Manifestantes derrubam barricada que protegia o parlamento em Lisboa, durante protesto contra a previsão do orçamento de 2013 em Portugal (Patricia De Melo Moreira/AFP) |
População se manifesta em Lisboa contra medidas de austeridade
Na noite desta segunda-feira, milhares de pessoas se reuniram em frente
à Assembleia da República, em Lisboa, para protestar contra as medidas
de austeridade contidas no orçamento de 2013, segundo informações da
imprensa local. Mais cedo, os membros do Parlamento anunciaram a versão final do pacote de austeridade com aumento de impostos, causando indignação da população. Os protestos foram marcados pelo Facebook.
O jornal Diário de Notícias informou que as grades de proteção
foram derrubadas enquanto os manifestantes gritavam "Coelho sai da
toca", em referência ao premiê Pedro Passos Coelho, e "os ladrões estão
lá dentro e a polícia está aqui fora", sobre a reunião de políticos
realizada no interior do Parlamento. Os manifestantes se acalmaram por
volta das 21h20 (18h20 no horário de Brasília).
Orçamento — A proposta foi marcada por uma grande
elevação da carga tributária: o governo pretende arrecadar 4,3 bilhões
de euros em impostos, incluindo 2,8 bilhões de euros a partir de um
corte no número de faixas para tributação sobre renda. No próximo ano,
as alíquotas de imposto de renda irão de 14,5% a 48%, além de uma
sobretaxa extraordinária de 4% sobre a renda.
Segundo o ministro das Finanças, Vitor Gaspar, é o único caminho para
que Portugal cumpra suas metas fiscais relativas aos termos do pacote de
resgate. As medidas de austeridade vão equivaler a 3,2% do Produto
Interno Bruto (PIB) português em 2013, o que, de acordo com o ministro,
permitirá que o país atinja sua meta de déficit orçamentário de 4,5%. O
governo projeta contração econômica de 1% no ano que vem, após queda
prevista de 3% neste ano.
"Colocar em xeque o orçamento é colocar em xeque o programa de ajuste.
Todo o capital de credibilidade será perdido se procurarmos alterar o
programa ou parâmetros fundamentais", disse Gaspar. "Seria testada a
viabilidade do presente de Portugal", acrescentou.
Via Veja
Nenhum comentário:
Postar um comentário