domingo, 12 de maio de 2013

Dois ministros britânicos propõem a saída da UE

Pela manhã foi o Ministro da Educação, Michael Gove, um homem da máxima confiança do Premier David Cameron. Pela tarde, o Ministro da Defesa, Philip Hammond. Os dois declararam em público que votariam pela saída do Reino Unido da União Européia de houver um referendo. Ainda que os dois deixaram claro que antes dessa consulta deve se dar a oportunidade de negociação com a UE que defende o Premier, o qual prometeu essa consulta para 2017, suas declarações são uma constatação que o crescente êxito eleitoral do UKIP não só dividiu os conservadores, como também levaram essa divisão ao interior do gabinete.



Cameron enfrentou quarta-feira na Câmara dos Comuns uma rebelião de cinquenta de seus deputados que apresentaram uma emenda ao programa legislativo anual apresentado esta mesma semana, exigindo que o Governo aprove agora uma lei sobre o referendo. Gove disse que se absterá, uma opção permitida pelo primeiro ministro aos membros do gabinete.

O que parecia uma quimera, a saída britânica da UE, cada dia parece mais real. Graças ao UKIP e seu líder, Nigel Farage, que se situou no epicentro de Westminster sem ter nenhum deputado entre os Comuns. O segredo de seu êxito foi ligar o desencanto europeu com o medo da imigração e imputar muito populismo. Isso lhe deu um de quatro votos nas eleições municipais de 2 de maio e levou ao pânico o Partido Conservador.

A mensagem do UKIP entrou com especial força no condado de Kent, no sudeste da Inglaterra, onde passou de ter um vereador para 17. Mo Eleanor, de idade inconfessável e e presidenta do UKIP em Kent, vê a mão de Bruxelas por trás de quase todos os males britânicos e é uma ardente partidária do abandono da UE. Está no UKIP "porque quero que me devolvam o meu país", proclama. "85% das leis com as quais temos que viver foram feitas pela União Européia", se queixa. Antiga votante do Tory, começou a se afastar do partido faz alguns anos, principalmente quando o primeiro ministro John Major aceitou o Tratado de Maastricht.

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