sábado, 7 de março de 2015

Comunicado da Unidade Internacionalista Ernesto Che Guevara

Muitos já conhecem Rafael Lusvarghi, importante voluntário brasileiro na Nova Rússia, que antes do cessar fogo batalhou em Donetsk, Lugansk e participou da vitória na batalha de Debaltsevo contra as tropas fascistas da Junta Ucraniana.
bandeira da Unidade Ernesto Che Guevara

Unidos a ele estão outros camaradas brasileiros na Unidade Internacionalista Ernesto Che Guevara, formação de Pervomaiska com fim de sabotagem e infiltração na linha de frente. Além do mais, esta unidade acolhe voluntários de outros países.

A seguir, comunicação da Unidade na página do facebook:

Orientações para voluntários:
- Se apresentar 
- Passaporte, não é necessário visto, o brasileiro tem a permissão de permanecer três meses na Rússia
- Passagem para a Rússia
- Na Rússia, em Moscou tomar ônibus para Pervomaisk, ou Stkhanov ou Lugansk (mais informações caso necessário)
- O ônibus costuma sair nos dias pares, por isso se prepare para permanecer algum tempo em Moscou, segundo sua conveniência e necessidade.
- O ônibus custa por volta de 1600 rublos, somente a ida. A volta custa praticamente a mesma coisa.
- Cem dólares, então, são o mínimo necessário para se ter além da passagem de avião.
- A passagem pela fronteira é normal e convencional (mais informações caso necessário).
- Aprender russo será uma necessidade. Não importa se você não sabe agora (recomendamos que já comece a estudar), mas durante sua estadia se prepare para aprender o idioma. O inglês não é totalmente imprescindível, mas é muito útil e até certo ponto necessário. Na nossa unidade já existe um macedônio falante de inglês e outros anglofónos estão por vir, pois é uma unidade internacional. Além disso, o inglês facilitária sua viagem até certo ponto.
- Com sua vinda confirmada, serão fornecidos contatos para te apoiar.
- É necessário experiência militar? Não, mas é desejável. Disciplina e clareza nas ideias, o minimo de saber escrever de uma maneira calma e correta, são necessários.
- É preciso aderir a certos princípios humanos básicos de respeito ao povo local, respeito aos camaradas, RESPEITO AO INIMIGO, respeito aos costumes locais entre outros princípios relativos a cortesia e a solidariedade.
- Nós não somos mercenários, nem conquistadores e nem terroristas, quem vir deve estar pronto para servir o povo.
- É preciso concordar com a necessidade de se derrubar a Junta fascista de Kiev e, no mínimo, a libertação de todas as províncias que compõem a Novorrússia. Suportar toda a iniciativa de estatização, controle operário, nacionalização dos bancos e renúncia das dívidas.
- Não é aceitável a condenação do projeto imperialista contra a Rússia e conivência com o mesmo no Brasil. Quanto a política interna, recomenda-se um certo nível de reserva.
- Atualmente, tenham claro que esta é uma unidade de infantaria voltada para a infiltração, reconhecimento, sabotagem e diversionismo, situada no FRONT de Pervomaiska. Não, isso não quer dizer que todos serão jogados contra o inimigo como buchas de canhão, mas qualquer interesse em atuar outra unidade, especialmente de artilharia, deve ser discutido com antecedência. Tomar parte em assaltos de ofensivas é, até então, opcional. O treinamento existe, mas é básico e prático, de acordo com as possibilidades. Não se iluda com treinamentos, esqueça os filmes - a familiarização com a arma é o suficiente para se ter um soldado, caso esteja realmente despreaprado, não será levado para ação. Sim, existem funções mais simples, mas estas estão sujeitas a discussão e ao momento. ESTEJA PRONTO E CIENTE, NINGUÉM VAI TE ARREMESSAR PARA A MORTE, MAS NÃO SE ILUDA, ESSE É UM EXÉRCITO POPULAR EM SITUAÇÃO DE GUERRA. A maioria dos guerreiros locais não tinha formação militar antes da guerra.
- Nós e o Grande Exército do Don mantemos uma disciplina um tanto horizontal e respeitosa, a noção de voluntariado é mais sagrada do que em outros grupos, o respeito é lei. Os oficiais só cumprem funções, a rigor não existe oficialato e a relação entre todos é a relação entre GUERREIROS, não entre soldados e aristocratas a milhas de distância chamados de "oficias". Esse espírito democrático se manifesta ainda mais em nossa unidade, mas LEMBRE-SE de respeitar o conhecimento daqueles que o têm e LEMBRE-SE DE AQUI É GUERRA. Aqui não existe o fanatismo castrense, todos são voluntários, mas guerra é guerra.

Obrigado,
VENCEREMOS

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