamento público à Cosan e a outras empresas que comprassem ou cultivassem matérias-primas de áreas indígenas demarcadas.
O plantio em áreas indígenas é crime federal previsto em lei. As penas podem chegar a cinco anos de prisão, além de multas.

Repercussão

A ONG Survival International, que fez campanha pelo acordo entre a Raízen e os índios guarani, chamou a decisão de 'histórica'.

Em nota, o diretor da entidade, Stephen Corry, afirmou que 'a decisão da Raízen é uma excelente notícia para os guarani, que estão sendo abandonados aos perigos de morte nas beiras de estrada e esmagados de suas próprias pela produção de cana de açúcar'.

Corry disse acreditar que outras empresas deveriam seguir o mesmo exemplo 'e parar de financiar o roubo das terras guarani'.

Os índios guarani são a etnia mais numerosa do país. Foram uma das primeiras comunidades a ter contato com os europeus na América do Sul, há cerca de 500 anos.

No Brasil, segundo a Survival International, vivem atualmente cerca de 46 mil índios guarani, em sete estados diferentes.

Via R7

Nos jornais, Argentina pede diálogo sobre Malvinas

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron, voltaram a elevar o tom no conflito diplomático entre os dois governos em torno da soberania das Ilhas Malvinas (Falklands, para os britânicos). No dia de seu primeiro discurso perante o Comitê de Descolonização do Conselho das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o governo argentino publicou em jornais britânicos um anúncio publicitário de meia página no qual Cristina Kirchner reitera o pedido ao Reino Unido para que "dê uma chance à paz" e se sente para negociar a soberania do arquipélago.

Intitulado "Vamos colocar um fim ao colonialismo acatando resoluções das Nações Unidas", o texto afirma que as ilhas do Atlântico Sul - Malvinas, Georgias do Sul e Sandwich do Sul - "são um caso colonial anacrônico". O anúncio é parte do cronograma de ação do governo argentino para recordar o aniversário de 30 anos do fim da Guerra das Malvinas, que durou três meses, deixou um saldo de centenas de mortos e feridos e uma dura derrota para a Argentina. Cristina ressaltou que as ilhas e área marítima circundante estão localizadas no extremo sul do continente americano, a menos de 700 quilômetros da costa argentina e a 14 mil quilômetros de distância do Reino Unido.

"Há 179 anos, no dia 3 de janeiro de 1833, a força naval britânica expulsou as autoridades legítimas argentinas e a população das Ilhas Malvinas. Desde então, a Argentina tem pedido, sem descanso, sua restituição em foros nacionais e internacionais", relatou. Também destacou que, "desde 1965 a ONU adotou 39 resoluções exigindo que o Reino Unido e a Argentina negociem uma solução pacífica para colocar fim na disputa". Além destas, continuou, outras resoluções no mesmo sentido foram adotadas pela Organização dos Estados Americanos (OEA), o Grupo do Rio, a União das Nações Sul-americanas (Unasul), a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac) e o Mercosul, entre outros. Porém, lamentou a mandatária argentina. A "Grã-Bretanha se negou, invariavelmente, a cumprir estas resoluções".

Fonte

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Cai a popularidade de Obama no mundo


Em todo o mundo a popularidade de Barack Obama diminuiu consideravelmente desde que chegou ao poder, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Projeto Atitudes Globais do Pew Research Center.Na pesquisa, realizada entre 17 de março e 20 de abril deste ano em 21 países de diferentes regiões do mundo, envolvendo mais de 26.000 pessoas.

A política externa do presidente atual dos EUA. Estados. é o que faz com que a maior desaprovação no mundo. Por exemplo, na China, a aprovação da política externa do governo Obama caiu de 30%, Oriente Médio caíram 19%, Rússia em 18% e 15% na Europa. A pesquisa revelou que os ataques de aviões não tripulados feitos pelos militares dos EUA é um dos elementos da "guerra ao terror" dos Estados Unidos, provocando mais rejeição na maioria dos países.


Obviamente, o grau de reprovação destes ataques é maior nos Estados do Oriente Médio, que são frequentemente alvo de drones americanos. No entanto, 62% dos cidadãos norte-americanos aprovam a prática.


Os participantes da pesquisa também teve de expressar a sua atitude sobre a possível eleição de Obama como presidente dos EUA. Estados. Os resultados mostram que uma proporção significativa dos europeus apoiam a eleição de Obama, como fazem os brasileiros (72%) e japonês (62%).


A maioria dos habitantes de países do Oriente Médio, no entanto, se opõem a Obama ser eleito como chefe de Estado. Assim, no Egito por 76% dos entrevistados são contra a reeleição, 73% na Jordânia e Líbano, 62%.


A eleição em que Obama presidência se disputará com o candidato republicano, Mitt Romney, será realizada em 6 de novembro deste ano. Segundo as pesquisas, Obama tem apenas uma vantagem de um ponto sobre Romney. Segundo a agência Gallup, o atual presidente tem apoio de 46%, enquanto Romney, atinge 45%.


Via RT

terça-feira, 12 de junho de 2012

Os americanos se empobrececem para níveis de 1992

O bem-estar econômico da família americana média em 2010 caiu para seu nível mais baixo desde 1992, de acordo com um recente relatório do Sistema da Reserva Federal (informalmente conhecido como Fed), banco central.
 
O relatório do Fed sobre as Finanças do Consumidor revela que em 2010 o bem-estar econômico médio das famílias americanas caiu para 77.300 dólares, enquanto em 2007 foi superior a 126.000 dólares. A renda das famílias nos os Estados Unidos também diminuíram em 2010 para 45.800 dólares por ano, 3.800 menos do que em 2007, segundo a pesquisa conduzida pelo Fed a cada três anos.

A classe média é a que tem sido mais afetada pelos primeiros anos da crise econômica. Suas receitas em 2007-2010 caíram 12,1%, enquanto as famílias ricas caiu apenas 1,4%, tendo em conta o nível de inflação. Enquanto a renda das famílias pobres no mesmo período caiu 7,7%.

Como um resultado desta tendência negativa das suas finanças, norte-americanos começaram a reduzir o consumo de mercadorias. No entanto, o nível de gastos ainda é bastante elevado devido ao pagamento dos créditos.

O número de famílias americanas a economizar dinheiro também caiu de 56,4% para 52%, o nível alcançado em 1992. Por outro lado, a desconfiança da economia de estado é uma razão cada vez mais comum para construir poupança, de acordo com os autores do relatório.


Via RT

Rússia propõe para sediar uma reunião para a Síria

Moscou está pronta para sediar uma conferência internacional sobre o conflito na Síria, como foi indicado na terça-feira o chanceler russo Sergey Lavrov.
A proposta russa foi feita durante uma reunião informal da Assembleia Geral da ONU.

Segundo a chefe da diplomacia russa, o Irã deve participar da reunião, bem como outros países e organizações capazes de influenciar entre as forças da oposição na Síria.

Ele ressaltou que a Rússia propôs princípios específicos para a resolução de conflitos, então, deve-se esperar alguns ajustes que devem ser feitos pelos Estados Unidos.

O ministro disse que a conferência em Moscou devem ser "o única forma para apoiar os esforços no âmbito das resoluções do Conselho de Segurança, que aprovou o plano do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan."

Lavrov rebateu que a conferência seja 'grupo de amigos da Síria ", que o classificou de um" grupo de amigos do Conselho Nacional Sírio ", que é uma das principais forças de oposição.



Via RT

Ilhas Malvinas farão referendo sobre domínio britânico em 2013

O governo das Malvinas informou nesta terça-feira que vai realizar um referendo no próximo ano para "eliminar qualquer dúvida possível" sobre os desejos dos moradores da ilha de continuar sob domínio britânico diante das reivindicações de soberania da Argentina.


Grã-Bretanha e Argentina travaram uma guerra em 1982 sobre as ilhas do Sul do Atlântico, e 30 anos mais tarde, as tensões têm aumentado entre as duas nações.

"Eu não tenho dúvida de que o povo das Malvinas deseja que as ilhas permaneçam um território autônomo ultramarino da Grã-Bretanha", disse Gavin Short, presidente da Assembleia Legislativa das Malvinas.

"Então nós decidimos, com o total apoio do governo britânico, realizar um referendo sobre as Ilhas Malvinas para eliminar qualquer dúvida possível sobre os nossos desejos", acrescentou em um comunicado.

A votação está prevista para acontecer no primeiro semestre de 2013.

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, lançou uma ampla ofensiva diplomática para apresentar as reivindicações de seu país em relação às ilhas. Ela acusa a Grã-Bretanha de manter "enclaves coloniais" e apelou a Londres para abrir negociações de soberania.

O governo britânico se recusa a discutir a soberania enquanto os 3.000 habitantes da ilha quiserem permanecer britânicos.



