segunda-feira, 29 de abril de 2013

Pobre Itália!


Não dizemos isso somente para solidarizar-nos ao saber da nomeação de Enrico Letta como novo primeiro ministro italiano. Também dizemos para sublinhar o sofrimento do povo italiano que esta cada dia mais pobre graças as políticos que administram seu país. Nesta porta giratória de primeiros ministros italianos: sai o presidente para a Europa da Comissão Trilateral, Mario Monti e entre o membro desta mesma Comissão Trilateral, Enrico Letta. Vida longa à Comissão Trilateral!




A mesma gente segue administrando tudo

Parece que não há nada que possa fazer nenhum país ocidental para liberar-se das cadeias dos Donos do Poder Mundial e seus Megabanqueiros.

Não importam as eleições que se levem a cabo; não importam as manifestações que façam os cidadãos nas ruas; não importam os milhões de carteis que vez ou outra acusam os Megabanqueiros de serem os piores ladrões. A triste realidade se impõe diariamente: os Donos do Poder Global sequestraram os governos, país após país, escravizando todas as nações sob a palmatória dos banqueiros.

Os grandes meios de notícias mostram diariamente; a imprensa alternativa enfatiza a cruel desumanidade de tudo isso até na União Europeia, onde o desemprego chegou a níveis intoleráveis; os bancos são sistematicamente salvos pelos governos ou roubando as poupanças de seus clientes, como vimos recentemente no Chipre; e milhões de hipotecas de cidadãos são executadas. Parece que ninguém em lugar nenhum pode fazer nada a respeito.

Na verdade, a vasta maioria dos trabalhadores em quase todos os países do mundo, hoje sofrem a mais atroz e perversa descriminação que pode imaginar-se: quando minorias não-eleitas por ninguém, minúsculas, ilegítimas e extremamente poderosas descriminam a vasta maioria dos cidadãos ainda desorganizados e não totalmente atentos a esta realidade.

Não se trata de nenhuma ‘teoria da conspiração’ imbecil. Trata-se de algo que todos podemos palpar simplesmente sabendo para onde olhar para ver quem são os que realmente administram este dantesco espetáculo planetário. Logo, cabe a cada um de nós aplicar o sentido comum para entender as coisas como realmente são e não como a CNN ou Rupert Murdoch querem nos fazer crer.
Como primeiro ministro, Silvio Berlusconi afundou a Itália em uma larga decadência em que os trabalhadores estão sendo engolidos por um buraco negro econômico criado pela burocracia da União Europeia. Isso finalmente o obrigou a renunciar em novembro de 2011, oportunidade na qual os megabanqueiros consideraram como a chegada do momento de tomar a frente da Itália de maneira mais direta.

Assim conseguiram que Berlusconi fosse substituído como primeiro ministro por Mario Monti, da Comissão Trilateral, segundo explicamos recentemente no RT.

Agora, logo das recentes eleições italianas, víamos o seu presidente ancião, Giorgio Napolitano, mais uma vez colocar no poder um dos Rockefeller/Rothschild Boys; porque Enrico Letta também é membro da Comissão Trilateral. E para assegurar-se que os robôs dos megabanqueiros vejam-se devidamente consolidados pela tradicional mafia política italiana, o brilhante governo de Letta inclui membros do próprio partido de Berlusconi.

Isso não é surpresa, já que, afinal, seu tio Gianni Letta foi/é a mão direita de Berlusconi.

Então, com efeito: Pobre Itália!

 
Quem são essas pessoas?

A Comissão Trilateral é um dos corpos de planejamento e tomada de decisões chave dentro da complexa matriz global dos Donos do Poder, que opera conjuntamente com a Conferência Bilderberg, o Conselho de Relações Exteriores (Council on Foreign Relations, CFR) e diversas entidades do tipo ‘bancos de cérebros’.

Reúne os interesses bancários globais de Rockefeller, Morgan, Warburg, Rothschild, Lazard, Goldamn Sachs e Soros sob o planejamento estratégico geopolítico de poderosos mentores como Sir Henry Kissinger, Zbigniew Brzezinski, Dominique Moïsi, Richard Perle, Philip Zelikow e Paul Wolfowitz, entre muitos outros.


Tanto o primeiro ministro que sai, Mario Monti, como o que entra, Enrico Letta, servem aos interesses trilateralistas , já que dentro da Trilateral operam ombro-a-ombro com os máximos diretores de megabancos globais como CitiCorp, HSBC, Barclays, Nomura, Banco Santander, BBVA Bank, UBS, NM Rothschild, Deutsche Bank, BNP, Commerzbank, Goldman Sachs, Lazard, Mediobanca, Morgan Stanley, Warburg Pincus, Bank of Nova Scotia, Bank of New York Mellon, Bank of Tokyo-Mitsubishi, e de entidades públicas operativas como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, a Reserva Federal, o Banco da Inglaterra, o Banco Central Europeu os bancos centrais grego, holandês e japonês. Apenas um exemplo que nos lembra que se trata de um grupo sumamente poderoso.

Com seus 70 anos, Monti é um senhor maior, com seus 46, Letta é um jovem político com um grande futuro. Na política italiana, quando mais as coisas mudam, mais permanecem iguais...

 
O que se pode esperar para a Itália?

