"Morte aos tugas", "Parabéns aos assassinos" e "Vamos matar cinco portugueses por semana, até se irem embora" são alguns dos comentários deixados na imprensa online angolana, a incentivar o assassínio de portugueses. As afirmações, no site Club K, são um hino à violência – e deixam os amigos do empresário morto na quarta-feira em Luanda a temer represálias.
"É dos sites mais conhecidos no país. Para além de ser pura maldade o que têm escrito, deixa-nos com medo", desabafou um amigo do empresário assassinado – o quarto em menos de cinco meses, todos na capital do país.
Quanto aos assaltantes que dispararam sobre Rui Pinto, para lhe roubar o carro, continuam a monte. Seis inspectores da Polícia Judiciária – dos homicídios e do tráfico de droga – estão em Angola a auxiliar na investigação.
Há também um técnico do Laboratório de Polícia Científica que estava a dar formação à polícia angolana e que agora tenta ajudar na detenção dos autores do homicídio.
PEDIRAM TRÊS MIL EUROS AO HOSPITAL
"Assim que entrou no hospital, a morrer, a primeira coisa que lhe pediram foram três mil euros", contou ao nosso jornal fonte próxima da vítima em Luanda, indignada com a forma como Rui Pinto foi tratado à chegada ao hospital. O homem acabou por falecer no bloco operatório, devido a uma hemorragia interna. De acordo com a mesma fonte, "o corpo será transladado na segunda ou terça-feira para Portugal", onde se realizará o funeral do empresário. A transladação custa cerca de 15 mil euros.
Via CmJornal
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