Coreia do Norte advertiu quinta que seguirá reforçando seu poder de dissuasão nuclear, apesar das sanções internacionais e ameças do Conselho de Segurança da ONU, para evitar "consequências trágicas" de países que, como a Líbia, abandonaram suas pretensões atômicas por causa de "pressões externas".
A agência estatal norte-coreana KCNA explicou que o destino desses países que nos últimos anos deixaram no meio do caminho seus programas nucleares "cedendo às práticas déspotas e à pressão dos Estados Unidos, demonstram claramente que a Coreia do Norte foi muito pró-ativa e justa quando realizou seu recente teste atômico".
Após esse anúncio, especialistas sul-coreanos disseram à EFE que o regime de Kim Jong-un faz alusão indireta ao caso da Líbia, onde foi derrotado Muammar Gadaffi oito anos após abandonar seu programa de armas nucleares, como parte de uma mortal intervenção militar estrangeira.
A KCNA também alega que a "incessante chantagem nuclear e as sanções" de Washington - país que constantemente ameaça empreender ataque atômico preventivo - tratam de "violar o direito de Coreia do Norte à auto-determinação".
Nesse sentido, o governo de Pyongyang advertiu novamente os Estados Unidos que "opta pela decisão estratégica de responder a armas nucleares com mais armas nucleares."
Assim, Coreia do Norte reafirma, uma vez mais, sua intenção de seguir desenvolvendo seu programa nuclear, o qual considera uma medida de auto-defesa ao garantir seu poder de dissuasão contra o que considera "políticas hostis" dos EUA, apoiadas por seu aliado Coreia do Sul.
No dia 12 de fevereiro, a nação asiática realizou com êxito seu terceiro teste nuclear, detonando um dispositivo atômico compacto de grande poder destrutivo, cuja potência era entre sete e oito quilotons, provocando um abalo sísmico de magnitude de 5,1 graus segundo o governo de Seul.
Esse novo exercício nuclear recebeu uma ampla condenação internacional, incluindo dentro do conselho de segurança, instância que endureceu as sanções contra o país asiático.
Por sua vez, Pyongyang celebrou sua ação e justificou que foi uma "resposta à condenação da ONU, após o lançamento de um foguete de longo alcance dezembro passado".
Coreia do Norte disse à China, seu único grande aliado, planeja realizar mais testes nucleares. Igualmente, intensificou sua retórica contra a Coreia do Sul nas últimas semanas e ameaçou destruir seu "vizinho rico e democrático".
Via telesur
Nenhum comentário:
Postar um comentário