Um antigo legislador russo diz que a tentativa dos EUA de influenciar a situação na Ucrânia é um desejo de "vingança" de Washington pela derrota na Síria.
Alexei Pushkov, chefe do Comitê de Relações Exteriores do parlamento russo, fez as seguintes observações na quinta-feira.
Pushkov disse que depois de serem derrotados na Síria, os EUA provocaram a inquietação na Ucrânia para mostrar que o Ocidente ainda é a força que determina o decurso dos eventos nas relações internacionais.
"A Ucrânia se tornou a arena, que determina se o Ocidente está perdendo ou não a iniciativa", disse o legislador.
A Síria foi pressionada por inquietações mortais desde março de 2011. De acordo com reportagens, os poderes ocidentais e os aliados regionais - especialmente o Qatar, a Arábia Saudita e a Turquia - estão apoiando as operações dentro da Síria.
Pushkov apontou que a intromissão do Ocidente nos acontecimentos na Ucrânia sugerem que o país do leste europeu é tratado como uma semi-colônia.
Ele também disse que o envolvimento direto da União Europeia e dos EUA na Ucrânia é uma nova forma de agressão política.
"Não é só uma interferência ruidosa dos países ocidentais na Ucrânia, mas é o que eu chamo de agressão política", afirmou.
A Ucrânia foi apanhada por uma onda de desassossego político desde o final de novembro, quando o presidente Viktor Yanukovich recusou assinar um acordo comercial com a União Europeia.
A recusa de assinar o tratado desencadeou os protestos através dos apoiadores da oposição, que querem a Ucrânia próxima à União Europeia e distante da Rússia.
Combates aconteceram várias vezes entre os protestantes anti-governamentais e as forças policiais durante as manifestações. Vários foram presos.
Em um esforço para acalmar o distúrbio, Yanukovich, na quarta-feira, convidou todos os partidos, inclusive a oposição, para um diálogo com fim de resolver a crise do país.
Os líderes da oposição ucraniana rejeitaram as ofertas de negociação de Yanukovich, clamando pela demissão do seu governo e pela libertação dos manifestantes presos.
A Rússia criticou as nações ocidentais por interferirem na Ucrânia, dizendo que os protestos contra a decisão de Kiev de se distanciar da União Europeia estavam desestabilizando o antigo Estado soviético.
O parlamento russo, a Duma estatal, em uma afirmação na terça-feira pediu para que o Ocidente "parasse de juntar pressão externa sobre a política de um país que é amigável a nós"
A câmara baixa do parlamento também pediu às forças da oposição ucraniana para que "parassem com ações ilegais" na crise política.
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