quarta-feira, 28 de março de 2012

Apenas 1% segue sete hábitos para coração saudável nos EUA

As autoridades sanitárias de todo o mundo recomendam sete práticas que melhoram a saúde cardiovascular e aumentam a expectativa de vida, evitando infartos ou acidentes cardiovasculares. No entanto, uma pesquisa recente nos Estados Unidos afirma que apenas 1,2% dos 45 mil adultos consultados seguem estas sete dicas.

Os sete hábitos para um coração saudável são: não fumar, fazer exercícios, controlar quatro fatores -- pressão arterial, glicose, colesterol e peso corporal -- e adotar uma dieta balanceada.

Mas segundo o estudo da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard, este foi o grupo que justamente apresentou menor risco de morte por AVC.

Os problemas cardiovasculares já são a principal causa de morte em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. A OMS estima que a cada ano, 17 milhões de pessoas morrem devido a este tipo de problema. Mais de 80% das mortes acontecem em países de baixa renda.

Apesar de estas mudanças de hábitos poderem salvar vidas, a pesquisa publicada pela revista científica 'Journal of the American Medical Society' diz que poucas pessoas realmente levam as recomendações a sério.

Condutas 'opostas'
Os cientistas usaram dados de uma sondagem nacional com quase 45 mil pessoas com mais de 20 anos em três períodos distintos: de 1988 a 1994, de 1999 a 2004 e de 2005 a 2010.

Nestes três intervalos, foi revelado que apenas 1,2% das pessoas seguiam as recomendações.

A incidência de fumantes diminuiu entre 23% e 28% desde 1988, mas não houve nenhuma alteração nos níveis médios de pressão arterial, colesterol ou massa corporal.

Quando os pesquisadores analisaram as taxas de mortalidade, descobriram que quem seguia pelo menos seis das sete recomendações tinha 51% menos chances de morrer por qualquer outra causa, em comparação com aqueles que seguiam apenas um dos hábitos. Além disso, o risco de transtornos cardiovasculares caiu em até 76%.

Segundo as estatísticas, os grupos de pessoas que seguiam mais fielmente as recomendações eram mulheres, jovens, indivíduos brancos não-hispânicos e pessoas com maior escolaridade.

Para o professor Donald Lloyd-Jones, da universidade americana de Northwestern, o retrato da pessoa com coração saudável nos Estados Unidos é 'uma mulher jovem, branca e com bom nível escolar'.

'A saúde cardiovascular ideal é perdida rapidamente após a infância, adolescência e juventude, devido à adoção de condutas adversas de saúde vinculadas à dieta, ao peso e ao estilo de vida sedentário, particularmente em camadas da população de piores níveis socioeconômicos.'

Para Lloyd-Jones, o problema já extrapola os serviços de saúde pública, que sofrem com as consequências dos maus hábitos da população.


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