sábado, 23 de março de 2013

Obama mostrou sua moral dúbia frente ao conflito palestino-israelense

O presidente dos EUA, Barack Obama mostrou mais uma vez sua moral dúbia sobre o conflito entre israelenses e palestinos, depois de dizer quinta-feira na Cisjordânia, que "a ocupação israelense deve terminar", poucas horas depois de ter reafirmado seu apoio "total "o Estado de Israel e seu governo neo-colonial.



Por um lado, Obama o chamou de "injusta" a ocupação israelense, dizendo que "os palestinos merecem um Estado independente e soberano", um objetivo pelo qual parecia "profundamente comprometido" e considerado uma "prioridade" para seu governo.

Ele afirmou isso durante uma conferência de imprensa após encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, na cidade cisjordana de Ramallah (centro).

Além disso, o presidente dos norte-americano disse que "os palestinos merecem ter esperança e que seus direitos sejam respeitados."

Essas declarações de Obama ocorreram poucas horas depois de visitar Tel Aviv, onde reafirmou o pleno apoio de Washington para o Estado de Israel, enfatizando que "sempre que houver os Estados Unidos da América, você não estará sozinho."

Durante um encontro com estudantes, Obama disse que "os Estados Unidos são o melhor amigo de Israel e seu aliado mais importante". Em seguida, ele acrescentou que "Washington manterá seu compromisso com a proteção do regime israelense".

Assim, ele pediu que a comunidade internacional inclua o Movimento de Resistência Islâmica, o Hezbollah na lista negra de "organizações terroristas". No entanto, ele não mencionou que o Hezbollah é a única organização armada que defende os direitos dos palestinos quando eles são bombardeados por Tel Aviv.

Quanto aos direitos palestinos que disse defender, Obama não se referiu ao bloqueio desumano que sofrem os habitantes da Faixa de Gaza, vítimas de um Estado sionista que lhes nega direitos elementares para a vida como boa assistência médica, alimentação balanceada e educação de qualidade.

Obama tampouco mencionou a situação de presos palestinos em prisões israelense, os quais vivem em condições sub-humanas denunciadas em repetidas ocasiões por organizações defensoras dos direitos humanos.

Em vista da mensagem dupla do chefe de Estado, desde a segunda-feira passada centenas de palestinos saíram às ruas de Ramalla e demais localidades da Cisjordânia para rechaçar sua visita.

Os palestinos afirmam que Obama não faz o bastante para deter as atividades do assentamento israelense e a detenção arbitrária de palestinos.

Em Ramallah, cerca de 300 manifestantes palestinos se reuniram quinta-feira em uma praça central, se descalçaram, sapato na mão, como de costume na região, gritavam palavras de ordem contra Obama como "Obama, você não é bem-vindo aqui" e "Obama fora de Ramallah ".

Via TeleSur TV

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