O Partido Comunista Russo (KPRF) responsabiliza a mídia por levar a
sociedade a um declínio moral e espiritual e pede que o governo
introduzo uma censura mais severa e que preserve a cultura e tradições
do país.
O Ocidente constantemente acusa a Rússia de falta de
liberdade. Pelo contrário – não há controle suficiente, dizem os
Comunistas.
“A liberdade deixa escaper ambas as melhores como as
piores qualidades de uma pessoa”, acredita o KPRF. Devem haver
limitações legais para previnir o “escape das piores”, o partido afirmou
em uma resolução publicada em seu website oficial.
O document foi
assinado como resultado de uma mesa-redonda de discussão sobre a
proteção das tradições morais e espirituais dos povos russos. Deputados
da Duma Estatal, cientistas e ativistas públicos tomaram parte na
reunião presidiida por Gennady Zyuganov, o, há muito tempo, líder do
KPRF.
Assim como seus predecessors, os Comunistas Soviéticos, os
membros modernos do partido acreditam que o Estado deva supervisionar a
moral da nação. Os métodos sugeridos por eles também são similares
àqueles da URSS: censura e rígido controle da mídia. Eles descrevem a
última como “a arma mais perigosa atualmente, que danifica as mentes e
corações de milhões”.
Os participantes do encontro acordaram que o
“agressivo” ambiente moderno de informações se coloca como uma ameaça à
juventude e às crianças, que não estão preparados para distinguir entre a
verdade e os mitos.
“Discursos públicos na TV e no rádio abundam em
linguagem forte e conversas de ladrões”, a resolução apontou.
“Predominância de cenas de violência, vulgaridade, sexo e mau destroem
populações inteiras na Rússia”.
Além disso, heróis ao estilo
Soviético como cientistas, trabalhadores, leiteiras, cosmonautas e
policiais foram substituídos por empresários de sucesso, criminosos,
gays, dissidentes e pragmáticos.
Em grande medida, graças a mídia,
pessoas ambicionam por prazeres físicos ao invés de excelência
espiritual, apontou o documento.
Outras ameaças a comunidade vêm de
desenhos estrangeiros que mostram principalmente “monstrous robôs and
lutas incessantes entre crianças”, assim como video-games que promovem
informação sobre prostituição, pornografia e drogas.
Redes sociais
também sofrem ataque como instrumentos usados para “deformar a língua
russa” e impor uma moral estrangeira na sociedade. O processo da
Ocindetalização russa está em pleno andamento como um “disfarce de
comunhão com a civilização moderna”, os Comunistas afirmaram.
Como
meio de melhorar a situação, o KPRF clamou à Duma Estatal para organizar
um Conselho sobre a Proteção da Moral na TV e rádio da rússia,
desenvolver um programa nacional sobre a questão e formar uma nova
política estatal sobre a educação baseada na literatura e cultura
clássica da Rússia. Somado a isso, o partido acredita que seja
necessário opor a “influência negativa de organizações religiosas
estrangeiras”.
“Ultimamente, nós temos testemunhado ataques bárbaros
contra a fé Ortodoxa e contra nossas tradições históricas,” Zyuganov
afirmou na reunião, colocando ainda que tal moda é absolutamente
inaceitável.
Enquanto isso, camaradas de partido de Zyuganov continuam divididos sobre o papel da fé religiosa na sociedade e criticam durante o líder do KPRF por ser muito leal à Igreja Ortodoxa e por trair um dos princípios básicos da partido – o ateismo.
Enquanto isso, camaradas de partido de Zyuganov continuam divididos sobre o papel da fé religiosa na sociedade e criticam durante o líder do KPRF por ser muito leal à Igreja Ortodoxa e por trair um dos princípios básicos da partido – o ateismo.
Na era
Soviética, a religião era considerada como “ópio das massas” e não se
enquadrava na ideologia Marxista-Leninista. Seguindo a revolução
Bolchevique de outubro de 1917, o governo Soviético lançou uma imensa
campanha anti-religiosa, destruindo catedrais, mesquitas e templos.
Milhares de clérigos foram presos e executados.
Via RT
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