domingo, 29 de janeiro de 2012

Referendo escocês: Perguntas e Respostas

Scotland's independence waits for a referendum

O que está sendo discutido?

O Primeiro-Ministro escocês Alex Salmond esá em desacordo com Westminster (n.d.t: onde se localiza o Parlamente Britânico) sobre o plebsicito para a independência escocesa. O poder legal para estabelecer a data do referendo é do Governo do Reino Unido e o Primeiro Ministro David Cameron sugeriu que ele ocorra daqui a 18 meses, mas Salmond quer o referendo no Outono de 2014.

Porque o conflito?

Cameron não quer que a Escócia abandone o Reino Unido. Ele se comprometeu a apresentar um parecer jurídico, que deve mostrar a ilegalidade do parlamento escocês escolher a data do referendosem a autorização de Westminster, que quer o referendo antes de 2014.

Enquanto isso, o Scottish National Party (SNP) acusou Cameron de "intromissão" na democracia escocesa. A Vice Primeiro Ministro escocesa Nicola Sturgeon disse que a escolha da data do referendo é "uma decisão para o governo escocês". O governo escocês foi acusado de tentar adiar a data do referendo porque Salmond sabe que os eleitores "no fundo" não querem separar-se do Reino Unido.

Sem cooperação de Westminster, o Parlamento Escocês pode organizar um referendo não-oficial, que demonstraria a força da ideia entre os eleitores.

O que seria perguntado aos eleitores?

Outra fonte de conflito. Westminster pensa que o referendo simplesmente deveria perguntar sobre a separação ou não. Já o SNP está considerando uma segunda pergunta sobre o Parlamento Escocês ter mais poderes, ao mesmo tempo que continua na União. A Escócia já tem poderes que incluem autonomia em assuntos como agricultura, justiça criminal, educação, saúde, polícia e bombeiros.

Sturgeon disse: "Nós nunca descartamos a hipótese de uma segunda pergunta, para dar ao povo escocês escolha máxima". As propostas de referendo do Gabinete Escocês devem ser publicadas em breve.

O que os eleitores escocêses querem?

De acordo com uma pesquisa da ComRes em Outubro, 39% dos cidadãos do Reino Unido concordam com a independência escocesa. Na Escócia, o resultado foi de 49%. Sturgeon argumentou que a manipulação sobre o referendo feita por Cameron vai estimular o sentimento separatista.

Mas uma mais recente pesquisa da Ipsos MORI revela que 54% dos escoceses querem permanecer na União.

E o que acontecerá agora?

Se os dois parlamentos falharem em resolver a questão, ela iria para o Supremo Tribunal. O Ministro do Reino Unido Michael Moore disse que trabalharia com Salmond para chegar a uma solução, enquanto Cameron disse que é "muito injusto" que a Escócia prolongue o debate sobre o referendo. Salmond continua com sua promessa de um referendo em 2014: "Em contraste com a desordem de Westminster, o governo escocês vai continuar com processo de trazer um referendo no segundo semestre deste parlamento".

Qual é a história da União?

Os atos de união entre Escócia e Inglaterra foram assinados ​​em 1706. Ambos os países tinham compartilhado rei desde 1603, mas não se juntaram para formar um único reino, o que significa que existia de fato era duas coroas em uma cabeça.

Os Atos entraram em vigor em 01 de maio de 1707. Nesta data, o Parlamento Escocês e o Parlamento Inglês se uniram para formar o Parlamento da Grã-Bretanha, com base no Palácio de Westminster.

Inglaterra estava ansiosa pela união para garantir que a Escócia não escolhesse nenhum rei diferente do inglês.

Os escoceses precisavam de ajuda financeira após um plano economicamente desastroso de colonização do istmo do Panamá, nos anos de 1690.

Em 1999, após quase três séculos, o Parlamento Escocês re-abriu depois de um referendo na Escócia.

Antes do atual governo do SNP ser eleito em uma vitória esmagadora, foi feita a promessa de um referendo na gestão da atual legislatura escocesa.

Via Telegraph

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