segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Comunistas clamam pelo renascimento dos valores morais na Rússia

O Partido Comunista Russo (KPRF) responsabiliza a mídia por levar a sociedade a um declínio moral e espiritual e pede que o governo introduzo uma censura mais severa e que preserve a cultura e tradições do país.
 
O Ocidente constantemente acusa a Rússia de falta de liberdade. Pelo contrário – não há controle suficiente, dizem os Comunistas.
 
“A liberdade deixa escaper ambas as melhores como as piores qualidades de uma pessoa”, acredita o KPRF. Devem haver limitações legais para previnir o “escape das piores”, o partido afirmou em uma resolução publicada em seu website oficial.
 
O document foi assinado como resultado de uma mesa-redonda de discussão sobre a proteção das tradições morais e espirituais dos povos russos. Deputados da Duma Estatal, cientistas e ativistas públicos tomaram parte na reunião presidiida por Gennady Zyuganov, o, há muito tempo, líder do KPRF.
 
Assim como seus predecessors, os Comunistas Soviéticos, os membros modernos do partido acreditam que o Estado deva supervisionar a moral da nação. Os métodos sugeridos por eles também são similares àqueles da URSS: censura e rígido controle da mídia. Eles descrevem a última como “a arma mais perigosa atualmente, que danifica as mentes e corações de milhões”.
 
Os participantes do encontro acordaram que o “agressivo” ambiente moderno de informações se coloca como uma ameaça à juventude e às crianças, que não estão preparados para distinguir entre a verdade e os mitos.
 
“Discursos públicos na TV e no rádio abundam em linguagem forte e conversas de ladrões”, a resolução apontou. “Predominância de cenas de violência, vulgaridade, sexo e mau destroem populações inteiras na Rússia”.
 
Além disso, heróis ao estilo Soviético como cientistas, trabalhadores, leiteiras, cosmonautas e policiais foram substituídos por empresários de sucesso, criminosos, gays, dissidentes e pragmáticos.
 
Em grande medida, graças a mídia, pessoas ambicionam por prazeres físicos ao invés de excelência espiritual, apontou o documento.
 
Outras ameaças a comunidade vêm de desenhos estrangeiros que mostram principalmente “monstrous robôs and lutas incessantes entre crianças”, assim como video-games que promovem informação sobre prostituição, pornografia e drogas.
 
Redes sociais também sofrem ataque como instrumentos usados para “deformar a língua russa” e impor uma moral estrangeira na sociedade. O processo da Ocindetalização russa está em pleno andamento como um “disfarce de comunhão com a civilização moderna”, os Comunistas afirmaram.
 
Como meio de melhorar a situação, o KPRF clamou à Duma Estatal para organizar um Conselho sobre a Proteção da Moral na TV e rádio da rússia, desenvolver um programa nacional sobre a questão e formar uma nova política estatal sobre a educação baseada na literatura e cultura clássica da Rússia. Somado a isso, o partido acredita que seja necessário opor a “influência negativa de organizações religiosas estrangeiras”.
 
“Ultimamente, nós temos testemunhado ataques bárbaros contra a fé Ortodoxa e contra nossas tradições históricas,” Zyuganov afirmou na reunião, colocando ainda que tal moda é absolutamente inaceitável.
Enquanto isso, camaradas de partido de Zyuganov continuam divididos sobre o papel da fé religiosa na sociedade e criticam durante o líder do KPRF por ser muito leal à Igreja Ortodoxa e por trair um dos princípios básicos da partido – o ateismo.
 
Na era Soviética, a religião era considerada como “ópio das massas” e não se enquadrava na ideologia Marxista-Leninista. Seguindo a revolução Bolchevique de outubro de 1917, o governo Soviético lançou uma imensa campanha anti-religiosa, destruindo catedrais, mesquitas e templos. Milhares de clérigos foram presos e executados.

Via RT

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