Em países como Espanha
e Grécia, o índice e desocupação entre os jovens chega a 52,1%
Segundo um estudo de
Gallup, o nível de desemprego real na União Europeia é muito mais
alto que o publicado oficialmente, se calculado sobre a base da
desocupação entre mulheres e homens.
Na Espanha, o
desemprego entre as mulheres alcança 41% e entre os homens 36%,
enquanto que na Grécia se localiza em 59% e 54% respectivamente.
Os níveis de pessoas
sem trabalho seguirão crescendo já que, segundo analistas, a
economia da zona do euro se encontra em recessão este ano, tendo em
conta que seis países do bloco monetário já estão em recessão,
com dois trimestres consecutivos em declínio econômico.
As preocupações sobre
a crise da dívida e o futuro da moeda europeia exercem pressão
sobre a atividade econômica na zona do euro. As empresas cortam
postos de trabalho ou adiam a contratação de empregados, já que a
confiança na economia se debilita, enquanto muitos governos
implementam programas para reduzir custos, incluindo grandes cortes
no setor público. Um total de 17,6 milhões de pessoas se
encontravam sem emprego na zona do euro em maio, segundo estatísticas
oficiais.
A taxa de desemprego
mais alta se registrou na Espanha, onde 24,6% estavam sem trabalho em
maio. No geral, 52,1% dos jovens estavam desempregados nesse país,
assim como na Grécia.
A Europa se priva do
futuro?
Um dos riscos mais
significativos desta situação é a probabilidade da aparição, na
Europa, da chamada "geração perdida", disse o chefe dos
especialistas da BKS Express, Dmitri Shishov, citado por expert.ru.
Os jovens que agora
devem construir suas carreiras, não têm a oportunidade de
desenvolvimento. E se a crise se prolonga, o assunto se converterá
em uma verdadeira dor de cabeça já que levaria não apenas a uma
estratificação social, mas também ao crescimento dos protestos.
Segundo os últimos
dados estatísticos, resulta duro para uma pessoa na Espanha, Itália
e França sobreviver com uma só renda, se deduzidos os impostos.
"Os políticos e
as partes interessadas da UE compreendem a catástrofe potencial de
uma "geração perdida", mas ainda são impotentes para
deter o crescimento do desemprego entre os jovens", conclui
Andrea Broughton do Instituto de Estudos sobre Emprego de Londres.
Além do mais, o
problema se agrava pela tendência atual de envelhecimento da
sociedade.
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