sexta-feira, 6 de julho de 2012

Wikileaks publicará 2,4 milhões de documentos sobre a Síria

WikiLeaks começa a publicar mais de 2 milhões de emails de políticos, chefes de empresas e outras pessoas importantes da Síria, no período de abril de 2006 a março de 2012.

Os dados extraordinários incluem cartas e documentos dos Ministérios de Assuntos Presidenciais, Relações Exteriores, Finanças, Informação, Transporte e Cultura.

DA mesma forma que as outras revelações de dados confidenciais, os arquivos da Síria serão publicados por partes durante um período determinado. Pelos próximos dois meses, as informações aparecerão nos sites da Wikileaks, Al Akhbar (Líbano), Al Masry Al Youm (Egito), ARD (Alemanha), Associated Press (EUA), L’Espresso (Italia), Owni (França) y Publico.es (Espanha).

 “Este material compromete a Siria, mas também seus oponentes. Isso nos ajuda não somente a criticar um grupo ou outro, mas entender seus interesses, ações e pensamentos. Está estreitamente vinculado com este conflito que esperamos resolver" disse Julian Assange.

Atualmente a Siria vive um violento conflito que, segundo as estimativas de Wikileaks, nos últimos 18 meses a vida de 6 a 15 mil pessoas foi ceifada. Segundo Assange, os documentos ajudam a entender as ações do governo sírio e a economia do país. Também revela como "o Ocidente e Companhias Ocidentais dizem uma coisa e fazem outra completamente diferente".

Uma grande parte da informação procede da correspondência privada dos mais altos dirigentes do Partido Baaz, onde figuram as confirmações das transferências financeiras realizadas pelos Ministros sírios a outras nações.

Os textos estão escritos em vários idiomas: cerca de 40000 documentos em árabe e 68000 em russo. Cerca de 42000 emails foram infectados com trojans.

 Itália "ajudava secretamente" a Síria apesar das críticas oficiais de Roma

A primeira revelação descobre os vínculos secretos que a gigantesca companhia industrial italiana Finmeccanica, 30% da qual pertence ao Governo, mantinha com Damasco.

Apesar da condenação da Itália ao regime de Assad, uma das filiais da Finmeccanica fornecia a Damasco um sistema digital móvil de rádio usado por militares e policiais, denominado TETRA (do inglês (TErrestrial Trunked RAdio).

Ainda que o contrato tenha sido assinado em 2008, os últimos emails dos engenheiros italianos, onde explicavam aos sírios como usar o sistema forma mandados em fevereiro. Os sistemas de rádio italianos foram instalados nos veículos militares e helicópteros do regime. Segundo o informe, mais tarde os agentes de inteligência dos EUA hackearam o código e interceptaram facilmente as comunicações sírias. A informação sobre o contrato não se encontra no site da Finmeccanica entre os demais acordos assinados.

RT

Nenhum comentário:

Postar um comentário