No ano passado, Enrico Letta também participou da mui exclusiva Conferência Bilderberg realizada em Chantiilly, no estado da Virgina nos Estados Unidos, junto a personalidades como o atual secretário de Estado, John Kerry, o príncipe Philippe da Bélgica e a Rainha Beatrix da Holanda, junto com, mais uma vez, os máximos empresários executivos dos maiores bancos globais, grandes grupos industriais, empresas petroleiras, impérios midiáticos e poderosos ‘lobistas’.

 
A pergunta chave que novamente deve estar na mente dos italiano é se Enrico Letta governará para melhorar a situação muito difícil dos italianos, ou se irá dedicar-se a promover os interesses dos megabancos.

O ex presidente argentino, Juan Domingo Perón, disse alguma vez que todo presidente e primeiro ministro tem que tomar uma decisão crucial em primeiríssima instância: ou governará para promover e proteger os interesses do povo sobre os interesses dos megabancos globais, ou limitar-se a ser meros peões desses banqueiros, de modo que acabarão governando contra o interesse do povo.

Se trata de uma ‘moeda política’ que vem sendo jogada por líderes e chefes desde os tempos de Jesus Cristo. Aqueles que tomam a decisão correta de defender seus povos frequentemente acabam sendo violentamente derrubados, assassinados e, certamente, satanizados pelas mídias massivas e pela historiografia oficial.
Basta apenas contemplar a lista e as ações dos trilateralistas que têm sido catapultados aos máximos níveis de poder em diversos governos – Papademos na Grécia, Monti na Itália, Cavallo na Argentina, Bill Clinton e George H. W. Bush nos EUA, Horst Kohler na Alemanha, Toomas Ilves na Estônia, Condoleeza e Susan Rice (sim: as duas!) nos EUA – para comprovar que existe um patrão que faz com que vez ou outra se alinhem  a favor dos Donos do Poder Global, seja com respeito a economia, política externa ou assuntos internos.

De maneira que se torna claro que a Comissão Trilateral definitivamente tem enorme poder e influencia para impor sua agenda globalista sobre o interesse nacional de todos os países do mundo.

 
Quem decide?

A ascensão meteórica de Letta ao cargo de primeiro ministro da Itália nos obriga a questionar quem decidiu isso.

Foi o povo italiano que, livre e democraticamente escolheu colocar um burocrata do círculo da elite bancaria internacional para administrar seu pais ou – como vemos na Grécia, França, Reino Unido, Espanha – se trata de uma mão oculta que discretamente catapulta aos próprios operadores às máximas instâncias do poder público e privado?

E mais: deve-se perguntar se os povos alguma vez decidem sobre temas vitais em absoluto ou se as decisões chave são tomadas em outras instâncias para logo fazer com que o povo as ‘legitime’ através encenações eleitorais de alto perfil midiático.

Será que os povos não têm outra opção além de eleger entre dois – quiçá três – candidatos previamente aprovados pelos Donos do Poder Global? Se nos impõem um tipo de eleição entre ‘coca e pepsi’, a verdade é que [isso] não significa eleição alguma?

Se este fenômeno só ocorresse na Itália, então poderíamos dizer que se trata de um “problema italiano”. Mas não: existe um claro patrão mediante o qual os operadores do poder global, parece que primeiro discretamente, promovem os seus operadores, os inserindo nas entidades como a Comissão Trilateral, Bilderberg, o CFR e estes análogos, para logo prepara-los, posiciona-los, treina-los e financia-los para “fazerem cargo” do país que ocasionalmente tenha emitido seu passaporte.

Porque tais indivíduos têm pouca ou nenhuma lealdade para com seus países de nascimento e seus concidadãos, senão que geralmente aliam-se prioritariamente com a agende e interesses dos globalistas, os quais têm planos muito distintos para todos nós.

As vezes até podemos vislumbrar como vão planificando com muita antecedência! Um informe pró-Bush da FoxTV dos EUA, transmitido em 27 de abril passado parece indicar que os poderosos já estão jogando com a ideia de promover Jeb Bush – irmãos de George W. – como possível candidato presidencial pelo Partido Republicano para as eleições presidenciais de 2016 naquele país.

Ao mesmo tempo, alguns conspícuos líderes do ‘opositor’ Partido Democrata já trabalham para posicionar Hilarry Clinton como sua candidata para essas mesmas eleições presidenciais.

Materialmente, isso significaria que em 2016 o povo estadounidense bem poderia ter que eleger como próximo presidente entre Jeb Bush (filho do trilateralista George H. W. Bush) e Hillary Clinton (esposa do trilateralista Bill Clinton). Sim, já sei, já sei... “uma mera coincidência”.

Pensando bem, talvez o título desse artigo não deveria ser “Pobre Itália”, senão, melhor, ‘Pobre Itália e Grécia e Argentina e Alemanha e Estados Unidos e Estônia e...’

Benjamin Disraeli – primeiro ministro britânico da Rainha Vitória no século XIX – disse alguma vez: “O mundo é governado por personagens muito distintos dos quais imaginam aqueles que não enxergam por trás do palco”.

Claramente, essa é uma visão lúcida de alguém que estava em condições de saber sobre essas coisas. Se agregarmos a esta realidade os bilhões de dólares que “por trás do palco” aceita a política nos países ocidentais, então uma vez mais comprovaremos que o dinheiro, efetivamente, faz o mundo girar...

 

Adrian Salbuchi para RT

Adrian Salbuchi é analista político, autor, conferencista e comentarista de rádio e televisão na Argentina -  www.proyectosegundarepublica.comwww.asabuchi.com.ar 

Um comentário: