sábado, 24 de março de 2012

Inteligência de Nova Iorque espiona ativistas


Agentes da Polícia de Nova Iorque assistiram a reuniões de organizações políticas Liberais e guardaram arquivos de inteligência sobre ativistas que planejavam levar a cabo protestos de maneira legal. Assim revelam várias entrevistas e documentos que mostram como a Polícia empregou táticas antiterrosistas com estes grupos, informa a agência AP.

As infiltrações se fazem eco das táticas que a Polícia de Nova Iorque empregou antes de que se celebrassem em 2004 a Convenção Nacional Republicana em Nova Iorque, quando grupos religiosos, organizações pacifistas e defensores do meio ambiente de todo o país foram vigiados muito afinco, informação que The New York Times publicou em 2007.

A estratégia da Polícia novaiorquina, aplicada pela Unidade de Inteligência, uma equipe policial dessa cidade, concluiu então com a detenção e a tomada de impressões digitais de alguns manifestantes. As forças de ordem se justificaram assegurando que a "espionagem" era uma medida de prevenção para evitar que os protestantes acabassem provocando distúrbios violentos.

Sem embargo, os documentos recentemente obtidos mostram que a Unidade de Inteligência continuou vigiando com afinco grupos políticos em anos posteriores à convenção.

Concretamente, revelam que em Abril de 2008, um agente encoberto da Polícia de Nova Iorque viajou à Nova Orleans para assistir a Cúpula dos Povos, uma reunião de grupos liberais que se opõem à política econômica estadunidense e ao efeito dos acordos comerciais entre Estados Unidos, Canadá, e México.

Em resumo, entregado a seus supervisores se identificavam grupos que criticavam a política de imigração, as leis trabalhistas e a discriminação racial nos Estados Unidos, e nele apareciam também os nomes de alguns ativistas.

Os agentes escreveram que um deles, o senhor Flaherty, celebrou um debate pedindo a redução das inversões e as ajudas a Israel e referindo-se a dois eventos relacionados com a Palestina.

Em sua luta contra o terrorismo, agências policiais de todo o país vigiam atentamente grupos que se opõe legalmente às políticas do governo. A recompilação de dados sobre manifestações contra a guerra por parte do FBI, a infiltração em reuniões de grupos contra a pena de morte pela Polícia do estado de Maryland, ou a vigilância da Polícia de Nova Iorque em bairros muçulmanos são alguns exemplos.

Via RT

Nenhum comentário:

Postar um comentário