terça-feira, 25 de setembro de 2012

Caças supersônicos russos MiG-31 patrulharão o Ártico

"O esquadrão formará parte do sistema antimísseis da Rússia. Os MiG-31 são capazes de interceptar não apenas caças, como também mísseis de cruzeiro com ogivas nucleares" disse um porta-voz do ministério da defesa.

Os MiG-31 garantirão a defesa do território nacional entre o mar de Barents (noroesta da Rússia) e o de Leptev (Sibéria Oriental) de um possível ataque procedente do norte, afirmou a fonte.

O Ministério de defesa acredita que o norte da Rússia não está devidamente defendido, pelo que considera urgente a tarefa de alocar os caças em Nova Zembla, que também abriga o principal polígono de testes nucleres russos.

O aeroporto de Rogachevo, que desde 1993 abrigava caças Su-27, se encontra em bom estado e inclui alojamentos militares, destacou o porta-voz.

O diretor do Centro de Análises Militares, Anatoli Tsiganov, considera que os MiG-31 deveriam receber o apoio de vários navios de guerra.

"O norte da Rússia não está protegido de ataques aéreos do inimigo. Mísseis de cruzeiro lançados desde o Glacial Ártico podem atingir alvos nos Urais, Sibéria Ocidental e chegariam até Moscou. Por isso aqui deve-se implantar não um esquadrão, como também uma frota".

Tsiganov adverte que "por esse buraco podem passar os bombardeiros estratégicos do inimigo, como o B-2 e o B-1B de fabricação estadounidense".

As forças aéreas da Rússia dispõe de uma centena de caças MiG-31 operantes que possuem uma autonomia de vôo de 1450 quilometros.

O MiG-31, modificação do MiG-25, é um interceptador de dois lugares projetado pela empresa Mikoyan, que começou a ser fabricado na segunda metade dos anos 70 na União Soviética.

No ano passado o Ministério da Defesa russo anunciou a criação de uma brigada de infantaria motorizada para o Ártico, por cujos vastos recursos pesqueiros e energéticos lutam também potências como Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

As tropas árticas russas, que serão implantadas na península de Kola, contarão com o armamento padrão e vestimentas e equipamentos especiais para suportar as duras condições climáticas da região.

Segundo o documento sobre o Ártico aprovado pelo Conselho de Segurança da Rússia, Moscou planeja enviar no futuro norças militares ao Ártico capazes de garantir a segurança na região e também defender os interesses nacionais.

Alguns países, como o Canadá, têm alertado para o perigo da militarização do Ártico, antes de resolver disputas  atuais sobre a soberania e de acesso a recursos energéticos e da pesca.



Via Agencia nacionalista

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