terça-feira, 31 de julho de 2012

Quatro banqueiros iranianos condenados a morte por caso de fraude

Quatro acusados foram condenados a morte num caso de desvio de 2,6 bilhões de dólares em que estavam implicados sete bancos públicos e privados, o maior caso de corrupção desvelado na história da República Islâmica do Irã.

O fiscal geral e porta-voz do Poder Judicial iraniano, Gholam Husein Mohseni Ejei, explicou que o Tribunal de Teerã emitiu sentença contra 39 acusados, quatro delas de morte, duas de prisão perpétua e o resto de 25, 20 e 10 anos de prisão, sem divulgar os nomes.
O julgamento começou no passado 18 de fevereiro com 32 acusados, aos que se uniram outros nos mais de cinco meses do processo. Ademais, Mohseni Ejei disse que os condenados terão que devolver o dinheiro desviado.

Dezenas de pessoas foram detidas em relação com este caso, que começou em 2007, quando o grupo empresarial Amir Mansur Arya Investment, encabeçado por Amir Mansur Josravi, fundou um banco privado com o que obteve por meios fraudulentos grandes créditos dos principais bancos públicos do país.

Depois da reveleção do caso em setembro do ano passado, Mahmud Reza Javari, diretor geral do Banco Melli, o maior banco público do país, pediu demissão e fugiu para o Canadá, onde foi reclamado pelas autoridades iranianas por meio da Interpol.

O vice-governador do Banco Central iraniano, Hamid Purmohamadi, foi detido no dia 29 de setembro. O caso foi utilizado pelos mais ortodoxos do regime teocrático do Irã, reunidos em torno do líder supremo aiatolá Khamenei, em sua luta pelo poder contra o presidente mahmud Ahmadinejad, considerado mais aberto em questões sociais.

Os partidários de Khamenei, que se denominam "principialistas", tratam de cercar os de Ahmadinejad, qualificado de "desviacionista" e que é acusado de por em dúvida a primazia do poder religioso sobre o político.

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