quarta-feira, 11 de julho de 2012

Chávez e a PDVSA se tornam aliados chave para o regime sírio

O presidente venezuelano, Hugo Chávez,  e a comapnhia estatal Petróleos de Venezuela SA se tornaram sócios econômicos estratégicos do presidente sírio Bashar Al Assad, enviando Diesel ao país árabe e negociando com empresas sírias boicotadas pelos Estados Unidos e União Europeia.
Por: The Wall Street Journal (artigo resumido)

A Venezuela conforma junto com Russia e Irã um bloco informal de nações que tratam de impedir os esforços do ocidente em derrocar Assad e dissolver sua aliança militar com o Irã, indicam autoridades americanas e ativistas políticos sírios.

A PDVSA prepara o quarto envio de diesel para a Síria nos últimos oito meses, segundo documentos corporativos venezuelanos e sírios. Esta energia é crucial para manter em operação os tanques e outros veículos militares sírios que combatem aos oponentes políticos de Assad.

A Venezuela também está ajudando Damasco em burlar as sanções ocidentais ao comprar energia síria e fazer negócios com duas empresas, o Banco Comercial Sírio e a Sytrol, empresa estatal de comercialização de petróleo, segundo os documentos. Ambas companhias figuram nas listas de sanções dos Estados Unidos. Tanto a Venezuela como a PDVSA defenderam seu direito em negociar com as empresas. Chávez proclamou seu apoio ao Irã e Síria como parte do desejo de forjar uma coalizão anti-imperialista, de países que lutam contra a hegemonia americana.

Antes do conflito, Siria importava a maior parte do seu diesel e energia da Europa. Em 2010, o intercambio comercial entre Síria e Venezuela não passava de 5 milhões de euros. No entanto, se estima que os envios de combustível deste ano possam valer centenas de milhões de dólares.

Os EUA estão monitorando a situação mas não conta com as ferramentas necessárias para detê-la, segundo altos funcionários do governo Obama. As sanções não autorizam ao Departamento de Estado ou ao Tesouro atuar contra companhias não-americanas que fazem negócios com empresas sírias boicotadas, diferente das sanções impostas ao Irã, que permitem esse tipo de castigo.

O Departamento de Estado puniu a PDVSA no ano passado, por vender petróleo refinado ao Irã, ainda que a medida só impede que a empresa venezuelana consiga contratos com o governo americano. A petroleira venezuelana segue exportando cerca de 850000 barris de petróleo diariamente aos EUA e mantem a propriedade da companhia energética americana Citgo Petroleum Corp.

“Existe uma grande preocupação sobre a Venezuela e o papel que ela joga" disse o senador republicano Marco Rubio em entrevista. "Vemos Hugo Chávez utilizar a riqueza dos venezuelanos e jogá-la fora para ajudar Assad".

Grande parte do transporte público, indústria agrícola e forças armadas da Síria operam com diesel, o que converte a escassez de combustível em uma ameaça para o governo de Assad. Os custos de importação também representam um crescente desafio para Damasco, conforme suas reservas em divisas começaram a minguar devido as sanções internacionais.

“Fizemos alguns fornecimentos para a Síria. Estamos dispostos a ajudar" disse em maio o ministro da Energia venezuelano, Rafael Ramírez. As transações foram negociadas e executadas diretamente entre a PDVSA e a Sytrol. os carregamento provem das operações da PDVSA em Puerto La Cruz, Venezuela, e foram entregues no navio Negra Hipólita no porto sírio de Banias, segundo os documentos


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