Via Reuters

segunda-feira, 11 de junho de 2012

ONU pretende cobrar impostos da Internet

A ONU recentemente reviveu o seu desejo de longa data para assumir o controle da Internet. É improvável que se obtenha a sua forma. Então, liderado por nações européias - quem mais? - Ela deparou com outro meio pelo qual a exercer sua influência: Impostos. Relatórios CNET:

A ONU está considerando um novo imposto de Internet visando as maiores provedores de conteúdo da Web, incluindo Google, Facebook, Apple e Netflix, que poderia afetar sua capacidade de alcançar os usuários em países em desenvolvimento.


A proposta européia, oferecido para debate numa reunião de Dezembro de uma agência da ONU chamou a União Internacional de Telecomunicações, iria alterar um tratado de telecomunicações existente, impondo pesados ​​custos em sites populares e seus provedores de rede para o privilégio de servir usuários não norte-americanos, de acordo aos documentos que vazaram recentemente.

Via Infowars

sábado, 9 de junho de 2012

Günter Grass usa poesia para interferir em debates públicos

Pouco depois do debate em torno de seu poema sobre Israel e o Irã, o escritor alemão despertou nova polêmica com comentário poético sobre a Grécia. O editor Volker Neuhaus analisa méritos e motivações de Günter Grass. 

O Prêmio Nobel alemão da Literatura Günter Grass não se cansa de interferir em discussões públicas com seus posicionamentos sobre eventos políticos e sociais. Por vezes diretamente – em entrevistas –, por outras indiretamente – com poesia. Com frequência, o autor aborda temas considerados tabu por muito leitores, o que muitas vezes desencadeia controvérsias acaloradas.

Quais são seus motivos? Trata-se de confusos comentários de um escritor ancião – como zombam certos cronistas – ou das reflexões "perfeitamente normais" de um autor celebrado? Quem responde é Volker Neuhaus, editor das obras de Günter Grass na Alemanha. No momento, ele redige uma abrangente biografia do autor de O tambor, a ser lançada no segundo semestre de 2012.

Deutsche Welle: O senhor edita as obras de Günter Grass há muitos anos e conhece o Prêmio Nobel muito bem. Como vê a agitação midiática em torno dos dois poemas sobre temas atuais da política?

Volker Neuhaus: Como algo muito peculiar. A coisa mais estranha de todas é que depois do segundo poema [sobre a Grécia, publicado no final de maio pelo jornal Süddeutsche Zeitung], perguntou-se: "Por que ele faz isso?" Acho que jamais ninguém perguntou, a respeito de nenhum poeta do mundo, por que ele publica poemas. Grass encontra-se agora na feliz posição de poder publicar suas poesias em lugares muito visíveis. Ele é poeta de profissão e publica seus poemas. Pode-se discutir sobre o conteúdo, como já acontece. Mas dessa maneira, é muito, muito peculiar.


Prêmio Nobel da Literatura 1999: devolução?
Prêmio Nobel da Literatura 1999: devolução?

Olhando por trás dos bastidores: como se explica tamanha agitação?

Pelo fato de Grass assumir uma posição absolutamente extraordinária. Tenta-se sempre privá-lo dessa posição, o que não é possível. Não há como tirar o carro oficial de Grass, sua pensão vitalícia ou seu escritório. Tudo isso ele conquistou por seus próprios méritos. Agora fica-se dizendo que ele deveria devolver o Prêmio Nobel, que é a única coisa que ele pode fazer... Ou devolver o título de membro honorário do PEN Clube. Grass é o raro exemplo de um homem totalmente independente, porém famoso. E tudo por seu próprio mérito, ele não precisa levar ninguém em consideração. Por isso, às vezes ele entra em atrito.

E ele tem, então, "inimigos" muito especiais no jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung. A situação escalou nos últimos anos. O que o senhor supõe que esteja por trás disso?

Não sei. É o que chamam de debunking: tirar uma personalidade do pedestal, tornando-a pequena e manipulável. Grass atingiu uma grandeza que, a rigor, é inatacável. O ódio do FAZ contra Grass só pode ser hereditário. Não há como explicar de outra maneira, já que esse ódio passa de um editor do caderno de literatura para outro, sempre massacrando Grass. Apesar de todas as diferenças de geração, estão sempre atacando Grass. Tudo isso é bem peculiar.

Voltemos para o homem e escritor Günter Grass. Certa vez, um crítico escreveu: ele pertence à tradição europeia da discutibilidade esclarecida do humanismo, ele é alguém que interfere. O senhor também vê a questão assim?

