terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Egito: Muçulmanos incendeiam casas e comércios de cristãos ao grito de "Alá é grande".

No Egito, muçulmanos incendiaram no dia 19 de janeiro casas, comércios e igrejas de cristãos coptos ao grito de "Alá é grande". Policiais e bombeiros, intencionalmente, atrasaram sua chegada ao local dos ataques.


No dia 19 de janeiro, uma multidão muçulmana atacou a comunidade cristã de Kebly-Rahmaniya, na província de Qena, gritando que “Alá é o mais grande”. Os muçumanos botaram fogo em casas e comércios de cristãos, feriram com arma de fogo um jovem de 16 anos e produziram graves lesões na face de um homem de 40 anos, segundo informa Asianews.it. Testemunhas presenciais asseguram que a polícia não quis intervir e que os bombeiros, premeditadamente, chegaram só quando os edificios estavam em chamas. Em Kebly-Rahmaniya, a propiedade de um cristão foi incendiada para construir uma mesquita, ainda que na localidade já existam 300 centros de culto muçulmano, enquanto os cristãos só tem uma igreja, apesar de ser 50% da população local.

Na mesma data muçulmanos invadiram uma igreja em Abu Bathteem (Qaliubia) para manifestar aos cristãos que seu novo lugar de culto era "ilegal". Durante o assalto um membro da Irmandade Muçulmana afirmou que o edificio de 1300 m² era perfeito para construir uma mesquita. O bispo, por razões de segurança, decidiu não celebrar a primeira eucarestia, o que provocou tristeza entre os fiéis.

Estes atos de intimidação, cometidos por salafistas e por Irmãos Muçulmanos tiveram como objetivo impedir a participação de cristãos nas eleições, especialmente em áreas nas que o voto da minoria copta pode ser decisivo. Os cristãos representam 10% da população egípcia, mas são considerados cidadãos de terceira categoria e sempre sofreram perseguições, exceto no período de colonização britânica.

Nos últimos trinta anos mais de 5 mil coptas foram assasinados por motivos religiosos, e aproximadamente 65 mil fugiram nos primeiros meses de 2011, e o triunfo eleitoral islâmico está acelerando o exôdo de cristãos para os Estados Unidos, Canadá e Austrália.

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