O cerco contra o download ilegal parece estar mesmo se fechando.
Depois da ofensiva do governo norte-americano contra os sites de
compartilhamento e os servidores de arquivo, como o Megaupload (que
acabou sendo fechado), outra iniciativa ganhou os holofotes e parece ser
ainda mais eficiente, porque ataca o tipo de compartilhamento
aparentemente mais difícil de se combater, o feito por meio de arquivos
torrent.
O Pirate Pay
(favor não confundir com o site de downloads Pirate Bay!) não é
necessariamente uma novidade. De acordo com o blog Torrent Freak, a
iniciativa foi fundada há cerca de três anos e nasceu durante o
desenvolvimento de um projeto inicialmente voltado para o gerenciamento
de tráfego para provedores de internet. A ideia deu certo e se mostrou
capaz de bloquear arquivos torrent, caso necessário. Daí, então, os
desenvolvedores enxergaram uma grande oportunidade: prestar serviços
"anti-download ilegal" para a indústria do entretenimento.
Segundo o Torrent Freak, a empresa já conseguiu interromper dezenas
de milhares de downloads em parceria com a Sony Pictures e a Walt Disney
Studios. O site informa ainda que a ferramenta continua sendo
aperfeiçoada e recebeu um aporte do fundo de apoio a start-ups da
Microsoft.
A iniciativa abre novamente a discussão sobre pirataria e controle da
internet. Por um lado, a ferramenta do Pirate Pay pode ser a grande arma
da indústria do entretenimento no combate ao download ilegal. Por
outro, ela expõe uma fragilidade da internet que pouco a pouco vem se
tornando a clara: a facilidade de controle das comunicações online, já
que o bloqueio dos downloads via torrente se dá por meio da
identificação e consequente interceptação de uma comunicação que, em
tese, deveria ser sigilosa.
Fonte
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