Sim, é uma bela forma de expressar o que ocorre. Grass faz uso de sua projeção pública, a fim de atrair atenção para sua própria opinião – como todos fazemos. As pessoas vão à mesa do bar que frequentam para proclamar suas opiniões. Só que aí quem escuta são os "amigos de bar". Grass está em condições de articular sua opinião de modo que ela seja ouvida. O primeiro poema [sobre Israel] deveria ter sido publicado no jornal Die Zeit, mas os editores disseram "não". No mesmo dia, o Süddeutsche Zeitung o publicou. Foi um golpe de sorte para Grass.

Há basicamente duas acusações contra o escritor. Uma se volta contra os argumentos objetivos. Um jornal escreveu: "As justificativas de Grass não coincidem, nem de longe, com as opiniões correntes e difundidas pela discussão científica especializada ou pelo debate jornalístico". Sugere-se, desta forma, que ele não tenha entendido nada sobre o conflito entre Israel e o Irã...

Isso tem origem num mal-entendido. Estou plenamente convencido de que as primeiras duas estrofes do poema sobre Israel não são absolutamente contra o país. O nome "Israel" só aparece na terceira estrofe. As duas primeiras estrofes se voltam claramente na direção dos Estados Unidos, onde houve especulações táticas sobre a condutibilidade das guerras atômicas. Grass refere-se a isso. Israel exercce aí só o papel de ser o contrapeso do Irã. Trata-se das duas potências atômicas do Oriente Médio. Contudo, o ponto decisivo é que Grass está em condições de defender a própria opinião, e ela é muito fundamentada e decidida. Ele é muito bem informado e estaria em condições de enfrentar qualquer discussão. Afinal, ele participa de discussões públicas. Na verdade, ele é alguém extraordinariamente bem informado.


Günter Grass (dir.) conversa com premiê israelense Levi Eshkol, na década de 1960
Günter Grass (dir.) conversa com premiê israelense Levi Eshkol, na década de 1960

A segunda acusação é no sentido de uma "falta de qualidade poética". O que remete à questão: será que tais poemas são a forma adequada para uma expressão de opinião desse gênero?

Um poema é tudo aquilo que é impresso como poema. Uma colega minha de trabalho já provou que o [primeiro] poema de Grass é concebido de forma francamente rítmica. Num debate público, na cidade de Osnabrück, chegamos à conclusão – na presença do adversário no pódio – de que se Grass tivesse dito a mesma coisa numa entrevista, em vez de em versos, suas palavras não teriam tido o mesmo efeito.
Um poema tem algo de estatuário, algo de completo, apodíctico, monumental. Primeiro, ele fez isso na poesia sobre o tema EUA-Israel-Irã. E depois de novo – o que se pode chamar de sofisticado. Ele escreveu um poema belíssimo, hínico, que também em seu conteúdo se aplicava ao tema da Grécia e se situava na tradição de Hölderlin, com saltos e meandros solenes. Justamente sobre o tema Grécia! Ou seja, Grass sabe tocar o teclado da poesia, no qual já toca há mais de 60 anos. Isso é perceptível.

Depois do primeiro poema, muita gente observou que Grass tinha o povo a seu lado – como demonstraram as muitas e muitas cartas de leitores. Os argumentos eram no sentido: "Eis aqui alguém que representa a opinião da maioria" – em oposição à dos caderno de cultura. No caso do poema sobre a Grécia, não se pode dizer a mesma coisa...

Sim, ele apontou que está realmente na hora de se lembrar das raízes dos valores comuns e de que a União Europeia não é apenas um mercado comum, mas se situa na tradição da sociedade de valores ocidentais.

Equipe do Tribunal Penal Internacional é detida na Líbia

O TPI (Tribunal Penal Internacional) afirmou neste sábado que quatro membros de sua equipe foram detidos na Líbia. Eles haviam ido ao país para encontrar Saif al-Islam, o filho do coronel Muammar Gaddafi.

O presidente do organismo, o juiz Sang-Hyun Song, afirmou estar muito preocupado com a segurança da equipe e pediu que eles sejam libertados imediatamente.

A detenção aconteceu na última quinta-feira, durante missão oficial do TPI para encontrar Saif al-Islam, que aguarda julgamento preso na Líbia.

Tanto o governo líbio quanto o TPI disputam o direito de julgar o filho de Gaddafi por suas ações de repressão aos participantes do movimento que derrubou seu pai no ano passado.

