O tribunal municipal de Moscou negou uma apelação de Nikolái
Alexéjev, um dos líderes de grupos homossexuais da Rússia. Com isso
confirma-se a legalidade de uma disposição anterior da prefeitura que
proíbe paradas homossexuais de 2012 até 2112, que havia estado em vigor em cinco regiões da Rússia.
“Nossas
manifestações são sempre proibidas, e Estrasburgo chama estas
manifestações de ilegais. O tempo passa e seguiremos pedindo autorização
para novas ações, ainda que nos neguem. Desta vez decidimos recorrer em
Estrasburgo contra a proibição de futuras marchas gays”, disse Alexéyev, de acordo com o Interfax-Religion.
A
Câmara alta do Parlamento russo também aprovou um projeto de lei que
aumenta em 150 vezes a multa para quem participa de protestos não
autorizados. Com essa medida, além de outras leis contra a ‘propaganda
homossexual’, a Rússia parece se tornar o país europeu mais hostil com
as minorias sexuais.
As iniciativas vem sendo tomadas à medida em que ativistas tentam realizar manifestações em defesa dos direitos gays.
Os
grupos homossexuais encontram também grande resistência dos ortodoxos
russos. Recentemente, ativistas da Igreja Cristã Ortodoxa Russa entraram
em confronto com manifestantes homossexuais durante uma manifestação
gay.
A Igreja Ortodoxa Russa considera um ‘sacrilégio’ as passeatas do
orgulho gay e pediu ainda extensão da lei municipal contra a propaganda
homossexual, aprovada pelo Governo de São Petersburgo.
No último
27 de maio, uma tentativa de organizar uma parada gay em Moscou foi
impedida pelos policiais. Religiosos também se reuniram para impedir que
os gays se manifestassem contra a lei anti-propaganda gay.
Rússia dando exemplo de civilidade.
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