quinta-feira, 7 de março de 2013

Putin aposta na continuidade das relações com Venezuela


O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou hoje a esperança de que a cooperação entre Caracas e Moscou siga em frente apesar da morte de Hugo Chávez.

"A futura relação com Venezuela dependerá antes de tudo do povo venezuelano, do próximo presidente e do seu Governo. Confiamos que haja continuidade", declarou Putin de visita na cidade de Vologda, no norte da Rússia.

Ressaltou que Chávez "procurava construir boas relações de amizade com todos os países, sem exceção alguma, mas jamais fez a dispensa dos interesses nacionais nem tratou de ser agradável para todos". O definiu como "grande amigo da Rússia", "homem de caráter valente e consequente".

"Se falamos de (sua) política no econômico, muitas coisas são discutíveis, mas é totalmente evidente que ele buscava desenvolver sua nação sem aceitar em nenhum momento que as dificuldades e as penúrias de tal desenvolvimento recaíssem no povo. Se esforçava por libertar da miséria centenas de milhares ou até milhões de venezuelanos", relembrou.

Segundo o presidente russo, Chávez será lembrado sempre ao lado de personagens tão ilustres da América Latina como Simón Bolívar, Ernesto "Che" Guevara e Fidel Castro.

A véspera, ao apresentar suas condolênscias ao povo venezuelano, Putin qualificou ao falecido líder venezuelano de homem extraordinário, graças a cujas qualidades pessoais foi possível sentar uma base sólida para a cooperação russo-venezuelana, impulsionar os contatos políticos entre Caracas e Moscou e pôr em marcha importantes projetos economicos e humanitários.

A morte de Hugo Chávez joga certa incertidão sobre o futiro de importantes contratos energéticos e de armas que a Rússia empregou na Venezuela nos últimos anos. Empresas petroleiras da Rússia participam em vários projetos de produção em território venezuelano, em primeiro termo, o Bloque Junin 6 da Faixa Petroleira de Orinoco onde os investimentos poderiam ascender aos 20 bilhões de dólares. Até 2015, Venezuela se convertirá também na segunda compradora de armas russas depois da Índia, com um volume estimado em 3,2 bilhões de dólares.

Via rianovosti

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