sexta-feira, 5 de abril de 2013

Maioria ausente em reunião da OEA que pretendia honrar Franco


Vinte e um dos trinta e quatro Estados da OEA, entre os onze integrantes da União de Nações Sul-Americanas (UNASUR), se ausentaram hoje da reunião protocolária organizada pelo organismo em honra ao presidente Paraguai, Frederico Franco.

Os representantes do Canadá, Costa Rica, México, Estados Unidos, Barbados, Guatemala, Honduras, Bahamas, Trinidad y Tobago, Belice, Saint Kitts e Nevis, Panamá e Paraguai são os únicos sentados no Salão das Américas da Organização dos Estados Americanos (OEA) no início da recepção.

Franco, que era vice-presidente, assumiu o poder em Junho do ano passado em substituição ao presidente Fernando Lugo, que foi destituído em juizo político no Senado, o que motivou a suspensão do Paraguai na Unasur e no Mercosul.

Os representantes da Venezuela, Bolívia, Nicarágua e Equador enviaram uma carta de protesto ao presidente de turno do Conselho Permanente da OEA, o representante panamenho Artur Vallarino, pela organização da reunião.

A carta, publicada em sua conta do Twitter pelo embaixador boliviano, Diego Pary, indica que o debate na OEA sobre a situação do Paraguai "não foi concluída, e a data presente, é um tema pendente nesta organização".

"Expressamos nosso profundo repúdio à realização da sessão protocolar, assim como às declarações do senhor Frederico Franco, e comunicamos que não participaremos em tal sessão e nossas cadeiras estarão vazias", salienta a missiva.

Franco quis "esclarecer" os comentários que fez durante sua estadia nesta semana em Madrid, "por ter sido mal-interpretado, ou por talvez o chanceler venezuelano não lhe tenha chegado a informação", disse.

Durante sua visita nesta semana a Madrid, Franco qualificou de "milagre" o falecimento do comandante da Venezuela Hugo Chávez.

Em um ato na Quinta-Feira em Washiington, Franco matizou seus comentários ao salientar que "não deseja a morte a ninguém", ainda que "evidentemente, o fato de que o presidente Chávez não esteja hoje como presidente faz com que a relação da América, pelo menos o Paraguai, com respeito a Venezuela seja diferente".

Via Cubadebate

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