Por recomendação do MP, que alegou que músicas do cantor fazem apologia
ao crime, uso de drogas e prostituição infantil, prefeitura cassou
alvará que liberou o evento
O polêmico funkeiro Mr. Catra
não conseguiu realizar um show que deveria ter acontecido no fim de
semana em Toledo, no Oeste do Paraná. Por recomendação do Ministério
Público (MP), a prefeitura do município cassou o alvará que havia
concedido para a realização do evento.
O MP disse ter
recebido um documento com aproximadamente 160 assinaturas solicitando a
proibição do show. No abaixo-assinado, as pessoas relataram que as
músicas do cantor incitam a violência, fazem apologia ao consumo e ao
tráfico de drogas e incentivam a prostituição e práticas sexuais.
Após analisar as músicas de Catra, o MP decidiu enviar um ofício para a
prefeitura recomendando a cassação do alvará. No documento, assinado
pelos promotores Giovani Ferri e Kátia Kruger,
são descritos trechos de músicas polêmicas. Em uma delas, intitulada
“Maconha”, o cantor confessa fazer uso da substância. “Penso em tudo o
que faço e de tudo o que faço me orgulho. Confesso pra vocês, eu gosto
muito de fumar bagulho. Se tu não gosta tudo bem, é direito seu, agora
não vem discriminar o direito de fumar que é meu”, diz a música.
A Secretaria de Fazenda de Toledo, que expediu e cassou o alvará
informou que a empresa Pantaneiro Bar, de Cascavel, foi quem solicitou a
autorização para realizar o evento. Segundo o secretário Raul Baltazar, a empresa cumpriu todos os trâmites normais.
Os alvarás podem ser cassados a qualquer momento e com base na
recomendação do MP a prefeitura decidiu retirar a autorização para o
evento. O secretário afirmou ainda que, se soubesse do conteúdo das
músicas, o documento não seria liberado.
A organização do show entrou com um mandado de segurança contra a decisão da prefeitura, mas a liminar foi negada pela Justiça.
Para o advogado criminalista Lauri Silva, a recomendação do MP está
correta, já que os promotores são advogados da sociedade. Segundo ele,
quando há dúvidas sobre riscos que um evento pode trazer, o MP pode agir
na prevenção.
A reportagem não conseguiu contato com o proprietário do Pantaneiro
Bar, responsável pela organização do evento. Daniel Bortolatto, dono da
Madaly Eventos, local onde aconteceria o show, disse que apenas fez a
locação do espaço e que já havia recebido parte do aluguel. Ele
considerou a decisão arbitrária. Para Bortolatto, a prefeitura deveria
ter agido com antecedência, e não na véspera do show.
No domingo (11), Mr. Catra fez um show em Santa Terezinha de Itaipu, na região de fronteira, para aproximadamente 5 mil pessoas. De acordo com Geisel Machado, o DJ Gegê,
que abriu o show, o evento foi tranquilo. Para ele, as músicas de Catra
possuem duplo sentido, mas não incitam a violência. “O sertanejo também
tem [duplo sentido]”, diz. Machado afirma que a proibição só aumenta a
popularidade do cantor.
Via Gazetadopovo
Decisões assim deveriam ser tomadas no país todo!
ResponderExcluirSabotadores do bem estar social, cantam as drogas, o crimes e a perversão!