segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

EUA prepara manual contraterrorismo estabelecendo regras para assassinatos

O governo dos Estados Unidos está prestes a terminar um manual de contraterrorismo detalhado, que irá estabelecer regras para o operações de assassinato.

O documento será submetido ao presidente Barack Obama dentro de algumas semanas para a aprovação final, informou o Washington Post no sábado.



Uma autoridade envolvida na elaboração do manual - descrito como uma "cartilha" contraterrorismo - que falou sob condição de anonimato, disse que o documento "será feito em breve."

De acordo com a reportagem do Washington Post, alguns dos temas abordados no manual são "o processo de adição nas listas de nomes para matar, os princípios legais que regem quando os cidadãos norte-americanos podem ser alvo no exterior e a seqüência de aprovações necessárias quando a CIA ou militares  realizarem ataques aéreos fora das zonas de guerra."

Especialistas dizem que a decisão de elaborar o manual de contraterrorismo marca um momento decisivo, uma vez que é uma tentativa de "legalizar" e "legitimar" assassinatos seletivos.

De acordo com o Bureau of Investigative Journalism, entre 2.629 e 3.461 pessoas foram mortas em ataques de aviões não tripulados (drones) americanos no Paquistão desde 2004, e entre 475 e 891 das vítimas eram civis.

Apesar dos repetidos apelos do governo paquistanês para Washington para acabar com os ataques com drones, o governo estadunidense continua a lançar ataques nas áreas tribais do país, o que tem tensas relações entre os dois aliados.

Washington afirma que seus drones atingem alvos militantes, embora os dados das vítimas mostram que muitas das vítimas dos ataques são civis, incluindo um grande número de mulheres e crianças.

Em setembro de 2012, um relatório da Stanford Law School e New York University School of Law deu um aviso preocupante do efeito que ataques aéreos dos drones assassinos têm sobre as pessoas comuns em áreas tribais do Paquistão.

"O número de alvos de "alta periculosidade" mortos percentualmente no total de vítimas é extremamente baixo - estimado em apenas 2%", observa o relatório.

Via PressTV

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