Respostas diplomáticas negativas
estão perseguindo Israel após os ataques de sua força aérea na Síria. Em
primeiro lugar, eles parecem não ter tido qualquer efeito na bem-sucedida intervenção militar do Hezbollah em prol do regime de Assad, ou na guerra síria
como um todo. Em segundo lugar, o Primeiro Ministro Israelense, Benjamin
Natenyahu, enquanto em Shanghai, nesta segunda (dia seis), levou uma ríspida
reprimenda do Presidente Vladimir Putin; um aviso de que a Rússia não irá
tolerar qualquer outro ataque israelense em Damasco e que irá responder.
Putin não disse como, mas ele
anunciou que deu a ordem para a aceleração do fornecimento de armamentos russos
altamente avançados para a Síria.
As fontes militares do DEBKAfiles’s
revelaram que o líder russo se referia ao sistema anti-aéreo S-300, e o míssil
de superfície, com capacidade nuclear, 9K720 Iskander (chamado de SS-26 Stone
pela OTAN), que são precisos o suficiente para acertar um alvo, em um raio de 5
a 7 metros, a uma distância de 280 km.
Em sua chamada telefônica a
Netanyahu, o líder russo não fez rodeios sobre sua determinação a não permitir
que os EUA, Israel ou qualquer outra força regional (ou seja, Turquia ou Qatar)
derrube o Presidente Bashal al-Assad. Ele aconselhou o primeiro ministro a não
esquecer disso.
Nossas fontes dizem ainda: Desde
que os times de defesa aérea da Síria já treinaram na Rússia o manuseio das
baterias interceptadoras S-300, elas podem começar a operar logo que sejam
descarregadas por um dos voos diários de suprimentos russos para a Síria.
Oficiais de defesa aérea russos vão supervisionar o seu colocamento e
prepará-los para operar.
Moscou está retaliando não apenas
pelas operações aéreas israelenses na Síria, mas se antecipando à decisão iminente
do governo Obama de mandar o primeiro carregamento de armas estadounidenses aos
rebeldes sírios.
Agências de inteligência em
Moscou e no Oriente Médio tomam como certo que, quando Washington anunciar
publicamente sobre a decisão, algumas das facções rebeldes já estarão munidas
de armamento estadounidense.
O fato dessas medidas estarem
caminhando foi demonstrado pela introdução na segunda-feira, por Bob Menendez, diretor do Comitê do Senado
para Relações Internacionais, da lei que permite aos EUA prover armas e
treinamento militar aos rebeldes sírios.
Instrutores militares
estadounidenses têm trabalhado com rebeldes sírios em campos de treinamento na
Jordânia e na Turquia há alguns meses. Então, colocar armas em suas mãos apenas
aguardou a decisão em Washington.
A mensagem de Putin a Netanyahu pretende
chegar a uma audiência maior que Jerusalem, como Barack Obama em Washington e
Presidente Xi Jinping em Pequim, antes da conversa de Netanyahu lá, na
terça-feira.
Portanto, quando o Secretário de
Estado dos EUA, John Kerry, aterrissou em Moscou aquele dia, numa tentativa de “construir
uma ponte” entre os governos sobre o conflito sírio, ele foi precedido por uma
barreira de condenações russas quanto aos ataques israelenses em Damasco “como
uma ameaça para a estabilidade regional”, um firme aviso do ministério de
relações exteriores russo, para que o “Ocidente” para de “politizar a situação
das armas químicas na Síria”, e a “preocupação de Moscou de que a opinião
pública mundial esteja sendo preparada para um possível intervenção militar
estrangeira.”
Em outras palavras, o líder russo
rejeitou antecipadamente e com as duas mãos, qualquer tentativa dos EUA de usar
os ataques aéreos israelenses como alavanca para um acordo com Moscou para
terminar a guerra síria. O suprimento de armas dos EUA para os rebeldes seria,
ademais, igualada por um aumento do fornecimento de armas para o regime de
Assad, o qual Putin está totalmente comprometido a preservar.
Karry planejava encontros
cara-a-cara com oficiais russos, na terça-feira, tendo como assunto principal a
Síria, mas também para discutir a posição russa sobre as bombas de Boston, e
esperava por cooperação quanto às questões nucleares do Irã e da Coréia do
Norte.
A frieza do governo chinês para
com Israel foi demonstrada menos diretamente do que a de Moscou, mas não menos
firmemente. O líder palestino Mahmoud Abbas foi convidado a visitar Pequim e
encontrar o Presidente Xi dois dias antes da chegada do primeiro ministro
[Netanyahu] à capital chinesa (na terça-feira), para começar a parte oficial de
sua visita. O presidente chinês revelou seu plano de paz antes de encontrar o
primeiro ministro israelense.
Este plano enfatiza, como chave
para um acordo, o direito palestino ao um Estado nas bases de 1967, com a
Jerusalem Oriental como sua capital. Ele também adota as condições de Abbas
para uma conversa, incluindo o cessar das atividades de colonização, o fim do
bloqueio a Gaza e o “tratamento adequado” para a questão dos prisioneiros
palestinos.
Claramente, o primeiro ministro
Netanyahu teria sido mais sábio em adiar sua visita à China ao invés de ir
embora enquanto os ataques da força aérea israelense ainda ressoam em Damasco.
Ficando em casa ele teria demonstrado ter uma mão mais firme e estável no leme.
E após deixar o país, ele teria
feito bem em não vagar por Pequim por dois dias primeiro. Isso deu a chance ao líder
russo de achá-lo despreparado e de passar-lhe uma forte e pública reprimenda,
então atrapalhando a agenda de Netanyahu nas próximas conversas com os líderes
chineses.
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