Num clima de crescente tensão diplomática com Israel, o
Governo respondeu hoje que “rechaça” o pedido de explicações feito por aqueles
país sobre o acordo entre Argentina e Irã para formar uma Comissão da Verdade
que revise a causa AMIA.

E agregou: “Cabe ressaltar que a Argentina jamais citou um
embaixador israelense para pedir-lhe explicações sobre ações de seu governo.”
Ontem, o Estado de Israel havia informado que o acordo entre
a Argentina e o Irã havia sido recebido com “assombro” e que provocou “uma
profunda decepção”.
Em um comunicado, o Ministério de Relações Exteriores de
Israel havia assinalado que apenas se iniciaram os contatos entre Argentina e
Irã e solicitou ser informado do desenvolvimento das conversações, mas não
recebeu nenhuma respostas por parte das autoridades argentinas. “Israel esta
clara e logicamente preocupado por este assunto”, afirmou o comunicado do
Ministério de Relações Exteriores israelense.
Ontem, fontes da Casa Rosada davam por certo que se daria a
Israel “todas as explicações que sejam necessárias”. Não obstante, a resposta
oficial foi a de rechaço e duras críticas.
“A Chancelaria
argentina expressa que dita citação para reclamar explicações sobre decisões
soberanas da República Argentina é um ato impróprio que se rechaça de forma
enérgica e que vai contra as tradicionais relações de amizade que existem entre
ambas nações”, disse o ministério chefiado por Héctor Timerman.
AS CRÍTICAS INTERNAS, DISSIPADAS
Antes de enviar o comunicado, Timerman brindou uma
conferência de imprensa na qual celebrou uma reunião que manteve com as
autoridades da AMIA e a DAIA e com familiares das vítimas do atentado.
“Me alegro que
estejamos trabalhando juntos com a AMIA e com a DAIA para aclarar tudo o que
seja necessário”, celebrou o chanceler ao minimizar os questionamentos.
“É um gesto de
ignorância e de má fé os que dizem que estamos cedendo soberania, o juizo
continua na Argentina com juiz argentino e um fiscal argentino”, afirmou.
O titular da AMIA, Guillermo Borger, quem ontem havia
questionado o acordo com o Irã, se mostrou satisfeito sobre a reunião com
Timerman. “O chanceler contestou a todas as dúvidas e prometeu escrever ele em
pessoa e provavelmente com a Presidente um documento anexo que aclare estas
dúvidas”, disse.
Via La Nacion
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