Os uruguaios deram um importante passo rumo à reversão da lei que
legalizou o aborto no país, aprovada pelo congresso em setembro do ano
passado. Conforme informam as agências internacionais, grupos
descontentes com a descriminalização da prática conseguiram 67 mil
assinaturas para dar início aos trâmites necessários à realização de um
referendo que pode anular a legislação vigente desde dezembro. O site HazteOir destaca que o número de adesões foi, inclusive, muito maior do
que a obrigatória por lei, que era a de 52 mil assinaturas.
Agora,
a Corte Eleitoral tem 45 dias para convocar uma primeira votação na
qual ao menos 25% do total de eleitores devem comparecer voluntariamente
às urnas e para dizer se querem ou não que ocorra o referendo. Se o
“sim” vencer, em até quatro meses a população será enfim convidada a
dizer se querem ou não que a liberação do aborto seja anulada.
A
conquista, portanto, é inicial, mas já mostra a força de reação do povo
uruguaio ao ser ignorado pelos parlamentares numa votação apertadíssima
que rachou a classe política. O aborto foi liberado no Uruguai pela
diferença de 50 a 49 votos.
Logo que a lei foi aprovada, médicos,
políticos e manifestantes pró-vida já haviam adiantado que fariam tudo
que estivesse ao seu alcance para revertê-la, conforme contou o
vice-presidente do Movimento Brasil Sem Aborto, Jaime Ferreira Lopes, em
artigo publicado na Gazeta do Povo
em 28 de outubro de 2012. Na ocasião ele destacou ainda que “o
movimento revisionista de leis liberalizantes da prática do aborto
torna-se cada vez mais forte em diversos países, como nos Estados
Unidos, na Espanha e em Portugal”.
A campanha pela reversão da
lei no Uruguai conta com o importante apoio de centenas de
ginecologistas que protestaram nas ruas em janeiro, devido às pressões do governo para limitar a objeção de consciência, obrigando-os a fazer abortos.
Via Gazeta do Povo
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