quinta-feira, 15 de março de 2012

Manifestações pró-Assad marcam 1 ano da revolta síria

Uma multidão saiu às ruas de diversas cidades sírias na quinta-feira, em um show orquestrado de lealdade ao presidente Bashar al-Assad. A data marca o primeiro aniversário da revolta contra o governo dele.

A mídia oficial anunciou que as forças do governo haviam liberado a cidade de Idlib, no noroeste do país, de "terroristas armados", sugerindo que o Exército ganhava terreno no levante que já deixou 8 mil mortos e afetou a economia síria.

Ativistas da oposição disseram que os soldados dispararam contra pessoas que tentavam participar de protestos contra o regime em diversos locais e relataram evidências de novas atrocidades, incluindo a descoberta de 23 corpos, alguns com sinais de tortura, perto de Idlib.

A televisão estatal mostrou milhares de pessoas no centro de Damasco, acenando com retratos de Assad e bandeiras da Síria, da Rússia e da China. Os governos desses dois países não se uniram aos países do Ocidente que apoiaram um plano da Liga Árabe pedindo a saída de Assad.

"Sacrificamos nosso sangue e nossas almas por você, Bashar", cantava a multidão, enquanto três helicópteros sobrevoavam fazendo uma saudação militar.

A televisão exibiu imagens de manifestações em diversas cidades, incluindo Deraa, perto da fronteira com a Jordânia, que fora o epicentro do movimento de protesto inicial no ano passado. Nas últimas 24 horas, forças de segurança apoiadas por tanques foram mobilizadas na cidade.

Os críticos afirmam que o governo levou de ônibus os funcionários públicos às manifestações e tornou a participação obrigatória.

Não havia imagens das três cidades onde foram registrados os piores casos de violência - Homs, Idlib e Hama. Moradores locais relataram a ocorrência de confrontos esporádicos em diversos lugares.

"O Exército está intensificando seu ataque aos vilarejos rebeldes e disparando contra áreas na tentativa de segurar os protestos (anti-Assad)", disse um morador de Idlib, que se recusou a ser identificado por temer represália.












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