segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O que Líbia perdeu com a morte de Gaddafi

Por Ángel Ramírez

Após dois anos da queda de Gaddafi, recapitulemos o que foi arrebatado, talvez para sempre, do povo líbio a custo da sua "libertação".

Onde quer que o anglosionismo apareça, genocídio, destruição, instabilidade e miséria humana sucedem. A Líbia atual reflete o legado deplorável do atlantismo (O Eixo Washington-Buxelas-Tel Aviv). De ser o país mais desenvolvido do norte africano, agora é uma região anárquica devastada e destruída.

Estas seriam algumas coisas que os líbios perderam com a invasão da OTAN e o posterior assassinato de Muammar Gaddafi:

- Eletricidade gratuita;

- Empréstimos sem juros dos bancos de propriedade estatal;

- Direito humano à habitação;

- 60 mil dinares (50 mil dólares) aos recém casados para começar sua vida matrimonial, comprar uma casa e formar uma família;

- Saúde e educação gratuitas;

- Terras, instalações, equipagens, sementes e gado gratuito para os agricultores da Líbia;

-Educação e assistência médica no estrangeiro, financiada pelo governo, além de 2,3 mil dólares mensais para gastos;

- Subsídio de 50% para compra de automóveis;

- Gasolina a 14 centavos de dólar por litro;

- Liberdade da tirania do Fundo Monetário Internacional e da servidão à dívida externa;

- Apoio de um salário médio para os graduados até que encontrassem emprego;

- Uma porcentagem dos ingressos petroleiros automaticamente depositados nas contas bancárias individuais dos cidadãos;

- 5 mil dólares para as novas mamães;

- Pão praticamente gratuito: 40 pães custavam 15 centavos de dólares;

- 25% dos líbios contavam com títulos universitários, a alfabetização durante o governo de Gaddafi aumentou de 25 para 83%;

- P banco central pertencia a Líbia, que emitia dinheiro sem dívida, distinguindo do bloco ocidental cujos bancos pertencem a uma organização dos Rotschild.

- Líbia comercializava petróleo em dinares africanos apoiados em ouro e não em dólares;

- O monumental projeto Grande Rio Artificial (GMMR), que floresceu no deserto e forneceu água gratuita. Gaddafi o chamou de oitava maravilha do mundo, e com grande razão: desenvolveu um aquífero do tamanho de um oceano por baixo das areias líbias.

Agora não há mais que água contaminada com radiação, graças a que em 2011 a OTAN bombardeou a tubulação de conexão e a infraestrutura com armas de urânio pobre, acabando para sempre com o fornecimento gratuito de água potável.

Devido a este capitalismo destruidor que explora o povo comum com fins de lucro, o país mais desenvolvido do norte da África foi substituído por um território caótico com seus recursos a mercê das grandes corporações e com paramilitares e terroristas controlando grande parte do território líbio.

De forma muito triste, a Líbia forma parte da grande lista de crimes de guerra do anglosionismo.

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