Carregando faixas e cartazes e cantando slogans contra o governo, centenas de participantes no Fórum Social Resiste Paraguai percorreu hoje as principais ruas da capital.
A massa de manifestantes era composta por representantes de dezenas de organizações representativas dos trabalhadores sociais, estudantes, mulheres, indígenas, camponeses e os profissionais que participaram no primeiro debate das questões urgentes sobre a situação do país.
Slogans principais foram, durante o curso de mais de 25 quadras, os que acusaram de golpista Federico Franco, que atuou como Presidente da República após a expulsão do presidente constitucional, Fernando Lugo, em 22 de junho, através de um impeachment materializado pelo Congresso.
Em sua primeira parada no meio do caminho, a marcha parou em frente ao Ministério da Agricultura para repudiar veementemente o titular Enzo Cardoso, que atuou no governo do presidente Lugo e concordou em permanecer no cargo após o golpe parlamentar.
Uma das mais fortes críticas feitas alí foi a dos camponeses e povos indígenas que se opõem a proliferação de plantio de sementes transgênicas de milho, um dos pontos da primeira sessão de trabalho do Fórum.
A indignação dos participantes teve aumento sonoro ao se deterem a frente o jornal ABC, de tendência conservador, que apoia fortemente o governo de Franco e foi descrito como um expoente do golpe de imprensa.
A marcha terminou sua jornada nas instalações do Ministério da Comunicação e Informação, onde vozes se levantaram para condenar reivindicações feitas por dirigentes sindicais e jornalistas do setor sobre as demissões realizadas e a censura que as impede de se expressar livremente.
Precisamente, durante as deliberações do evento, a ser realizada em tendas montadas na Plaza de Armas, os repórteres de televisão públicas e estações de rádio, denunciaram as demissões em massa e o plano de fechar os meios contrários ao governo.
Paralelamente ao passo dos delegados do Fórum, jovens paraguaios pintaram nas paredes de edifícios oficiais mensagens contra Franco e o golpismo.
Via Prensa Latina
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