segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

União Européia impõe embargo ao Irã

Em seis meses, o abastecimento de petróleo iraniano à Europa reduziu a zero. Os ministros exteriores da União Européia aprovaram impor um embargo às importações de óleo da República islâmica, que será gradualmente implementado pelos 27 países da união.

A partir de agora, está proibido qualquer novo contrato petrolífero com Irã e os países mais dependentes de seu petróleo terão seis meses para revogar seus acordos existentes. Para o 1 de Julho, todos os países membros da UE deverão abster-se de comprar óleo e seus derivados do Irã.

Os ministros aprovaram também sanções contra o Banco Central do Irã e oito empresas estatais que não haviam sido afetadas anteriormente.

A Europa convocou Terã a começar de imediato um diálogo construtivo com os países do Ocidente à respeito do seu programa nuclear. Pede garantias de seu uso pacífico e que a nação islâmica deixe de enriquecer urânio em suas usinas de energia, várias vezes assinaladas como locais onde se constrói bombas.

Segundo opina o especialista em relações internacionais Marco Terranova Tenorio, "não são medidas que vão buscar uma solução para a região. E um clima pré-bélico artificial que os Estados Unidos e seus aliados criaram (...), o que desejam é um benefício a curto prazo da Arábia Saudita e Catar, já que embargando o óleo iraniano, o que vão conseguir são os clientes que atualmente compram do Irã. O especialista adverte também sobre uma "repercussão grave a nível mundial, já que podem subir os preços do petróleo e pode acelerar mais a recessão".

Uns 68% das importações de petróleo iraniano recai sobre três países do sul da Europa: Grécia, Itália, e Espanha. O consentimento da Grécia era o único que faltava para impor o embargo que se ventilava em Bruxelas desde há meses. As importações do Irã alcançam 35% de todo o consumo de óleo neste país.

A Espanha também se encontra entre as nações que mais vão sacrificar-se apoiando este embargo. "Entendemos que a segurança da zona é prioritária e portanto estamos dispostos a fazer este sacrifício para conseguir a uninimidade na Europa", afirmou o ministro espanhol de assuntos exteriores, José Manuel García-Margallo.

Via RT

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