sábado, 20 de outubro de 2012

Putin lidera exercícios nucleares


 
O presidente russo, Vladimir Putin, assumiu um rol de liderança nas últimas provas do estratégico arsenal nuclear do país, as manobras militares mais extensas empregadas desde o colapso soviético em 1991, informou no Sábado o Kremlin.
 Exercícios, realizados majoritariamente na Sexta-Feira, ocuparam um lugar destacado nos noticiários da televisão estatal, que pareciam querer mostrar aos russos e ao mundo que Putin é o chefe absoluto de uma potência renascente.

As provas que envolveram os sistemas de comando e os componentes da "triada" nuclear - mísseis atômicos de mar e terra, ademais de bombardeiros estratégicos - foram realizadas "sob liderança pessoal de Vladimir Putin", disse o Kremlin.
Um míssil balístico intercontinental RS-12M Topol foi lançado desde o sítio Plesetsk no norte da Rússia e um submarino militar realizou outra prova desde o Mar de Okhotsk, disse o Ministério da Defesa.
Bombardeiros Tu-95 e Tu-160 dispararam quatro mísseis guiados que alcaçaram seus alvos em um setor de provas na região a noroeste de Komi, indicou.
"Os exercícios das forças nucleares estratégicas foram realizados nesta escala pela primeira vez na história moderna da Rússia", sustentou o comunicado de Kremlin.
"Vladimir Putin deu uma qualificação alta a suas unidades e pessoal de combate e ao trabalho do comando conjunto das forças armadas, que cumpriram com as tarefas que lhes assinaram e reafirmaram a efetividade das forças nucleares da Rússia", agregou.

Rússia afirma que está modernizando um arsenal nuclear que foi criado majoritariamente durante a Guerra Fria e tem dito que continuará usando armas atômicas como um elemento-chave de dissuação.
 
Depois de firmado o novo Tratado START em 2010, Rússia e Estados Unidos estabeleceram topes numéricos às armas que devem ser provadas nos exerícios.
 
Mas Putin deixou claro que os cortes dependem, entre outras coisas, de que Washington aborde suas preocupações sobre o sistema de defesa antimísseis que está desenvolvendo, incluindo o escudo empregado na Europa que segundo disse deixa mais vulnerável a Rússia.
 
Líderes russos e estadounidendes dizem que a ameaça de uma guerra nuclear como a de tempos da Guerra Fria é agora impensável.
 
Mas críticos consideram que Putin - no poder desde 2000 e de novo comandando em chefe desde seu regresso ao Kremlin em Maio como presidente - está exagerando as possíveis ameaças que representa o Ocidente para apontar seu apoio doméstico. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário