sábado, 2 de fevereiro de 2013

Petroleiras britânicas: 'cavalo de Tróia' para militarizar Malvinas?

O jornalista Alberto Rabilotta considera que Reino Unido está criando tensões na disputa com Argentina sobre as Malvinas, que tenta militarizar enquanto as companhias petroleiras britânicas se prestam ao jogo.

Nesta semana a exploradora britânica de petróleo Borders declarou que a exploração de seu descobrimento de gás condensado no arquipélago é comercialmente viável. O achado foi feito em Abril do ano passado e a empresa aclara que o projeto custará entre 1.600 e 3.800 milhões de dólares.

"Reino Unido provoca Argentina"

O jornalista Alberto Rabilotta considera que o fato de que Reino Unido está outorgando licitações para buscar gás e petróleo nas águas territoriais das Malvinas é já uma provocação em si frente à reclamação da presidenta Cristina Fernández e ao direito internacional, tendo em conta -afirma- que o território é argentino.

"O governo britânico está tratando criar uma situação de tensão com o governo argentino, isto é indubitável", argumenta em uma entrevista com RT o analista, que lamenta que Reino Unido esteja militarizando as ilhas e que as companhias petroleiras estejam se prestando a este jogo com interesses comerciais porque - disse - é totalmente ilegal que busquem hidrocarbonetos enquanto há uma disputa territorial.

"Cameron busca controlar os recursos"

O jornalista opina que o primeiro Ministro britânico, David Cameron, não está atuando em benefício dos 5.000 habitantes da ilha que povoam as Malvinas, mas busca "controlar os recursos petroleiros e gás dessa região para benefício do monopólio financeiro e para as empresas petroleiras britânicas".

Por outro lado, Rabilotta recorda que se bem Argentina utiliza todos os meios diplomáticos possívels para levar a cabo negociações, as Nações Unidas não fazem o possível para aplicar as disposições legais para obrigar Reino Unido a negociar.

Argentina busca o diálogo bilateral

Nesta Sexta-Feira, o chanceler argentino Héctor Timerman rechaçou totalmente a proposta de seu homólogo britânico, William Hague, de celebrar uma reunião em Londres com a presença de uma delegação de representantes das Ilhas Malvinas.

O funcionário lamenta que a parte inglesa não possa reunir-se sem a supervisão dos colonos dos territórios em disputa. Yimerman planeja visitar Londres na próxima semana para assistir a uma reunião convocada pela embaixada argentina na que participarão 18 grupos europeus que apoiam a ideia de que se trave um diálogo sobre as ilhas. 

Via RT

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