Mais cedo o governo líbio afirmou que a equipe foi presa pois um advogado do TPI teria tentado entregar documentos a Saif al-Islam que poderiam ser perigosos para a segurança na Líbia.

Via BBC


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Moscou proíbe parada gay pelos próximos 100 anos

O tribunal municipal de Moscou negou uma apelação de Nikolái Alexéjev, um dos líderes de grupos homossexuais da Rússia. Com isso confirma-se a legalidade de uma disposição anterior da prefeitura que proíbe paradas homossexuais de 2012 até 2112, que havia estado em vigor em cinco regiões da Rússia.

“Nossas manifestações são sempre proibidas, e Estrasburgo chama estas manifestações de ilegais. O tempo passa e seguiremos pedindo autorização para novas ações, ainda que nos neguem. Desta vez decidimos recorrer em Estrasburgo contra a proibição de futuras marchas gays”, disse Alexéyev, de acordo com o Interfax-Religion.

A Câmara alta do Parlamento russo também aprovou um projeto de lei que aumenta em 150 vezes a multa para quem participa de protestos não autorizados. Com essa medida, além de outras leis contra a ‘propaganda homossexual’, a Rússia parece se tornar o país europeu mais hostil com as minorias sexuais.
 
As iniciativas vem sendo tomadas à medida em que ativistas tentam realizar manifestações em defesa dos direitos gays.

Os grupos homossexuais encontram também grande resistência dos ortodoxos russos. Recentemente, ativistas da Igreja Cristã Ortodoxa Russa entraram em confronto com manifestantes homossexuais durante uma manifestação gay.

A Igreja Ortodoxa Russa considera um ‘sacrilégio’ as passeatas do orgulho gay e pediu ainda extensão da lei municipal contra a propaganda homossexual, aprovada pelo Governo de São Petersburgo.

No último 27 de maio, uma tentativa de organizar uma parada gay em Moscou foi impedida pelos policiais. Religiosos também se reuniram para impedir que os gays se manifestassem contra a lei anti-propaganda gay.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Síria expulsa embaixadores ocidentais

Síria anunciou terça-feira a expulsão dos embaixadores dos EUA, Reino Unido, França, Suíça, Espanha, Itália, Bélgica, Bulgária e Canadá, segundo a televisão nacional.

Segundo a fonte, o Ministério dos Negócios Estrangeiros adotou esta medida " seguindo o princípio de reciprocidade."No entanto, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sírio disse que o governo ainda está disposto a estabelecer relações com diplomatas expulsos, mesmo aqueles que já retornaram ao seu país, como o embaixador dos Estados Unidos.


 
"A República Árabe da Síria ainda acredita na importância do diálogo baseado em princípios de respeito mútuo e igualdade", diz um comunicado da chancelaria. "Esperamos que os países que iniciaram estas etapas para respeitar estes princípios, que permitem que as relações de volta ao normal novamente", ressalta.


 Uma semana atrás, vários países europeus, como França, Alemanha, Espanha, Itália e Grã-Bretanha anuncioaram, juntamente com Estados Unidos e Canadá, a expulsão de diplomatas sírios após o massacre de Hula, que matou mais de cem pessoas, 34 crianças entre eles.

 O anúncio desta onda de expulsões aconteceram em meio a crescentes esforços diplomáticos para pôr fim ao derramamento de sangue na Síria, onde ambas as partes envolvidas no conflito não atendem enviado o plano de paz para a ONU, Kofi Annan.

 O embaixador russo Vitaly Churkin disse que a resolução de conflitos sírio ter sido apenas "algum progresso", como o estabelecimento de cooperação entre as autoridades sírias e as agências de ajuda para Asist da população. 

"Em relação aos outros pontos, encontra-se o plano Annan", disse Churkin. De acordo com ele, você tem que censurar-se igualmente a todas as partes envolvidas no conflito: o governo sírio por não totalmente retirado as armas pesadas das cidades e não cumprir a promessa de não usar contra o povo, a oposição continue a ataques contra as autoridades, e também os países que fornecem armas para a oposição (Arábia Saudita, Catar).

 Ao contrário do Ocidente e os Estados Unidos, Rússia e China se manifestam contra a invasão na Síria, argumentando que a única possibilidade de resolução pacífica de conflitos é o plano de paz da ONU e rejeitar qualquer tipo de intervenção militar. Devido a estas razões, os dois países vetaram resoluções duas vezes promovidas pelo Ocidente no Conselho de Segurança da ONU.


Via RT